Kaby Lake e Zen serão suportados apenas no Windows 10? O que isso quer dizer?

Kaby Lake e Zen serão suportados apenas no Windows 10? O que isso quer dizer?

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Hoje mais cedo noticiamos que a Microsoft revelou as suas novas políticas de atualizações, e que dentre essas políticas está que os processadores da 7º geração Intel Core, codinome Kaby Lake e os novos processadores da AMD, codinome Zen, serão suportados somente no Windows 10. Só que a declaração da Microsoft deixou muitos em dúvida, já que o porta-voz da companhia disse que as novas gerações do silício exigem o Windows mais recente, afim de proporcionar uma integração profunda entre o sistema e o processador.

Mas afinal de contas o que isso quer dizer? Se eu comprar um processador Kaby Lake, seja ele na sua versão para desktop, ou algum notebook embarcado com esse processador (aliás a versão mobile dessa 7º geração já foi anunciada oficialmente), ou então os processadores Zen da AMD, que deverão ser lançados no final desse ano e início de 2017, só poderei utilizar o Windows 10?

Antes de entrar na questão do que isso realmente significa é bom lembrar que até os chips da 6º geração, os Skylake, passaram por esse problema, já que a Microsoft disse que o apoio do Windows 7 e 8.1 em relação a esses chips iria até 2017, mas devido a grande quantidade de críticas a Microsoft resolveu voltar atrás e estendeu o suporte (que também engloba as questões relacionadas a segurança ) do Windows 7 e 8.1 com os chips Skylake, para todo o ciclo de vida das atualizações de ambos os sistemas: Windows 7 até 2020 e Windows 8.1 até 2023.

Voltando ao assunto dos Kaby Lake, Zen e Windows 10, embora a Microsoft não tenha detalhado realmente o que quis dizer com suportados no Windows 10, a palavra suporte já meio que esclarece as coisas. Usuários do Windows 7 e 8.1 conseguirão instalar o Windows 10, haverá o apoio, mas não haverá o suporte para algumas inovações que esses processadores terão.

Como os Zen ainda não foram oficialmente lançados, vou direcionar a resposta em relação aos Kaby Lake, que já foram lançados, em suas versões para dispositivos móveis, inclusive na IFA 2016 foram apresentados diversos notebooks com os novos chips. Se você chegou a ler a nossa matéria em relação aos Kaby Lake, já está sabendo que a Intel manteve o processo de fabricação de 14nm, o mesmo utilizado nas gerações Skylake e Broadwell.

Deixando de lado o tal ciclo de lançamentos tick-tock, passando para o que a companhia chama de processo em três etapas, “Processo-arquitetura-otimização, em que uma litografia pode ficar por mais tempo no mercado, mas recebendo aprimoramentos. E é justamente isso que ocorre com o Kaby Lake, os tais 14nm, são chamados pela Intel nessa geração de 14nm+. 

Um dos slides divulgados na apresentação foi em relação a tecnologia Speed Shift, tecnologia que foi introduzida na geração passada, Skylake, e que só tem compatibilidade com o Windows 10. Com essa tecnologia o balanceamento clock e tensão sejam responsabilidade do processador e não do sistema. Esse recurso em notebooks é muito importante, já que resulta em uma maior economia de energia.

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Então o X da questão é esse pleno suporte, e não somente o apoio, claro que em alguns drivers podem ser lançados mantendo a compatibilidade, como a tecnologia Turbo Boost 3.0, introduzida nos processadores Broadwell-E, e que conta com drivers que permitem a compatibilidade com o Windows 7 e Windows 8.1, sendo que o foco é o Windows 10.

E claro que essa medida também favorece a Microsoft na sua caminhada de aumentar a quota de mercado do Windows 10, oferecendo o melhor conjunto entre recursos do sistema com os novos processadores, e como em 2017 diversos PCs irão sair de fábrica com os novos processadores e o sistema pré-instalado, a companhia terá mais facilidade para segurar o usuário com o sistema, já que ele sabe que só o Windows 10 irá extrair tudo do novo hardware, ainda mais se falarmos do público gamer com o DirectX 12.

Só para não deixar de mencionar nenhum ponto em relação aos Zen, esses processadores também terão diversas novidades em termos de arquitetura, uma delas é a adoção do SMT (Simultaneous multithreading ), por parte da AMD, que de forma similar ao que acontece com a Intel, garante dois Threads por núcleo, isso quer dizer que a CPU Zen de 8 núcleos terá 8 também Threads, e claro que o Windows 10 será o sistema que conseguirá extrair o melhor desempenho dessa mudança.

Por mais que você não goste do Windows 10, e sei que realmente há diversos motivos para não gostar, como também há outros pontos a favor do sistema, além do próprio avanço das tecnologias isso é uma questão de mercado, como mais um motivo para incentivar que as pessoas migrem para essa versão, e mantenha a “caixa registradora” da Microsoft e dos fabricantes vinculados girando.

Mas caso você não queira migrar para o Windows 10 terá o apoio dos novos processadores, isto é, será possível utilizar o computador com os processadores Kaby Lake e Zen juntamente com o Windows 7 e 8.1, mas não haverá o suporte pleno, e parte das inovações conquistadas pelos fabricantes com esses novos produtos.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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