Palland é o jogo que é cópia de Palword e chegou para o Nintendo Switch

Descubra Palland, o novo jogo que chegou como uma cópia do Palworld no Nintendo Switch, mas não convence muito em termos de qualidade

Em 2024, Palworld conquistou o mundo dos games com sua mistura cativante de sobrevivência, construção e captura de criaturas, mas também atraiu a ira da Nintendo, que o acusou de violar patentes relacionadas a mecânicas de Pokémon. Enquanto Palworld enfrenta batalhas legais e está fora do Nintendo eShop, um jogo chamado Palland surgiu discretamente na loja virtual do Switch, sem levantar sobrancelhas da gigante japonesa.

Mas será que Palland é apenas uma alternativa inofensiva ou um clone descarado tentando surfar na onda do sucesso de Palworld? Com um preço acessível e uma vibe suspeitamente familiar, esse jogo levanta questões sobre criatividade, cópias e o que realmente passa pelo crivo das lojas digitais. Vamos explorar o que é Palland e por que ele está causando burburinho.

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O que é Palland?

Lançado em 31 de julho pela BoggySoft por apenas 10 dólares, Palland se apresenta como um simulador de sobrevivência e construção de bases, onde você coleta recursos, enfrenta criaturas e explora um mundo aberto. A descrição promete uma “jornada estratégica e imersiva”, mas um olhar rápido na página do eShop ou em vídeos no YouTube revela outra história: um jogo com gráficos simplificados, animações modestas e um protagonista que parece saído diretamente de Palworld. As semelhanças visuais, como o estilo de arte e a estética dos personagens, são inegáveis, mas Palland parece mais um primo distante com orçamento apertado do que uma cópia fiel.

Diferente de Palworld, Palland evita mecânicas específicas, como capturar criaturas após enfraquecê-las ou montá-las, que foram o pivô das acusações de violação de patente da Nintendo contra a Pocketpair. Em vez disso, o jogo foca em combate básico e construção, com criaturas fofas que lembram Pokémon, mas sem a profundidade ou o charme. É um exemplo clássico de um clone que imita a superfície de um sucesso maior, mas não entrega a mesma essência, deixando uma experiência que muitos descrevem como monótona e genérica.

A polêmica de Palworld e a brecha para Palland

Palworld enfrentou problemas legais com a Nintendo por causa de mecânicas que ecoam Pokémon, como a captura de criaturas com esferas após reduzir sua saúde e a possibilidade de usá-las como montarias. A Nintendo abriu um processo em 2024, alegando violação de patentes, o que levou a Pocketpair a ajustar essas mecânicas desde novembro do mesmo ano. Apesar das mudanças, o caso ainda está nos tribunais, e Palworld permanece fora do eShop. Enquanto isso, Palland passou pelo radar da Nintendo, provavelmente por não incluir essas mecânicas específicas e por suas criaturas não serem cópias óbvias de Pokémon. Além disso, seu impacto comercial é mínimo, ao contrário das dezenas de milhões de cópias vendidas por Palworld.

Palworld

Essa situação revela uma inconsistência no controle de qualidade das lojas digitais. A Nintendo, conhecida por ser rígida com sua propriedade intelectual, parece fechar os olhos para jogos menores como Palland, que não ameaçam sua marca diretamente. No entanto, isso cria um terreno fértil para clones de baixa qualidade, que inundam plataformas como o eShop, aproveitando a popularidade de títulos maiores sem oferecer a mesma profundidade ou inovação.

O problema dos clones nas lojas digitais

Palland não é um caso isolado. As lojas digitais, como o Nintendo eShop e o PlayStation Store, estão cada vez mais cheias de jogos que imitam sucessos de outras plataformas, especialmente do Steam. Quando um jogo como Palworld explode em popularidade, clones surgem rapidamente, muitas vezes com visuais e descrições que enganam jogadores desavisados. Por exemplo, o PSN já está repleto de cópias descaradas de jogos como Helldivers 2 ou Horizon Zero Dawn, enquanto o eShop enfrenta uma onda de “slop” gerado por IA ou jogos de orçamento baixo que tentam lucrar com tendências. Até na Steam é possível ver esse fenômeno. Atualmente, por exemplo, já existem diversas “cópias” de Peak.

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Essa proliferação é um pesadelo para desenvolvedores independentes e pequenos estúdios, que lutam para proteger suas ideias em plataformas onde o suporte ao cliente é lento ou inexistente. Curiosamente, grandes empresas como a Sony também enfrentam problemas semelhantes – a própria Sony processou a Tencent por um jogo que imitava Horizon Zero Dawn. No entanto, enquanto gigantes brigam por seus IPs, clones como Palland continuam a aparecer, explorando brechas no sistema e frustrando criadores que dependem da originalidade para se destacar.

O que Palland diz sobre o mercado de games

A existência de Palland levanta questões maiores sobre o mercado de jogos e a regulamentação das lojas digitais. Por um lado, esses clones podem ser vistos como uma forma de competição, oferecendo alternativas baratas para jogadores com orçamento limitado. Por outro, eles muitas vezes entregam experiências inferiores, confundem consumidores e prejudicam a reputação de plataformas como o eShop. Para a Nintendo, aprovar Palland enquanto persegue Palworld sugere uma abordagem seletiva, focada em proteger sua propriedade intelectual apenas quando o impacto comercial é significativo.

Para os jogadores, Palland serve como um lembrete para pesquisar antes de comprar. Embora o preço baixo seja tentador, as avaliações e vídeos mostram que o jogo não chega aos pés da experiência de Palworld. No fim, o caso de Palland é um reflexo de um mercado em que a linha entre inspiração e imitação é tênue, e onde a inovação muitas vezes compete com cópias oportunistas que buscam lucrar com o hype alheio. Se você está pensando em explorar esse mundo de criaturas e construção, talvez seja melhor esperar Palworld resolver suas pendências legais – ou, pelo menos, evitar cair na armadilha de um clone que promete mais do que entrega.

Fonte: kotaku

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