Placas mãe para overclock

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De dois anos pra cá, o overclock deixou de ser algo restrito às rodas de micreiros para virar uma técnica largamente utilizada pela grande maioria dos usuários.

Uma explicação básica para quem não está muito bem familiarizado com o assunto é que o overclock, que significa “acima do clock” numa tradução livre, permite aumentar a freqüência do processador, em alguns casos até 50%, permitindo comprar um processador barato, como um Celeron ou Duron e ter o mesmo desempenho de um processador muito mais caro. Veja mais detalhes em: https://www.hardware.com.br/overclock/

Porém, algo que muita gente esquece quando compra um micro pensando em fazer overclock do processador é escolher com cuidado o modelo da placa mãe. Nem todas as placas mães permitem fazer overclock, outras oferecem alguns obstáculos, enquanto apenas alguns poucos modelos trazem todos os recursos que são desejados para tirar o máximo do processador.

Podemos dividir as placas mãe do mercado em basicamente três categorias: Placas não recomendadas para overclock, Placas com recursos básicos e Placas recomendadas

As placas definitivamente não recomendadas são basicamente as PC-Chips (estas não são recomendadas pra micro algum, quanto mais para quem pretende fazer overclock 🙂 e as placas Intel.

As PC-Chips simplesmente não tem um mínimo de qualidade, e além disso não permitem alterar a voltagem do processador ou usar freqüências alternativas. Em geral temos apenas a escolha entre 66 e 100 MHz.

As placas Intel, apesar de serem excelentes para uso geral, também não são recomendáveis para overclock, pois naturalmente a Intel não tem interesse que seus compradores façam overclock, por isso as placas são travadas de todas as formas possíveis. é bem complicado fazer qualquer tipo de overclock em qualquer placa mãe Intel.

As placas com recursos básicos representam a maioria dos modelos do mercado. Estas placas trazem além das freqüências básicas, ou seja, 66, 100 e 133 MHz, algumas freqüências alternativas, como 75, 83, 95, 103, 112, 124, 150, etc. que são justamente as freqüências mais utilizadas para fazer overclock.

Por exemplo, caso você tenha em mãos um Pentium III 850, que utiliza bus de 100 MHz, seria improvável que o processador funcionasse a 1133 MHz usando bus de 133, pra não dizer impossível. Porém, caso a sua placa mãe tivesse bus de 112 MHz, você poderia usar o processador a 952 MHz sem problemas, desde que, naturalmente, usasse um bom cooler.

é impossível alterar o multiplicador dos processadores Intel, apartir do 200 MMX, pois ele é travado ainda em fábrica. é possível fazer overclock apenas alterando a freqüência da placa mãe. No caso do Athlon e do Duron, os processadores também vem com o multiplicador alterado, mas é possível destrava-los passando tinta condutiva em alguns contatos do processador, o que pode ser visto com detalhes em: http://www.anandtech.com/showdoc.html?i=1282
Depois de destravar o processador, você poderá fazer overclock em qualquer placa mãe que permita configurar o multiplicador pelo Setup.

Finalmente, as placas mãe recomendáveis para overclock são modelos como a Abit BE6-II, Soyo BA+III e BA+IV, Asus CUSL2 etc. que possuem várias freqüências de barramento e seleção de voltagem. Algumas placas chegam ao extremo de permitir setar a freqüência da placa mãe de 1 em 1 MHz, e regular a voltagem do processador de 0.1 em 0.1 volt, permitindo testar várias combinações até encontrar a configuração ideal para o processador que estiver usando.

Alguns processadores permitem overclocks maiores que outros, mas todos possuem algum potencial. Escolher bem a placa mãe é a chave do sucesso. Verifique as especificações e baixe o manual da placa apartir do site do fabricante para analisar seus recursos, e decidir se ela é adequada para o que está pretendendo fazer.

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