Após anos de tentativas frustradas, o nome BlackBerry volta a circular com força entre fãs de tecnologia. O novo plano envolve uma colaboração inusitada, teclado físico e apelo nostálgico — mas com um diferencial: desta vez, o projeto nasce de uma comunidade engajada, com foco em usuários que querem menos distrações e mais controle. E quem está por trás da ideia sabe que só nostalgia não basta.
O renascimento do BlackBerry: mais do que um capricho nostálgico
A ideia de trazer o BlackBerry de volta ganhou fôlego graças a Kevin Michaluk — mais conhecido como CrackBerry Kevin, figura histórica entre os fãs da marca. Ele lançou recentemente a campanha “Bring Back BlackBerry”, que começou como uma simples pesquisa de interesse, mas já acumula milhares de assinaturas.
O movimento é, sim, impulsionado pela nostalgia. Mas também aponta para uma tendência crescente: o desejo por dispositivos mais focados, menos invasivos e com teclado físico. Em um mundo saturado de telas sensíveis e notificações infinitas, há espaço para um smartphone que ofereça mais controle — sem abrir mão da funcionalidade.
A mente por trás do projeto já tem experiência no assunto
Kevin Michaluk não é apenas um ex-evangelista da marca. Ele é também o criador da Clicks Technology, empresa que desenvolveu cases com teclado físico para iPhones — e mais recentemente para Androids. O produto viralizou ao resgatar a sensação tátil perdida na era dos displays lisos.
Clicks é a nova capa para iPhone com teclado físico, mas… será que vinga?
Agora, Michaluk quer unir forças entre a Clicks e o nome BlackBerry. O plano é claro: usar a expertise da Clicks para criar um novo dispositivo que una o charme da digitação mecânica com software moderno e propósito prático. A colaboração já está em fase de definição, sob o selo “Clicks x BlackBerry”.
O que aprender com os fracassos do passado?
Não é a primeira vez que alguém tenta ressuscitar o BlackBerry. Modelos como o Z10 e a linha Key da TCL fracassaram em gerar tração significativa, mesmo entre os fãs. O motivo? A combinação entre hardware obsoleto, software pouco otimizado e falta de um diferencial real.
Dessa vez, Michaluk aposta em algo diferente: criar um produto que vá além da marca e que se torne, por si só, um símbolo de escolha consciente. Assim como vinis ou câmeras analógicas voltaram ao mainstream por oferecerem uma experiência sensorial e deliberada, o novo BlackBerry quer ocupar esse espaço: o de um smartphone com identidade própria, voltado para produtividade e bem-estar digital.
Você também deve ler!
Foi assim que o iPhone e o Android destruiram a BlackBerry no mercado de celulares