O que é e como funciona a tecnologia VRR?

A tecnologia VRR é usada em TVs e monitores com o intuito de manter uma variação segura nos níveis de taxas de atualização da tela a depender do conteúdo sendo exibido. Ela impede que as variações de FPS e da taxa possam gerar rasgos na imagem, afetando assim a experiência principalmente nos jogos.

Confira como ela funciona, qual sua importância e entenda melhor os conceitos de taxa de atualização e de FPS no nosso artigo dedicado.

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O que é taxa de atualização e FPS?

Para entender primeiro como ela funciona e sua importância, é preciso estar por dentro do conceito de taxa de atualização de monitores ou TVs. Essa taxa revela qual a frequência com que a tela atualiza as imagens, e é algo muito rápido, coisa de milissegundos. Isso significa que quanto maior for a taxa de atualização, mais rápido a tela processa as imagens e mais fluida essa imagem será em movimento, ou seja, não vai ficar travando ou demorando.

Principalmente para quem joga, isso pode fazer bastante diferença. Telas que têm taxa de atualização baixa geralmente mostram movimentos mais arrastados. Isso porque quanto maior for a taxa de atualização, mais imagens são exibidas em um determinado intervalo de tempo e assim os olhos percebem uma movimentação mais fluida.

Já o FPS é algo bem parecido, mas não é igual. Essa sigla é de Frames per Second, que em português significa quadros por segundos e mede a capacidade da placa gráfica de desenhar um número de quadros na tela a cada segundo.

Para entender melhor, vamos a um exemplo bem simples. Se você pegar um caderno e desenhar no canto de várias folhas um bonequinho com o pé um pouco mais para frente e passar essas folhas rapidamente, é como se ele estivesse se movendo. Como acontece no exemplo abaixo.

Isso é basicamente o que acontece com o FPS. Em jogos, quanto maior o FPS, mais as imagens são formadas com fluidez e sem travamentos. Geralmente a média é de 60 FPS para que ele rode bem, podendo até ser de 30 FPS, mas já com alguns engasgos. Para jogadores mais exigentes o ideal mesmo é que chegue aos 120 FPS ou até mais.

E qual é a relação entre a taxa de atualização e o FPS? Simples, a taxa de atualização pode ser um fator limitante para o FPS porque ambos precisam combinar. Ou seja, se você tem um console que roda um jogo a 120 FPS, mas sua TV tem uma taxa de atualização de até 60 Hz, a imagem do jogo vai permanecer em 60 Hz como se ele estivesse rodando a 60 FPS.

Ou seja, não adianta a placa gráfica ter uma capacidade de desenhar um número maior de quadros por segundo se a tela é limitada a uma frequência de atualizações menor.

O que a tecnologia VRR e qual a sua importância?

VRR é a sigla para Variable Refresh Rate em inglês. Em tradução, esse termo significa Taxa de Atualização Variável. Por aí, já dá para entender que é uma tecnologia que pode mudar a taxa de atualização da tela dependendo do conteúdo que é exibido nela.

Esse ajuste é feito automaticamente pela tela e em tempo real e tem a ver com a taxa de quadros que é enviada por um console ou pela própria televisão. É assim que ele consegue aumentar esse valor para que os jogos rodem de forma mais “lisa” e sem travamentos. Para quem gosta de jogos competitivos que um tiro na hora certa é fundamental, esse recurso sem dúvidas faz muita diferença.

Já em outras atividades, como quando se está assistindo a um filme ou uma série na TV, a taxa de quadros é bem menor e geralmente não muda muito, ficando na faixa de 24 a 30 FPS (quadros por segundo). Ou seja, é uma atividade que não exige uma taxa de atualização muito alta, porque não faria muita diferença.

Nos jogos essa taxa não é tão estável assim, então acaba mudando muito a depender de vários fatores. Quando a taxa de atualização e o FPS não estão sincronizados, vemos o fenômeno chamado de screen tearing, que geralmente acontece quando o jogo é em alta resolução. Nesse caso como a tela não tem a taxa de atualização necessária para acompanhar a frequência de quadros por segundos dos jogos, acaba gerando imagens com alguns rasgos.

Por isso a importância do VRR, já que essa tecnologia faz com que esses valores sejam ajustados de forma automática, impedindo que isso aconteça. O VRR responde de forma dinâmica as variações do FPS e com isso consegue definir uma taxa de atualização que seja compatível com essas alterações dos quadros.

G-Sync e Freesync são tecnologias VRR

Hoje em dia essa tecnologia já está presente em muitas TVs, mas elas começaram a surgir nos computadores, principalmente monitores gamers. Algumas empresas contam com tecnologias de VRR próprias como é o caso do FreeSync da AMD e do G-Sync da Nvidia.

Esses são os dois mais populares e conhecidos e eles contam com a mesma função, ambos são tecnologias VRR. Porém, além dos nomes, eles também diferem no modo de funcionamento.

O G-Sync, da Nvidia, é um componente, ou seja, um hardware, que fica no interior do monitor. Por isso, é preciso que o fabricante tenha uma licença com a Nvidia para que seu monitor conte com essa peça. Já o FreeSync da AMD não precisa de um componente extra e a empresa torna sua utilização mais livre (daí o nome), embora a maioria seja de fato desenvolvido pela AMD mesmo. Por isso é mais fácil encontrar monitores com a tecnologia FreeSync do que G-Sync.

Em monitores gamers hoje em dia é muito comum encontrar modelos com VRR, enquanto nas TVs isso não seja ainda tão comum. Nesse caso, ele também faz parte das especificações do cabo HDMI 2.1 e pode até vir com outros recursos que ajudam e facilitam esse uso como o ALLM e o HFR. Lembrando que as TVs também podem vir com Freesync ou G-Sync.

Em relação aos consoles, atualmente os modelos da Microsoft como o Xbox Series X, Xbox Series S, Xbox One X e Xbox One S contam com a tecnologia Freesync. Já o PlayStation 5 da Sony conta com o VRR HDMI, ou seja, a tecnologia padrão oficial do HDMI 2.1.