2010 — Apple iPad: pequenos dispositivos, grandes mudanças

Ainda que os netbooks tenham um gabinete semelhante ao dos notebooks e contem com teclado, é impossível trabalhar seriamente neles, o que basicamente significa que o teclado é inútil para seu público-alvo – as pessoas que só querem acessar a internet, ler ebooks e consumir diferentes tipos de mídia. A Apple entendeu essa situação, e lançou um tablet PCs sem teclado, feito para o consumo, e não para a criação.

O iPad certamente tem muitos pontos negativos (como sempre acontece com a primeira geração de um dispositivo da Apple). Mas ele não é só uma extensão lógica do iPhone, ou uma maneira de realizar as mesmas tarefas de forma mais cômoda do que em um smartphone, mas sim um dispositivo com design pensado para o consumo de mídia e conteúdo, que também pode ser usado em ambientes comerciais e médicos (dentre outros), onde o acesso aos documentos é muito mais importante do que a edição dos mesmos.

A ideia de um dispositivo semelhante a uma prancheta já circulava, e em 2009 as empresas já comentavam sobre seus planos de trazerem para o mercado produtos do gênero em 2010. Só que a Apple e a Samsung foram as duas únicas empresas que conseguiram lançar seus dispositivos no ano passado. Com isso, a Apple foi a empresa que fez consumidores e indústria reconsiderarem o papel, a funcionalidade e os modelos de utilização dos netbooks.

Os tablets não são apenas um novo formato de gabinete de computador, eles são um novo campo de batalha entre x86 e ARM; entre Windows e Linux; entre AMD e Intel; entre Apple, Samsung e Sony. Esses conflitos entre várias empresas certamente vão criar novos pontos de virada estratégicos para toda a indústria.

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