Shuttleworth diz: nada de GNOME Shell como padrão no Ubuntu 10.10

Mark Shuttleworth, o chefão do Ubuntu, durante uma sessão de perguntas e respostas, deu algumas indicações acerca das próximas versões da distro. Uma questão, como era de se esperar, era se o GNOME Shell, o ambiente desktop proposto para a versão 3.0 do GNOME, seria padrão no Ubuntu 10.10. Shuttleworth disse que não, já que o calendário atual o coloca fora dos limites do Maverick (codinome da próxima versão), mas que de qualquer forma será incluído nos repositórios Universe do Ubuntu. Ele encorajou os usuários a testá-lo, entretanto, alegando que quanto mais pessoas derem um retorno sobre o que acharam, melhor será a decisão para o Ubuntu 11.04.

E justamente por querer uma experiência singular do usuário, Shuttleworth também não considera a proposta de tornar os padrões de aplicativos configuráveis durante a instalação. Segundo Mark, se dois usuários usarem a distribuição, os dois devem ter a mesma experiência com a distro, ou ser um expert suficiente para entender o que está havendo. Além disso, Shuttleworth disse que, na ocasião dos padrões da distro serem os mesmos para todos os usuários, a ajuda em comum será muito mais intensa e precisa.

Outro assunto das perguntas e respostas foram se os “Windicators“, ou melhor dizendo, os botões de controle da janela movidos para a esquerda no Ubuntu 10.04, expandirão para além do GNOME. Mark disse que a migração do mesmo esquema para o KWin (KDE) está fácil, dependendo apenas dos desenvolvedores deste aceitar, para então inclusão no Kubuntu. Shuttleworth ainda respondeu sobre outros assuntos, como o suporte a Blu-Ray, que não haverá pois necessita de software proprietário, o Ubuntu Moblin Remix que será descontinuado, e o suporte a transparência RGBA, que será ativada em breve.

Um exemplo do GNOME Shell, ainda em desenvolvimento, em sua visão geral com múltiplas áreas de trabalho