O cuidador de cachorros

C-47 disse:

Eu não gosto de cachorro. Ou melhor, até gosto mas, só do ponto de vista culinário.
Conheço uma receita de patinhas empanadas, que é uma delícia.
Hoje, entretanto, caminhava pensativo quando deparei com um cuidador de cachorros, que carregava 4 animaizinhos pela coleira, um se embaralhando no outro. Um deles, ao me ver, olhou no fundo de minha alma e vi, então, que alí estava um ser, com sentimentos.
Foi amor à primeira vista. Era um desses pequenos, cheio de cabelos cobrindo os olhos.
Perguntei ao cuidador a quem pertencia o cachorrinho. Me disse que era uma cachorra, pertencente a uma outra, da espécie humana, que não tinha saco de passear com ela.
Comprou numa boutique, usa como enfeite mas, não cuida.
Pedi ao cuidador para separá-la da matilha e deixar que eu a levasse. Ele assentiu.
Nunca senti tanto afeto vindo de um ser vivo. Acho que me apaixonei.
Passeei com ela durante um bom tempo e depois a devolvi. Olhares mútuos de tristeza na despedida.
Uma coisa ela mudou em mim. Não como mais cachorros.

TRONNER disse:

Pretende repetir o feito quando passear numa fazenda e conhecer outros itens do nosso cardápio ?!

JAPICHIN disse:

Você tem que diferenciar os destinos de cada um, pet é pra companhia, e cão de corte é para culinária.

Falando em cuidador de cachorros, isso é uma mina de ouro pros pet shops, tem gente que leva o pet no carrinho de bebê inclusive, eu vi hoje uma dona levando, de longe achei que era um bebê que estava dentro mas tive uma surpresa.

CyberMaximus disse:

Cachorro mexe com a gente mesmo.

Cãomandante disse:

Quem policia os quintais e nossa casa aqui contra macacos, saruês são nossos cachorros viralatas.
Se der moleza "nossos vizinhos"invadem a casa.
Temos duas cadelinhas, uma delas pegou no mês passado um saruê, mas conseguimos tira-lo de sua boca.
E soltamos no mato novamente.

brancobill disse:

Puxa, que bacana! Sabe, também não gosto de cachorro, nem para cuidar nem para comer... Quem sabe um dia eu passo por esta experiência...

C-47 disse:

Certamente. Vou escolher uma vaca prá passear.



kkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Quanto ao segundo parágrafo, não entendo pessoas que compram um animal, a peso de ouro, (ao invés de adotar) e não passeiam com eles. Contratam um passeador.




Bicho é um barato. Atualmente estou me relacionando com uns marimbondos que, toda manhã, invadem minha cozinha. Mas, ficam pousados no armário, me olhando tomar café. Acho que são marimbondas.



Deixa os bichos entrarem. É uma festa.



Qual experiencia você quer fazer primeiro ? Se for culinária, comece com aqueles tipo miniatura. São como galetos. Na brasa com sal grosso e um chopp bem gelado.

JAPICHIN disse:

Depois de assado não lembra nem mais o que era.

Já comeu frango achando que era coelho? Ou avestruz achando que era boi?

C-47 disse:

Qual experiencia você quer fazer primeiro ? Se for culinária, comece com aqueles tipo miniatura. São como galetos. Na brasa com sal grosso e um chopp bem gelado.

brancobill disse:

Rapaz! Comer cachorro? O que chamei de experiência foi um apreço por um cachorrinho, como aconteceu contigo. Carne só como um filé de frango e olhe lá. Detesto carne, qualquer modelo dela. Meu primeiro emprego foi num frigorífico, e ver o bicho morrer com uma marretada na cabeça seguida de uma degola tirou o gosto de minha vida. Uma cena horrível. Mas quando era carne para Israel e Arábia Saudita, mandavam uns magarefes estrangeiros - e estranhos... Eles rezavam, seguravam a cabeça do boi e degolavam na primeira. Diziam que assim a carne estaria livre da dor de uma marretada. Enfim, não me peça para comer carne.

JAPICHIN disse:

Esses cachorros que o pessoal veneram, o dia que ficarem sem comida e com fome por longo tempo, atacarão qualquer um pra comerem e saciar a fome.

C-47 disse:

Rapaz! Tivemos a mesma experiencia. A minha, foi ainda adolescente, visitei um matadouro, a convite de um colega, cujo pai tinha um açougue.
Até hoje não sai de minha memória aquele senegalês com uma marreta de cabo comprido. O boi entrou chorando na rampa e, a primeira marretada na cabeça, não foi suficiente. Após mais uma, o boi dobrou os joelhos e, em seguida veio a degola. O sangue espirrava prá todo lado e o boi escorregava, ainda nos seus últimos estertores.
Quando criança, assisti o assassinato de um porco, cometido por um vizinho, na porta de casa. Cena de terror.
Eu, então, não tinha autonomia para escolher o que comer e meus pais não estavam nem aí para essas sutilezas. Assim que me fiz independente, aboli a carne de mamíferos.
O peixe é meu alimento preferencial, até porque o mugem vive para ser tragado pelo lúcio (Shakespeare). Na falta dele, o frango. Também são degolados mas, não é tão sangrenta a cena.


No caso de fome extrema e falta de alimentos, só comerei cachorros após esgotar a última humana. Carne de homem, prefiro morrer de fome.

JAPICHIN disse:

Esses cachorros que o pessoal veneram, o dia que ficarem sem comida e com fome por longo tempo, atacarão qualquer um pra comerem e saciar a fome.