Qual foi o primeiro antivírus do mundo?

Qual foi o primeiro antivírus do mundo?

O primeiro antivírus do mundo foi criado em 1983 por Fred Cohen, como um estudo experimental que se tornou tese de seu doutorado ao lado do professor Len Adleman. Desde então ele se tornou uma ferramenta fundamental para o uso de dispositivos com acesso a internet em todo o mundo.

Neste artigo vamos explicar mais um pouco como surgiu o primeiro antivírus, como ele foi criado e o impacto que teve no mundo da tecnologia. Confira!

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O surgimento do primeiro antivírus

O primeiro antivírus foi criado por Fred Cohen, que revelou ter iniciado o seu interesse por tecnologia durante o ensino fundamental. Como seu pai era professor universitário da Universidade de Pittsburgh, ele tinha acesso a alguns programas do departamento de Ciência da Computação do local, e mesmo sem participar diretamente, ainda ia lá para ver os projetos.

Fred Cohen

Foi assim que seu interesse cresceu mais e mais, e com o tempo o computador já fazia parte da sua vida. Por isso ele acabou optando pelo curso de Engenharia Elétrica da Universidade Carnegie Mellon. Durante seus estudos, Fred começou a trabalhar no departamento de Ciência da Computador do local, onde tinha contato com a Arpanet (primeira rede de computadores do mundo) e até mesmo atuava em um projeto de desenvolvimento de protocolos para que os militares pudessem realizar comunicações que fossem seguras.

Ele então ingressou em seu doutorado na Universidade do Sul da Califórnia e, em 1983, ele tinha uma aula que era ministrada por Leonard Adleman, ou, Len Adleman.

Estima-se que o primeiro vírus tenha surgido e 1971, conhecido como Creeper, em homenagem a um vilão do desenho Scooby-Doo, e desenvolvido pelo americano Bob Thomas, que era pesquisador de segurança da BBN Technologies.  Em 1983, houve também o surgimento de um novo vírus, usado para invadir os sistemas da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

antivirus

Esse último foi discutido na sua aula, e foi aí que Fred começou a pensar sobre o assunto e sobre como aquele programa em específico poderia infectar outros se colocasse uma cópia de si mesmo neles. Foi daí que veio a ideia do nome.

Na verdade, a ideia mesmo veio do professor, Adleman, já que eles são programas infecciosos e que conseguem se multiplicar (Len Adleman é informático e biólogo molecular).

Fred pediu ao professor para realizar um experimento para tentar descobrir como essa infecção ocorre e com que rapidez isso acontece. Len Adleman deu seu aval e assim Fred criou um vírus próprio sob o qual ele tinha total controle, para que tudo fosse feito com segurança.

Esse projeto se tornou o tema da sua tese de doutorado e, dessa forma, Fred e Len foram os primeiros a começarem a estudar sobre vírus e malwares e as formas que eles utilizam para infectar os sistemas, além de técnicas para impedir que isso aconteça.

Foi assim que surgiram os antivírus, que ganharam o nome já que tinham como objetivo remover todo o vírus do sistema de uma forma automática e rápida. Além disso ele funcionava de forma independente, então caso um vírus invadisse o sistema, não era preciso reunir todos os profissionais da área para fazer a extração de forma manual. Além disso, o antivírus também evitava ter que fazer formatações e reinstalações caso isso acontecesse.

Os vírus evoluíram, mas os antivírus também

antivírus

Esse projeto de Cohen foi muito importante e se tornou base de estudo para outros alunos do professor Len Adleman posteriormente. Isso prova que ele deixou um legado que foi muito importante para a segurança da informática e que continua sendo importante nos dias de hoje.

Eles conseguiram compreender já naquela época como o vírus funcionava e como ele se espalhava. Eles entenderam que era preciso que ele tivesse as habilidades de compartilhamento para alcançar mais sistemas e programas, de transitividade para passar as informações que recebiam, e de execução para executar os programas invadidos.

Foi assim que a indústria do antivírus foi criada e desenvolvida.

