Ainda dá tempo de recomeçar?

JAPICHIN disse:

Eu costumo dizer, cuidar dos pais é a minha obrigação, falo isso pela educação oriental que tive e mantenho, e isso pra eles é um grande conforto, e pra mim uma grande satisfação e honra, em poder retribuir um pouco de tanto que me deram.

Quero dizer isso pra ilustrar o que a vida, a família nos dá em troca dessa interação, e que nos motiva a persistir na luta, pois saiba que todos de alguma maneira vai fazer falta para alguém.

Nanirata disse:

Minha vida está toda torta e já perdi a esperança de ter uma vida normal ... só sei que preciso viver, que não posso desistir da vida e da única chance de encontrar a verdadeira felicidade, mas estou cansada de causar preocupação a minha família e ser um peso para ela ...

Nanirata disse:

Tenho 41 anos, solteira e bacharel em matemática.

Nanirata disse:

Desisti do mestrado em matemática computacional por causa de uma depressão com início em meados de 1999. Pedi licença de 3 meses da bolsa da FAPESP e tranquei a faculdade para fazer o tratamento. Fui a um psiquiatra que me receitou antidepressivos e fazia terapia com um psicólogo da USP em São Carlos. Sem acreditar na terapia, acabei desistindo e pressionada pelo prazo da licença, desisti do mestrado.

Nanirata disse:

Voltei para a casa dos meus pais, parei com os medicamentos e depois tentei uma segunda faculdade em computação em São Paulo, mas o mesmo problema do mestrado voltou a ocorrer: fiz todas as matérias, mas travei na monografia e estágio. Um pouco antes, dei aula por um semestre para uma faculdade e esta é minha única experiência profissional. Fui adiando o TCC, até que um problema familiar, uma ferida não cicatrizada e trauma de infância, voltou à cena.

Nanirata disse:

Fiquei muito mal por um bom tempo. Voltei para Bragança, o problema familiar foi "esquecido" ou "passado por cima" e fui trancando a faculdade enquanto tentava reunir forças para voltar, o que não aconteceu. Com o debilidade da saúde dos meus pais, que já são idosos, acabei ficando para cuidar deles e justificando meu medo de enfrentar a vida.

Nanirata disse:

Já faz dez anos que me enterrei viva ... É tempo demais!!

Nanirata disse:

Pergunto: ainda dá tempo de recomeçar?

Nanirata disse:

Todo mundo me fala para prestar concurso e, de fato, é a única forma de me inserir no mercado de trabalho novamente, mas eu não consigo estudar, nem prestar os exames! Não suporto ser avaliada, não consigo fazer nada que use o cérebro, emburreci, até mesmo para fazer uma simples conta! Tenho até vergonha de ser uma matemática! Dá vontade de rasgar o diploma e jogar fora o mérito de melhor aluna!

Nanirata disse:

Hoje essa realidade me escancarou a porta e preciso enfrentá-la! Por onde começar?

Nanirata disse:

Não tenho amigos, só alguns virtuais e vocês aqui do Fórum. Não consigo conversar com minha família que aliás nem sabe da depressão que enfrentei na época.

Nanirata disse:

Só chorando hoje ...

cyberfoca disse:

vejo que tu está triste por se achar frustrada com essa questão profissional. mas... por quê? se tem alguém que sempre questionou essa coisa de que "trabalho enobrece a alma", esse sou eu! medir sucesso ou fracasso por causa de um diploma, de um cargo ou de pertencer á tal empresa na minha opinião é a coisa mais arcaica e medíocre que existe.

cyberfoca disse:

volta e meia eu saio de carro em pleno dia de semana comprar porcaria no mercado pra comer e ver a grama crescer. (Alguém vai dizer) que é uma vergonha que um engenheiro formado diga isso, mas... eu não estou nem aí.
e sabe por quê?
porque isso me faz feliz!

Nobel de Medicina diz: “Cura de doenças não é lucrativa para a indústria farmacêutica”

O premio nóbel de medicina britânico, Richard J. Roberts, denunciou a indústria farmacêutica por sobrepor os seus benefícios económicos à da saúde das pessoas, detendo o avanço científico da cura de enfermidades, porque curar não é rentável.

“Os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos pela indústria farmacêutica, que, em contrário, desenvolve drogas cronificadoras que são consumidas de forma serializada”, disse Roberts em uma entrevista para a revista PijamaSurf.“Algumas drogas que poderiam curar a doença não são investigadas.”

“Alguns fármacos que poderiam curar definitivamente não são investigados. Até que ponto é válido que a industria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, os quais chegam a se parecer muito com a mafia”, pergunta-se o nobel da Medicina de 1993.

O Cientista e Investigador acusa a indústria farmacêutica de se esquecer de servir as pessoas e estar preocupada apenas com a rentabilidade económica. “É comprovado como, em alguns casos, os pesquisadores dependentes de fundos privados poderiam ter descoberto medicamentos muito eficazes que poderiam ter acabado completamente com uma doença “, explicou.

“A Industria Farmacêutica não está tão interessada em cura-lo a si, como em sacar-lhe dinheiro”

Acrescenta que as empresas param de investigar, porque “eles não estão tão interessados em curá-los, como em sacar-lhes dinheiro, assim a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que cronificam a doença e fazem experimentar uma melhoria que desaparece quando você parar de tomar a droga. “

Diante disso, diz que é comum para a indústria estar interessada em áreas de pesquisa, não para encontrar a cura de certas doenças, mas “apenas para cronificar doenças com drogas cronificadoras muitos mais rentáveis do que os que curam completamente e de uma vez por todas “.

Quanto aos motivos de porque os políticos não intervêm, Roberts argumenta que “em nosso sistema, os políticos são meros empregados ‘dos grandes capitais’, que investem o necessário para que sejam eleitos os seus protegidos, e se não forem, eles compram aqueles que foram escolhidos”.