OPINIÃO: jamais irei comprar novamente a versao inicial de um console, essa decisão tem relação com a “meia geracão”

OPINIÃO: jamais irei comprar novamente a versao inicial de um console, essa decisão tem relação com a “meia geracão”

Lançado em novembro de 2020, o PlaysStation 5 chegou a marca de 40 milhões de unidades vendidas. O console alcança esse patamar simbólico em meio aos rumores crescentes de um provável lançamento de uma versão Pro do console, que, inclusive, teria uma previsão de lançamento: novembro de 2024.

Se isso irá se concretizar ou não, apenas o tempo dirá. No entanto, não é exagero nenhum pensar que uma versão mais poderosa do console irá pintar em algum momento. Mantendo a famigerada prática dos consoles de meia geração.

Ao longo dos anos me transformei em um gamer totalmente casual, que joga pontualmente uma coisa ou outra, e no PC. Meu último console foi o Xbox One, comprado em 2013.

Como sou adepto do “pcismo”, e me interesso por hardware, a parte técnica, os requisitos e componentes me chamam a atenção. Portanto, vejo com bons olhos a corrida por consoles com cada vez mais poder computacional e recursos.

A adoção do SSD como unidade de armazenamento padrão nos principais consoles do momento foi fantástica. Deixando de lado algumas balelas de marketing nesse sentido, o puro fato do SSD ser a unidade principal de armazenamento já representa um novo olhar para um público que talvez nem estivesse acostumado com isso no computador, e os benefícios são evidentes.

Como já tenho um PC gamer, assim que o PlayStation 5 e o Xbox Series S/X foram lançados, de cara meu pensamento foi: caso eu compre algum deles, a minha escolha será o PlayStation 5.

Antes que você venha com um possível chororô consolista, defendendo esse ou aquele, a minha escolha tem relação apenas com uma racionalidade que eu considero óbvia. No PC eu já consigo rodar os títulos da Microsoft (que, aliás, apenas o Forza me interessa no momento), enquanto com o PS5 eu poderia rodar os games que, até podem algum dia chegar ao PC, mas irá demorar um certo tempo, há um delay estratégico. Ao menos, por enquanto.

Mas, o tempo passou e ainda não comprei nenhum deles. E essa decisão tem relação com essa questão dos consoles de meia geração e também com a minha desistência de comprar games em pré-venda ou no day-one.

Não faço conta com dinheiro alheio, cada um compra o que quiser e quando achar conveniente. Mas, pra mim, comprar jogos em pré-venda, ou no lançamento, está fora de cogitação. Essa decisão tem relação com o que se tornou a indústria: produtos que em sua maioria parecem inacabados com consumidores que ficam aguardando patches que prometem correções milagrosas.

Esse panorama é completamente desmotivador para a compra, aliado aos preços que também não são convidativos.

Como disse no início, eu me tornei um gamer mais casual, e que valoriza a questão técnica. Os gráficos, por exemplo, são fundamentais para a minha experiência. Valorizo a questão estética. Posso até curtir alguns indies, mas a minha prioridade são os jogos triplo A.

Por esse ponto do vista, olhando o que é o mercado hoje, e também adicionando ao fato que não tenho a pretensão de me tornar um colecionador de consoles, ou comprar tudo que a marca X ou Y lança, chego a conclusão que jamais irei novamente adquirir a versão inicial do console. Prefiro esperar e ver realmente se a tal versão Pro vai acontecer, e então, quem sabe, comprá-la.

Sinto saudade da experiência mais imediatista do console. Ligar e jogar. O PC e seu “pcismo” passa, em muitos momentos, por uma experiência chata, truncada, e de ajustes e configurações. Considerando essa realidade, a ideia de ter um console novamente é bem-vinda.

Ah, é bom pontuar também que, embora eu curta falar de hardware, e olhar essa parte mais técnica, esse ponto pode ser uma armadilha e uma artimanha das empresas envolvidas nesse mercado. Valoriza-se demais dados técnicos, os consumidores mais fervorosos compram essa ideia, e esquecem do principal: jogos. Cadê os bons jogos? Essa tem sido uma das gerações mais broxantes em termos de jogos.

Quis trazer esse artigo para levantar esse olhar sobre essa questão dos consoles de meia geração. É muito legal comprar algo no lançamento, ser um dos primeiros a utilizar um produto, mas, dependendo do seu perfil como usuário, você pode estar apenas sendo feito de trouxa.

Qual a sua opinião sobre isso? Conta ai nos comentários.

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Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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