Experiência entregue pelo 4DX está longe de ser perfeita, mas vale o ingresso!

Experiência entregue pelo 4DX está longe de ser perfeita, mas vale o ingresso!

Experiência é um termo que nunca sai de moda, quando falamos de entretenimento, mais precisamente da 7ª arte, é ainda mais usual. Os amantes de um bom filme na telona sempre são surpreendidos pela indústria com novidades que incentivam a ida ao cinema, como a questão de telas cada vez maiores com resoluções igualmente gigantes e em 3D, som mais imersivo, cadeiras altamente confortáveis, atendimento premium, e por aí vai.

O 4DX, tecnologia desenvolvida pela sul-coreana CJ 4DPLEX, que vem se tornando padrão nos cinemas 4D mundo afora, traz um novo capítulo para esse ganho de experiência do expectador. 

Cinema 4D nem de longe é uma novidade, foi inaugurado em 1984 na sala chamada “The Sensorium”, em Baltimore Maryland, desenvolvido pela Six Flags em parceria com a Landmark Entertainment. Além do que conteúdo em 3D, os participantes eram surpreendidos com cadeiras que se mexiam e cheiros que eram ativados em sincronia com o filme.

O que mudou de uns anos para cá, foi a padronização do formato, novos efeitos e cheiros, e número cada vez maior de filmes disponíveis em 4D. Além do 4DX, há basicamente outros dois padrões: MX4D da Media Mation e o D-Box da D-Box Technologies.

Porém, sem dúvidas o 4DX, que fez sua estreia em 2009, na Coreia do Sul com o filme “Viagem ao Centro da Terra”, é o símbolo do 4D pelo mundo. A tecnologia está presente em mais de 300 cinemas espalhados por quase 50 países. Entre abril de 2016 e abril de 2017 o 4DX cresceu 65% na Europa. 

No Brasil há 7 salas disponíveis com a tecnologia essa tecnologia, a primeira foi inaugurada há 5 anos pela mexicana Cinepólis. A convite da rede UCI estivemos ontem (7) na inauguração da primeira sala 4DX do Rio de Janeiro (e a primeira da UCI no Brasil), no New York City Center, na Barra da Tijuca, um multiplex com 16 salas de cinema.

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O filme escolhido pela rede para demonstrar a tecnologia foi “A Múmia”, que estreou hoje (8) no circuito nacional. Além de ser a primeira sala 4DX do RJ, essa é a primeira do país com o efeito tempestade (rainstorm), que combina ventos fortes com gotas de chuva.

A sala que conta com 112 cadeiras é dividida em blocos de 4 assentos que ficam acoplados em uma plataforma responsável por comandar os movimentos de inclinação, solavancos, vibração, e demais efeitos que atuam de forma altamente sincronizada com o que está sendo exibido na tela. 

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Os assentos são bem confortáveis, e contam com alguns orifícios responsáveis por liberar as borrifadas de água (efeito que pode ser desligado por um botão no braço da cadeira) e alguns tipos de cheiros, que no caso dessa exibição do “A Múmia”, ficou restrita a um perfume. Na parte debaixo, próximo ao apoio dos pés, há uma vareta, que em determinados momentos se movimenta, criando o efeito de “cócegas”

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No início da sala há dois mecanismos que controlam o efeito de névoa, enquanto no topo há uma estrutura com os refletores para os efeitos de luz e as turbinas, para os efeitos de vento.

O resultado entregue é ao mesmo tempo satisfatório e falho. A parte boa, sem dúvidas, fica por conta do bom número de variações do assento, o efeito de vento, chuva e de luzes. Por outro lado, os cheiros ficaram limitados a um perfume que em muitos momentos não estava de acordo com a proposta da cena, e o efeito de fumaça, que embora estivesse em sincronia, nem de longe retratou a densidade e intensidade do que era passado em cena.

Em um primeiro contato o 4DX acaba por muitas vezes tirando o expectador do filme, já que a atenção acaba se voltando para os efeitos. desse modo, entender todos os detalhes do longa metragem pode ser uma tarefa meio complicada. Por outro lado, como experiência e curiosidade de fugir do comum, curtir uma sessão 4DX é fenomenal, principalmente se o filme for cheio de cenas de tiroteio, explosões e perseguição de carros.

Os próximos filmes a estrear em 4DX na rede UCI, são: Meu Malvado Favorito 3, Blade Runner 2049 e Star Wars The Last Jedi. O preço do ingresso é R$ 62 inteira e R$ 31 meia.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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