O primeiro boot

Ao executá-la pela primeira vez, será executado um assistente com a finalidade de definir a mídia de instalação. O default é usar um disco no drive óptico do hospedeiro, mas clicando na pasta à direita você pode selecionar um arquivo ISO, que é normalmente a opção mais prática de instalação, especialmente no caso das distribuições Linux:

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Assim como qualquer PC, a VM possui um BIOS virtual, que permite definir a ordem de boot, pressionando F12 na tela de boot. Entretanto, este é apenas um atalho para a seleção temporária. A configuração definitiva está escondida na opção “Sistema > Placa-mãe > Ordem de boot” das preferências. Esta é a mesma opção onde você pode ajustar a quantidade de memória RAM compartilhada:

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Além do ajuste do volume da memória RAM reservada, existe também um ajuste para a memória de vídeo que, naturalmente, também é simulada usando parte da memória RAM do sistema host. A opção está disponível no “Monitor > Vídeo”. Por default, o VirtualBox simula uma placa de vídeo VESA, puramente 2D, por isso a única função da placa de vídeo é armazenar o frame-buffer, ou seja, a imagem que está sendo exibida dentro da janela da VM.

Para saber quanto de memória você precisa, basta multiplicar a resolução pela profundidade de cor usada (em bytes). Se você usa 1024×768 com 32 bits (equivalentes a 4 bytes) de cor, por exemplo, teríamos 1024x768x4, que dá 3.145.728 bytes, ou seja, menos de 4 MB. Você poderia então reduzir o volume de memória reservada de 8 para 4 MB, deixando mais memória livre para outros usos. Nas versões recentes estão disponíveis opções para ativar aceleração 2D, bem como aceleração 3D, como veremos a seguir.

Com a VM criada, falta agora o mais importante, que é instalar o sistema operacional e os programas, o que é feito seguindo exatamente os mesmos passos que em um PC real. Você pode até mesmo instalar sistemas operacionais antigos, usando imagens de disquetes, realizar instalações via rede e assim por diante. Usando um único PC com memória RAM suficiente, você pode simular um laboratório inteiro de máquinas virtuais, com servidores, clientes de rede, estações de trabalho e assim por diante, uma possibilidade sem preço para quem quer estudar mais sobre redes, servidores ou sistemas operacionais.

Acessando a opção “Armazenamento“, você pode alterar a configuração dos discos virtuais e imagens de boot, não apenas trocando a imagem do drive óptico virtual, mas também adicionando novos discos virtuais (ou acessando discos já existentes) e assim por diante. Uma forma rápida de recuperar arquivos dentro de uma VM cujo sistema operacional deixou de inicializar, por exemplo, é simplesmente conectá-lo a outra máquina virtual.

Na configuração do drive óptico virtual, a opção “Drive do Hospedeiro” faz com que o VirtualBox simplesmente compartilhe o CD/DVD dentro do drive, permitindo que você use mídias gravadas em vez de arquivos ISO no HD.

Com tudo pronto, clique no “Iniciar” para ativar a VM. Se você compartilhou corretamente o CD ou DVD de instalação, a instalação do sistema será aberta diretamente. A partir daí, é só instalar o sistema e os programas, como faria em um PC real, incluindo o particionamento do disco virtual:

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Ao clicar sobre a janela da VM, o cursor do mouse e o foco do teclado são capturados e direcionados para a janela. Para liberar o cursor, é necessário pressionar a tecla Ctrl direita (diferente do VMware, onde é usado Ctrl+Alt), tecla que pode ser personalizada nas configurações.

Se você estiver instalando uma distribuição Linux ou qualquer outro SO com vários CDs, use as opções “Dispositivos > Desmontar CD/DVD-ROM” e “Dispositivos > Montar CD/DVD-ROM” para trocar os CDs durante a instalação. O mesmo se aplica se você estiver instalando a partir de vários arquivos ISO, basta clicar sobre o ícone do CD na área de notificação e usar a opção “Selecione um arquivo de CD/DVD virtual” para trocar a mídia. Esta mesma opção pode ser usada a qualquer momento para trocar a imagem dos discos virtuais a qualquer momento:

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Uma dica geral é que você desative todos os efeitos visuais, animações e outras perfumarias dentro da máquina virtual, deixando o sistema com um visual o mais limpo possível. O motivo é simples: tudo o que é feito dentro da máquina virtual precisa ser processado pelo VirtualBox, consumindo memória e ciclos de processamento da máquina.

Os efeitos visuais são especialmente taxativos, já que precisam ser executados via software, diferente do que ocorre em um PC real, onde parte do trabalho seria realizado pela placa de vídeo (graças aos recursos de aceleração). Usando o estilo e a barra de tarefa clássica do Windows XP, desativando efeitos e animações e desabilitando a proteção de tela e assim por diante, você conserva os recursos para o que é realmente importante, ou seja, rodar os aplicativos. 

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