Tudo o que você precisa saber sobre o Razer Phone

Tudo o que você precisa saber sobre o Razer Phone

Desde janeiro se especulava que a Razer entraria para o mercado de smartphones, já que a badalada fabricante de periféricos e computadores voltados para o público gamer adquiriu a Nexbit, fabricante de smartphones, conhecida pelo modelo Nexbit Robin.

Os rumores sobre a entrada da Razer nesse mercado ficaram ainda mais “quentes” a partir de julho. Ontem (01) finalmente foi tudo confirmado: O Razer Phone, smartphone projetado para o público gamer, será lançado no dia 17 de novembro por US$ 700. A pré-venda já foi iniciada.

A princípio o aparelho estará disponível apenas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Alemanha, França, Dinamarca e Suécia. Reino Unido, Irlanda, Dinamarca e Suécia também devem recebê-lo por intermédio da operadora Three. Pegando como base o forte investimento do Razer no Brasil é bem provável que o aparelho também desembarque por aqui. Porém nenhuma confirmação ou data foi divulgada.

Antes de entrarmos nos detalhes, confira as especificações completas do Razer Phone:

  • Tela: Sharp IGZO de 5,7 polegadas com proteção Gorilla Glass, resolução de 2560×1440 pixels e taxa de atualização de 120 Hz
  • Processador: Snapdragon 835
  • GPU: Adreno 540
  • Memória RAM: 8 GB  LPDDR4
  • Armazenamento interno: 64 GB de armazenamento (expansível para até 2 TB via microSD)
  • Câmera traseira: dois sensores, um grande angular de 12 MP, e um zoom 2x com 13 MP
  • Câmera frontal: 8 MP
  • Bateria: 4000 mAh com a tecnologia de carregamento rápido Quick Charger 4+
  • Conectividade: Wi-Fi ac, Bluetooth 4.2, NFC, LTE-A
  • Biometria: leitor de digitais 
  • Extras: alto-falantes com a tecnologia Dolby Atmos
  • Dimensões: 158 x 78 x 8 mm
  • Peso: 197 gramas
  • Sistema Operacional: Android 7.1.1 

 

A tela é o grande diferencial:

Se prestar a lançar um smartphone “gamer” não é das tarefas mais simples, já que incluir bastante RAM ou o melhor processador apenas o colocará no patamar de outros topo de linha presentes no mercado. É necessário realmente um grande diferencial, alguma feature que possa ser determinante na hora da jogatina.

No caso do Razer Phone, o destaque fica na tela. Mas não por elementos amplamente comentados, como resolução ou tamanho, o foco está na taxa de atualização do painel, que é de 120 Hz, em conjunto com o que eles chamam de “Ultramotion”.

Esse “Ultramotion” é uma tecnologia proprietária da Razer que tenta entregar o mesmo que faz o G-SYNC, da NVIDIA e o FreeSync, da AMD: a sincronização entre a GPU e a tela, a fim de eliminar certos engasgos do atraso da geração de frames e melhorar a fluidez.

Obviamente a Razer aplicou uma taxa de atualização variável. Caso os 120 Hz fossem mantidos a todo momento a autonomia da bateria seria bastante comprometida.

Nas configurações é possível escolher de 30 Hz a 120 Hz. O próprio software embarcado no telefone já cuida para que a taxa seja ajustada de acordo com o uso. Enquanto no melhor dos cenários a tela é capaz de exibir até 120 imagens por segundo, quando configurada nos 120 Hz, em imagens estáticas o Razer Phone faz o ajuste para que a taxa de frames cai para 10-15 fps.

Isso tudo são medidas que tentam evitar que essa tela que oferece uma taxa de atualização duas vezes superior que a dos smartphones convencionais cause um grande impacto na autonomia da bateria.

Nem todos os jogos poderão aproveitar completamente essa tela de 120 Hz. Assim como acontece com os smartphones com tela 18:9 em que alguns apps ficam com tarjas pretas na parte de cima e embaixo.

A Razer diz que atualmente cerca de 20% dos jogos são compatíveis com esse padrão de tela. Para que esse percentual cresça é necessário que os desenvolvedores façam ajustes.

Primeiros games compatíveis com 120 Hz:

  • Arena Of Valor
  • Final Fantasy XV
  • Gear Club
  • Lineage 2: Revolution
  • Old School RuneScape
  • RuneScape
  • Shadowgun Legends
  • Tekken, Titanfall: Assault
  • World of Tanks Blitz

 

​​Game Boaster

Visando oferecer uma pitada de PC aos usuários do Razer Phone, o aparelho conta com o app Game Boaster, com ele é possível criar perfis de uso distintos de acordo com a aplicação. Definindo a frequência do processador a taxa de atualização da tela, entre outras coisas.

Design ultrapassado:

Se por um lado o Razer Phone impressiona com sua tela, no design aposta em um modelo totalmente batido quando comparado a outros topo de linha. O aparelho com seu formato selado (unibody) segue a mesma linha do Nexbit Robin e do Sony Xperia XZ1, bordas bem marcadas na parte superior e inferior.

A decisão de adotar esse modelo está relacionada ao modo como a Razer aplica os alto-falantes. São duas saídas de som, uma em cima e a outra embaixo (modo estéreo)

Os alto-falantes são certificados pela THX, DAC de 24 bits e suportam a tecnologia Dolby Atmos, garantindo uma maior espacialidade. Além de ser ultrapassado outros pontos jogam contra o design do Razer Phone: não há o conector P2 (sim, é preciso utilizar um adaptador USBC/P2, incluso no kit) nem resistência à água e sem suporte a carregamento sem fio

Até a marca registrada da companhia, o logo iluminado com um LED verde bem marcante, não será para todos. Apenas para aqueles quem adquirirem no período da pré-venda. Para os demais o logo é na cor cinza sem nenhuma iluminação

O botão power também atua como leitor de digitais. Para evitar superaquecimento a Razer implementou um sistema de heatpipes que transfere o calor gerado pelo Snapdragon 835 por todo o corpo de alumínio do aparelho, que atua na dissipação. O sistema embarcado é o Android 7.1.1 que roda com a interface personalizada NOVA Launcher Premium, integrado com o Google Assistente.

Câmeras que seguem o padrão de mercado

Seguindo o que a indústria adotou como o mais novo “queridinho” dos smartphones, o Razer Phone, conta com um sistema dual-camera traseiro. Dois sensores de 12 MP, um grande angular com abertura f/1.75, e o secundário que é zoom óptico de 2x, com abertura f/2.6.  Há também flash LED Dual-Tone, autofoco com detecção de fase (PDAF), HDR e capacidade de filmar em 4K a 30 fps. A câmera frontal é de 8 MP com abertura f/2.0

Bateria que promete boa autonomia:

Por último, e não menos importante, vamos tratar da bateria. Devido aos ajustes de software e os 4.000 mAh a Razer diz que esse smartphone entrega uma boa autonomia. 

Em números a companhia cita 7 horas de jogatina ou 63 horas de reprodução de música. A tecnologia de carregamento rápido Quick Charge 4+ da Qualcomm também está presente. Em relação ao tempo de carregamento, 85% são completados com 1 hora de carga.

 

O que você achou da entrada da Razer no mercado de smartphones? Escreva abaixo nos comentários

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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