Windows Movie Maker desafia iMovie da Apple (mas não no XP)

O aplicativo gratuito para criação de vídeos da Microsoft, o Windows Movie Maker, saiu da fase beta e está pronto para desafiar seu concorrente de dez anos de idade, o iMovie da Apple. Estão inclusos um recurso de criação automática de vídeos (que o iMovie não tem), uma interface simplificada, amplas capacidades de edição, dezenas de efeitos e transições e uma gama de opções de compartilhamento e publicação. O Windows Live Movie Maker agora é parte do pacote gratuito de aplicativos de estilo de vida digital online da Microsoft ( o Windows Live Essentials), e está de olho nos consumidores norte-americanos que assistem a vídeos criados por usuários na internet – um número que chega a sessenta porcento, de acordo com pesquisa do IDC.

Escolha vídeos, fotos e músicas e deixe o AutoMovie criar um eficaz vídeo em formato de apresentação de slides para você em menos de um minuto.

Seguindo os passos do iMovie (parte do pacote de aplicativos de estilo de vida digital iLife da Apple), o Windows Live Movie Maker permite a edição e o compartilhamento de vídeos por meio de uma interface simples, facilitando a criação de títulos, legendas e créditos, além da adição de músicas às suas fotos e vídeos. Mas o Windows Live Movie Maker faz muito mais do que isso.

O AutoMovie, por exemplo, é um recurso muito interessante criado especificamente para a geração YouTube. Ele monta automaticamente vídeos com cara de apresentação de slides com suas fotos, vídeos e músicas em “menos de um minuto”, segundo a Microsoft, enfatizando que o recurso leva menos tempo para criar um vídeo do que você gasta para assisti-lo. Depois é possível fazer ajustes no filme, adicionando outras animações e efeitos visuais. Brian Hall, da equipe do Windows Live, não se esquivou de enfatizar que esse é um recurso que o aplicativo rival da Apple não possui:

Publique seus vídeos diretamente no YouTube. Outros serviços de publicação, como o Facebook, podem ser adicionados por meio de plugins.

Também são possíveis edições mais complexas, graças às mais de sessenta transições, às dezoito opções de zoom e aos vinte efeitos visuais diferentes, além dos recursos de corte, divisão e “fade” de vídeo. Dependendo do seu hardware, é possível ter uma prévia das transições (como cross-fade, dissolve e shatter) passando o mouse sobre elas para vê-las em tempo real.

Também é possível publicar seus vídeos no YouTube e no Facebook, armazená-los em alta definição (ou em um formato menor), transferi-los para um dispositivo móvel, gravá-los em um DVD ou enviá-los por email para um amigo. A arquitetura aberta permite ao usuário adicionar serviços de compartilhamento de terceiros.

Como o programa tira proveito dos recursos internos do Windows 7/Vista, o aplicativo não funciona no Windows XP e em versões anteriores, mas a versão 2.1 para o XP ainda está disponível. O Windows 7/Vista dá suporte a um amplo espectro de formatos de arquivos e dispositivos de alta definição, incluindo o popular gravador Flip, o QuickTime da Apple, o AVCHD e o MPEG4. A Microsoft afirma que um novo modelo de driver gráfico do Vista/7 permite um “suporte mais confiável e estável para gráficos de alta qualidade”, acrescentando que um novo motor que roda sobre o DirectX aumenta a “velocidade e possibilitará recursos ainda mais avançados com o passar do tempo”.

O Windows Live Movie Maker pode ser baixado como parte do Windows Live Essentials aqui. Primeiro é preciso baixar um pequeno instalador para realizar a escolha individual de aplicativos do pacote Windows Live Essentials. O instalador então irá baixas as versões mais recentes e instalá-las para você.

Passo-a-passo com o Windows Live Movie Maker:

O vídeo não apareceu? Assista no YouTube!

Opinião do Christian

Com o Windows Live Movie Maker, o pacote Windows Live Essentials passa a oferecer um grupo de aplicativos e serviços comparável à solução iLife + MobileMe da Apple. Mas enquanto o Windows Live Essentials e seus serviços online associados são oferecidos gratuitamente, a Apple inclui o iLife gratuitamente em todos os seus Macs novos (a versão do varejo sai por 79 dólares), mas a parte que funciona em nuvem (MobileMe) só funciona em regime de assinatura anual (que sai por 99 dólares). Os críticos podem dizer que a solução da Microsoft não chega nem perto da profunda integração e da facilidade de uso do iLife. Mas o que importa é que os usuários do Windows finalmente contam com um equivalente ao iLife. Antes do Windows Live Essentials, os usuários de PCs tinham que comprar aplicativos independentes de terceiros nos quais não havia integração, o que não facilitava a manutenção de um fluxo de trabalho simples.

O CNET criticou o Windows Live Movie Maker, acusando-o de ser uma ” cópia grosseira” do elegante, bem acabado e cheio de recursos iMovie da Apple, mas eu não acho que seja justo dar esse veredito à solução gratuita e perfeitamente capaz da Microsoft, que faz o trabalho que se propõe a fazer. Aqueles que preferem gerenciar sua mídia de forma mais elegante e integrada certamente já estão pensando em migrar mesmo. Seja qual for o seu ponto de vista, as coisas só tendem a melhorar para os usuários de PCs conforme a Microsoft for alterando e aperfeiçoando os aplicativos do pacote Windows Live Essentials. E isso só pode ser uma coisa boa, não é mesmo?