Com o tempo, os vírus e malwares foram evoluindo e ganhando novas ações e “aperfeiçoamentos” podendo invadir ou controlar o sistema de diversas formas, inclusive conseguindo ter acesso a tudo o que é digitado na tela do dispositivo.

Com isso, os antivírus também começaram a ganhar melhorias e inovações para conseguir bater de frente contra essas novas ameaças. Em 1990 eles se tornaram cada vez mais populares, e por isso muitas marcas de segurança apresentaram versões de suas ferramentas de combate.

virus

Mas mesmo com toda essa evolução, a verdade é que a base da detecção e remoção dos vírus ainda permanece bem similar a quando Fred começou a estuda-los. Ou seja, ainda é preciso impedir que ele passe informações cortando a transitividade do vírus, inibir o compartilhamento e impedir a execução do programa.

Segundo Cohen, o que mudou não foi a forma como o vírus age nos computadores e sim a escala. Hoje em dia, como a internet é muito mais popular do que em 1983, quando ela ainda dava os seus primeiros passos, existe uma quantidade muito maior de computadores a serem infectados.

Também não existe muita diversidade entre os sistemas, já que cerca de 95% dos computadores hoje em rodam ou macOS, ou Windows ou Linux no caso de computadores e iOS ou Android no caso de dispositivos móveis.

McAfee foi o primeiro antivírus comercializado

Em 1989, os problemas causados por malwares foram se multiplicando, e foi quando alguns vírus mais elaborados começaram a surgir. Muitos deles já faziam estragos principalmente a computadores do mundo corporativo, assim como doméstico.

McAfee

Foi nessa época que surgiu um grupo chamado de Virus-L, que era usado para passar para algumas pessoas informações sobre segurança e ferramentas para detectar e remover essas ameaças. John McAfee e Eugene Kaspersky estavam entre essas pessoas que recebiam essas informações, e por isso no mesmo ano, McAfee foi quem iniciou o seu próprio negócio e começou a vender soluções de proteção e segurança de hardwares e softwares.

Foi aí que seu antivírus foi criado e oferecido ao público, sendo seguido por grandes outros nomes que ainda fazem sucesso atualmente como o próprio Karspersky e Norton.

Importância do uso de antivírus

Um antivírus é um programa indispensável para qualquer dispositivo, principalmente computadores. Seja para uso apenas para diversão, estudos ou trabalho. Isso porque muitos vírus atacam o sistema de forma bem silenciosa, e assim o usuário não tem conhecimento da sua existência para conseguir removê-lo manualmente.

antivírus

O antivírus consegue fazer uma verificação em todo o sistema e seus programas e arquivos, e dessa forma identifica rapidamente caso algum deles esteja contaminado com algum vírus. É por isso que eles precisam estar sempre ativos e em funcionamento. Quando isso acontece, ele coloca o arquivo infectado em quarentena.

Caso durante esse tempo o vírus seja realmente detectado a depender do desempenho, o antivírus então avisa ao usuário. No caso do programa não detectar nada que realmente comprove a existência de um vírus naquele arquivo, cabe ao usuário escolher entre apagar ou continuar executando.

Nem todo malware é um vírus

Com o aumento de tipos de softwares que são prejudiciais e perigosos para um sistema, começaram a existir separações por tipos. O termo genérico para todos é malware, o que significa que um vírus é sempre um malware, mas nem todo malware é um vírus.

Vírus são os programas capazes de se replicar dentro do sistema, e essa é sua forma de infecção. Porém existem outros tipos de malwares como o cavalo de troia, que é um programa que vem disfarçado de outro que parece ser inofensivo e, dessa forma, o usuário o instala no sistema sem saber que é um software malicioso.

Existem ainda outros como o worm, o bot, o spyware, adware e até mesmo o famoso ransonware que consegue roubar informações importantes de redes de computadores de grandes empresas e pedir por um resgate em dinheiro para devolver essas informações.

Se você quiser saber mais um pouco sobre esses tipos de malwares, confere nosso artigo dedicado ao tema clicando aqui.

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