O Brasil é um grande mercado de jogos, disso não há mais dúvidas. E as coisas ficam ainda melhores quando dentro desses jogos é possível ver uma retratação do nosso país.
Para quem não sabe, o Brasil já foi palco de cenário em muitos games lançados ao longo dessas décadas, e por isso neste artigo vamos relembrar 5 títulos que contam com esse plus para os brasileiros.
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O Brasil é repleto de paisagens bonitas, mas também muitos locais que podem servir como cenário para cenas de ação e aventura. Não é a toa que ele já foi usado por muitos produtores de jogos nesse intuito em seus games.
Infelizmente essa retratação nem sempre é muito acertada, principalmente porque é o Brasil visto pela visão de “gringos”, mas ainda assim o país certamente merece uma boa homenagem nesse mercado.
Relembre 5 jogos que tiveram o nosso país como palco de missões, fases ou até mesmo de cenário principal da trama.
Shadowrun
Shadowrun é um jogo de 2007, que quando foi lançado chamou bastante atenção dos brasileiros principalmente porque nosso país não costumava ser cenário de muitos games. O jogo é baseado em um RPG de mesa dos anos 80 que tem o mesmo nome, mas não tem ligação com Shadowrun Returns de 2013 (só o fato de também ter sido baseado nesse RPG).
Na história, a magia começa a surgir na Terra e uma multinacional chamada RNA Global descobre um templo que ficou escondido em montanhas por milênios. A partir daí ela abre uma filial no local mais próximo, que é exatamente a cidade de Santos. Depois de um desastre durante as investigações no templo, ele explode, destruindo também parte da cidade.
A RNA se retira de lá, mas logo começa a negociar com o governo brasileiro para voltar, dessa vez tomando controle do local diante de cidadãos revoltados, mesmo com a promessa de reconstruir a cidade. E a partir dai que o conflito começa.
Max Payne 3
Max Payne 3 foi lançado em 2012 pela Rockstar Games, como uma continuação da saga trazendo de volta o personagem que já era tão conhecido pelo público, agora aposentado e trazendo até mesmo um visual novo de turista no Brasil.
Isso porque o jogo é ambientado em São Paulo, o que fez com que seu lançamento tivesse um gostinho especial para os fãs brasileiros. No jogo é possível andar pelas ruas da capital paulista com uma ambientação bem interessante que contava com casas noturnas famosas, estádio de futebol bem conhecido e até mesmo as favelas.
O diretor de desenvolvimento Rob Nelson, falou na época que escolheu São Paulo como ambientação do jogo justamente por ser uma cidade fascinante e bonita, além de ser a maior do hemisfério sul. “É uma verdadeira metrópole, repleta de arquitetura incrível, culturalmente diversa e com um submundo de crime tão obscuro e perigoso quanto o que Max havia enfrentado em Nova York, senão mais”.
Além disso, o jogo ainda contou com dublagens brasileiras, como o Paulo Bonfá, e até mesmo trilha sonora daqui com participação de Emicida.
Street Figther
A franquia Street Fighter conta com lutadores de vários locais do mundo, e o Brasil está na lista. Entre eles podemos destacar principalmente o Blanka, que se tornou provavelmente um dos personagens brasileiros mais conhecido no mundo dos jogos. Além dele, também dá para citar os irmãos Laura e Sean Matsuda.
Além dos personagens, alguns jogos também contam com cenários que são baseados em lugares reais, e é o que acontece no Street Fighter II, no cenário do Blanka. O local foi baseado nas favelas da cidade de Manaus, mais precisamente da Bacia do Rio Amazonas. Por isso, ele mostra alguns elementos como as casas de madeira com palha e os pescadores.
Mas, vale a pena destacar também que em Street Fighter III o Sean é apresentado com o seu cenário que é baseado nas paisagens urbanas de São Paulo, e em Street Fighter V é a vez da Laura ser apresentada com seu cenário inspirado no Rio de Janeiro.
Assassin’s Creed 3
Em Assassin’s Creed 3 temos provavelmente a “homenagem” mais polêmica ao Brasil. O jogo, que se passa durante a Revolução Norte-Americana (entre 1753 e 1783), segue a história de Connor, um ancestral de Desmond Miles. Em uma das missões, ele acaba em São Paulo no século 21.
O problema é que essa retratação da cidade foi bem infeliz. Isso porque o cenário é cheio de estereótipos preconceituosos como pessoas mal vestidas, muitas barracas que só vendem produtos falsos, bandeiras falsas e ruas muito sujas. Outro problema é que os personagens foram dublados por norte-americanos, então o sotaque ainda era muito forte e estranho.
O descontentamento foi tão grande que a empresa precisou se desculpar publicamente por isso. Em 2012, durante um evento realizado em São Paulo, o diretor da Ubisoft se desculpou com os fãs e admitiu a visão preconceituosa mostrada no jogo.
“Conversei diretamente com o Sebastien Puel (produtor do game) e ele pede desculpas, pois a missão foi feita rapidamente para agradecer o público brasileiro, mas foi feita com uma mentalidade ‘gringa’, que nem sempre é boa para a imagem do Brasil”
Call of Duty: Modern Warfare 2
Call of Duty: Modern Warfare 2 foi lançado em 2009 e também teve o Brasil como cenário em uma parte do jogo. O jogo se passa um tempo depois de Call of Duty 4. Diante a ameaça de uma organização ultranacionalista na Rússia, a comunidade internacional cria a Força 141 com o intuito de combater o problema.
Durante a campanha solo, os jogadores controlam o sargento Gary “Roach” Sanderson. Ele tem diversas missões durante o jogo, que se passam em cidades diferentes, entre elas o Rio de Janeiro. Nela, o personagem precisará enfrentar um grupo terrorista enquanto caça bandidos e traficantes de drogas.
Em termos de representação visual o jogo agradou muito, mesmo com alguns errinhos de localização. Ao que tudo indica, o estúdio se inspirou na favela Pavão-Pavãozinho no Morro do Cantagalo para fazer a construção do cenário no jogo. É possível ainda avistar lugares e pontos conhecidos como Copacabana, Cristo Redentor e morro Pão de Açúcar.