Painéis solares de baixo custo para produção em massa

A geração de energia a partir da energia solar vem crescendo bastante nos últimos anos, mas ainda é pequeno se comparado com outras formas mais tradicionais de geração. O principal fator é que os painéis solares são caros, o que limita seu uso a lugares não atendidos pela rede elétrica ou a programas experimentais. Você pode perfeitamente instalar um conjunto de painéis solares no telhado e obter a maior parte da energia que consome a partir deles, mas dificilmente a redução na conta de luz pagaria o investimento, mesmo a longo prazo.

Tradicionalmente, os painéis solares são produzidos a partir de silício cristalino, que nada mais é do que waffers de silício, como os usados para produzir eletrônicos que, como pode imaginar, são bastante caros, embora a eficiência seja boa. Uma alternativa mais barata é o uso de silício amorfo, uma técnica similar à usada para produzir monitores de LCD. Os painéis construídos com silício amorfo são mais baratos, mas a eficiência é um pouco menor, o que aumenta a área necessária para gerar o mesmo volume de energia.

Uma nova tecnologia, desenvolvida por uma equipe da universidade do Colorado (EUA) pode vir a complementar as anteriores, oferecendo uma opção de painéis solares de baixo custo. Segundo o divulgado, os painéis podem custar abaixo da faixa dos US$ 1 por watt. Esta marca é perseguida a tempos pelos fabricantes de painéis solares, pois é o ponto em que produzir energia usando as células solares passa a ser mais barato do que produzir usando combustíveis fósseis.

Os painéis são produzidos de forma automatizada, utilizando placas de vidro como substrato, cobertas por uma camada fina de um composto baseado em cádmio e telúrio. Embora seja menos eficiente que outras tecnologias de produção, com uma eficiência de 11 a 13%, a nova tecnologia é muito mais barata, o que pode permitir o uso em massa. A princípio, o custo de produção deve ficar abaixo de US$ 1 por watt, como citei, e o custo final, para o consumidor deverá ficar na faixa dos US$ 2 por watt. Isso significa que um painel capaz de gerar 500 watts/hora custaria cerca de US$ 1000, realmente muito mais barato que os atuais. Naturalmente, o custo do sistema completo, incluindo as baterias, inversor, instalação e outros custo seria mais alto, mas ainda assim os preços seriam interessantes.

Uma das grandes dúvidas é sobre o impacto ambiental de um possível uso em larga escala dos painéis, já que o cádmio é extremamente tóxico, um dos motivos das baterias Ni-CAD terem sido substituídas pelas Ni-MH.

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