Faltou o autor dizer que, o Linux é um sistema operacional estabelecido na computação de alto desempenho e servidores desde a década de 90, e na computação de grande porte desde o início dos anos 2000. Porém, muitos (acho que a maioria dos) usuários dessa "leva" utiliza Windows como SO para desktop, e utilizam Linux apenas para trabalho.
Destes, muitos não defendem (e vários nem acreditam) na liberdade de software, e também não confundem a tal da liberdade com a gratuidade. São sim usuários Linux tradicionais, e fizeram muito por este SO com o que ele faz de melhor. Isso é, grandes deploys de pinguins em servidores, clusteres, dispositivos embarcados e mainframes. Mas, segundo o autor, os usuários tradicionais tem outro perfil, e não bate com o descrito acima.
Não sou um usuário Linux tradicional (pois sou da turma de #2004, Kurumin 2.12 com muito orgulho!), e hoje sou administrador de sistemas Unix e Microsoft. Trabalho o tempo todo com Linux, NetBSD, FreeBSD, Solaris e as vezes, AIX, também frequentemente com Windows Server 2008, 2003, 2000 e (infelizmente) NT4.
Linux é o SO do meu desktop desde 2006, mas não me incomodo de utilizar o Windows (nem os sistemas da Microsoft) ou softwares proprietários. E também não gosto de ser associado com os usuários que defendem a liberdade do software, nem taxado como usuário híbrido, pois no meu caso, eu entendo algumas coisas que a comunidade Linux não gosta de admitir:
1) Windows É um excelente desktop e perfeitamente consolidado. Não é o melhor, e é inegável o fato dele ter várias limitações e problemas relacionados à segurança. Porém, isso já melhorou bastante desde o Windows 2000, e muitas das críticas ditas hoje, só são verdadeiras se aplicadas à versões antigas do Windows, como o 95 e 98...
2) Linux É um excelente SO para servidores, por ser barato, rápido, fácil* e estável, mas é fraco no desktop e isso vai demorar muito tempo para mudar. *Se você acha o Linux difícil, experimente usar o OpenVMS.
3) A liberdade do software cuidou de consolidar o Linux entre os hackers do início dos anos 90, e devida essa participação, se tornou o sistema operacional que é hoje.
Finalizando: Acredito que o texto pecou por generalizar demais em cima de uma única situação: ou seja, o texto considerou o SO Linux como desktop estabelecido e descreveu sucintamente dois perfis de usuários distintos: O dito usuário tradicional seria um usuário Linux de desktop mediano, talvez universitário, sem vivência corporativa mas fortemente atuante nas comunidades. E o usuário híbrido como usuário recente, ainda em processo migratório, saindo do Windows e em fase de adaptação. Quando na verdade, o que o texto deveria ter considerado é o SO Linux como o que ele realmente é: Um (excelente) kernel de propósito geral, e que é verdadeiramente estabelecido em outros locais (não muito comuns).