Windows Mobile

O Windows Mobile é a plataforma para smartphones da Microsoft, que vem se esforçando para mantê-lo relevante frente aos concorrentes. Diferente do que temos no caso dos PCs, onde o Windows possui quase 90% do mercado, o Windows Mobile tem uma participação relativamente pequena nos smartphones, com apenas 13% no terceiro trimestre de 2008, segundo a Canalys (http://www.canalys.com/pr/2008/r2008112.htm), uma fatia que a Microsoft terá que se esforçar para manter com a entrada de novos concorrentes, como o iPhone OS e o Android.

Assim como o PalmOS, ele começou como um sistema operacional destinado a palmtops e evoluiu ao longo dos anos, passando a ser usado em smartphones. Tudo começou com um punhado de handhelds baseados no Windows CE, como o Cassiopeia A-20 e o Philips Velo 1, lançados em 1997. Eles utilizavam telas monocromáticas HVGA (640×240) sensíveis ao toque e uma interface que lembrava uma versão simplificada do Windows 95, incluindo versões pocket do Word, Excell e do Internet Explorer. Na época, ainda não existiam redes wireless, muito menos conexões via EDGE ou 3G, de forma que a única maneira de navegar usando o handheld era comprar um modem discado PCMCIA e conectar usando uma linha telefônica.


Cassiopéia A-20

A idéia era que os aparelhos servissem como opções mais leves e mais baratas que os notebooks, permitindo editar documentos e executar outras tarefas básicas. O grande problema foi que eles eram muito lentos e limitados e, na época, ainda não existiam muitos softwares para a plataforma, o que fez com que eles acabassem não emplacando. Alguns fabricantes, incluindo a HP, continuaram lançando modelos aperfeiçoados, utilizando processadores mais rápidos e telas coloridas, mas nenhum se tornou um grande sucesso de vendas.

Com o sucesso do Palm Pilot, os fabricantes se apressaram em adotar o formato de palmtop, trocando a idéia de “mini-notebook” pela de organizador pessoal, formato que foi batizado de “Pocket PC”. Devido às dimensões reduzidas, foi adotado o uso de telas QVGA (320×240), padrão que se tornou norma nas gerações seguintes. Os aparelhos da primeira geração, como o Cassiopeia E-10, eram realmente muito ruins, beirando o inutilizável. Entretanto, com o tempo a plataforma melhorou e conseguiu se estabelecer.

Cassiopeia E-10 e o Compaq IPAQ

A chancela oficial veio com o lançamento do Pocket PC 2000, uma versão modificada do Windows CE 3.0, com otimizações para o novo formato. A partir daí, o Windows CE continuou sendo desenvolvido como um sistema para dispositivos embarcados, enquanto o Pocket PC (e futuramente o Windows Mobile) passou a ser uma plataforma baseada nele, que inclui os drivers, aplicativos e as modificações necessárias para o uso em palmtops e smartphones.

Como pode ver, o nome “Pocket PC” era usado tanto como uma designação para o formato dos aparelhos (indicando os modelos com telas touchscreen e telas QVGA) quanto como o nome genérico da plataforma e do sistema operacional, o que cria confusão até hoje.

O Pocket PC 2000 foi seguido pelo Pocket PC 2002, que deu origem aos primeiros smartphones baseados na plataforma. A partir daí, a Microsoft decidiu mudar o nome do sistema, dando origem ao Windows Mobile 2003.

Tradicionalmente, os aparelhos baseados no Windows Mobile utilizam telas QVGA, de 240×320. A partir da versão 2003, foi adicionado suporte ao uso de telas em modo landscape e também de telas VGA, com resolução de 640×480, que (desde que suficientemente grandes) melhoram a usabilidade, facilitando a visualização de páginas e a edição de documentos em aplicativos que são capazes de operar em modo de alta resolução. Um exemplo de aparelho que explorou esta possibilidade foi o Dell Axim x51v, que utilizava uma tela VGA de 3.7″.

O próximo da lista foi o Windows Mobile 5.0, que marcou a migração da memória SRAM para a memória Flash como mídia de armazenamento para dados e aplicativos (recurso batizado de “persistent storage”). Essa mudança simplificou o design dos aparelhos, permitindo o uso de baterias removíveis (já que o smartphone não perde mais os dados quando a bateria é removida), além da possibilidade de instalar aplicativos diretamente no cartão de memória, poupando a memória interna.

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X