Tudo o que você precisa saber sobre o A17 Pro, o chip de 3nm do iPhone 15 Pro

Tudo o que você precisa saber sobre o A17 Pro, o chip de 3nm do iPhone 15 Pro

Já faz alguns anos que um dos principais destaques dos novos iPhones são os seus processadores. Desde que começou a projetar e fabricar seus próprios chips, a Apple vem avançando e entregando processadores para dispositivos móveis cada vez mais rápidos e eficientes. E com a recém-lançada linha iPhone 15 Pro não poderia ser diferente.

Os atuais smartphones mais poderosos (e caros) da empresa são equipados com o chip A17 Pro. E, de acordo com a Apple, este é o processador para dispositivos móveis mais rápido já lançado. Mas o que faz dele tão especial? Neste artigo nós vamos mostrar tudo o que você precisa saber sobre o A17 Pro e o porquê ele é tão impressionante.

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Primeiro chip da Apple com apenas 3 nanômetros

A17 Pro
O chip A17 Pro é o primeiro da Apple a ser construído com litografia de 3 nm

Vamos começar falando da principal característica deste novo chip da Maçã. O A17 Pro representa a estreia da Apple em um método de produção de semicondutores de 3 nanômetros.

Pode não parecer uma diferença muito grande, mas trata-se de uma evolução considerável se comparado ao método de 5 nanômetros empregado no A16 Bionic e chips anteriores.

Uma escala de produção com esse nível de miniaturização permite a acomodação de um maior número de transistores na “pastilha” de silício. Além disso, os transistores ficam extremamente próximos, gerando assim um circuito integrado mais compacto, veloz, termicamente eficiente e com melhor aproveitamento energético. No artigo abaixo nós explicamos em detalhes as vantagens de se fabricar chips cada vez menores:

Segundo informações da própria Apple, as dimensões desses transistores são tão reduzidas que alguns de seus componentes possuem apenas uma largura de 12 átomos de silício, elevando a miniaturização a um outro patamar, tanto de eficiência quanto de dificuldade técnica.

Além disso, cada unidade do chip conta com 19 bilhões de transistores, um acréscimo de três bilhões em comparação com o A16 Bionic. Para um breve contraste histórico, o A15 contém 15 bilhões de transistores, enquanto o A14 tem 11,8 bilhões e o A13 dispõe de 8,5 bilhões.

A17 Pro é o chip para dispositivos móveis mais rápido do mercado

A17 Pro
O processador possui 6 núcleos, sendo 2 para desempenho e 4 para eficiência energética

O A17 Pro mantém a mesma organização de núcleos do modelo anterior (A16 Bionic). Ou seja, são dois núcleos voltados para alto rendimento e quatro focados em eficiência energética.

Ainda não temos informações sobre as frequências de operação desses núcleos. No A16 Bionic, as velocidades são de 3,46 GHz e 2,02 GHz, respectivamente. No entanto, a Apple assegura que os núcleos do novo processador são 10% mais ágeis.

Além disso, eles possuem aprimoramentos na predição de ramificações para uma execução de código mais veloz e os sistemas de decodificação e execução contam com larguras de banda ampliadas.

A empresa da maçã declara que o A17 Pro é o processador para dispositivos móveis mais veloz do mercado. Geralmente, quando uma empresa fala isso, é mais uma jogada de marketing. Mas, no caso da Apple, eu realmente não questiono. Basta observar a dificuldade dos concorrentes em igualar o desempenho do A16 Bionic, que já está no mercado há mais de um ano. De fato, os processadores móveis da Apple apresentam performance que pode ser comparada ao de alguns computadores pessoais.

Além disso, os núcleos voltados para eficiência energética são descritos como a “CPU móvel mais eficaz” e exibem um desempenho por watt três vezes superior ao dos rivais.

Neural Engine duas vezes mais potente

A Neural Engine, responsável pelo aprendizado de máquina, está pelo menos duas vezes mais potente

A Neural Engine é a seção do processador responsável por gerenciar o machine learning (aprendizado de máquina). É esta área que é responsável por executar funções como reconhecimento de voz no aparelho, correção automática de texto ou determinar o que é cada coisa que aparece nas fotos tiradas.

A Neural Engine possui 16 núcleos, o mesmo número que o A16 Bionic. No entanto, apesar de ter o mesmo número de núcleos, o chip consegue dobrar a performance. O A17 Pro tem a capacidade de efetuar nada mais nada menos do que 35 trilhões de operações a cada segundo (TOPS). O chip anterior tinha “apenas” 17 TOPS.

O aumento de velocidade permite a execução de um maior número de atividades relacionadas ao aprendizado de máquina diretamente no iPhone, assegurando que suas informações pessoais permaneçam distantes do armazenamento em nuvem.

Incorporados ao A17 Pro, também encontram-se sistemas especializados para manipulação de vídeo no formato ProRes, um decodificador de vídeo AV1 (que deve melhorar a usabilidade de apps como YouTube) e um mecanismo que gerencia tanto o ProMotion quanto a função de Always On Display.

Com a substituição da conexão Lightning para USB-C, a Apple incluiu ainda um controlador USB 3 específico, que permite taxas de transferência de dados de até 10 gigabits por segundo.

Suporte nativo a Ray Tracing e GPU mais rápida

Outro ponto de destaque do A17 Pro é a unidade de processamento gráfico (GPU). A Apple adjetivou a GPU deste chip como “groundbreaking”, que podemos traduzir como “inovadora”. Além disso, a empresa explicou que a GPU foi totalmente reformulada, portanto, é praticamente uma unidade gráfica novinha em folha.

O projeto foi reformulado com foco tanto em performance quanto em eficiência energética, além de ser otimizado para a execução de aplicativos de alta complexidade. Ele conta com seis núcleos, um a mais que seu antecessor, o A16 Bionic. Esse núcleo adicional resulta em um aumento de velocidade de até 20%.

Adicionalmente – e isso é especialmente relevante para criadores de jogos e desenvolvedores de aplicativos de realidade aumentada (AR) – a GPU do A17 Pro tem suporte nativo para Ray Tracing acelerado por hardware, aprimorando a fidelidade da luz refletida em cenas geradas digitalmente.

A aceleração via hardware possibilita um Ray Tracing quatro vezes mais veloz em relação à renderização puramente baseada em software. Isso abre margem para alcançar taxas de quadros significativamente mais elevadas e, consequentemente, uma experiência mais imersiva.

Outra inovação em termos de software destinada a enriquecer a qualidade dos jogos é o aprimoramento de efeitos metálicos (upscaling), que integra a GPU ao componente neural para entregar gráficos superiores com um consumo energético mais contido.

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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