Erros que devemos evitar ao montar um computador – Parte 1

Erros que devemos evitar ao montar um computador – Parte 1

Ao montar um computador é muito comum cometermos erros, tanto no processo de selecionar os componentes escolhidos e na hora da montagem, dúvidas são bastante frequentes e possíveis descuidos podem ser cometidos.

Além dos erros cometidos, há também a questão dos mitos que rodeiam a montagem dos computadores que acabam ocasionando um mau funcionamento do equipamento. 

Dada a importância de conhecer alguns conceitos para montar o computador corretamente, resolvemos criar esse guia, que será dividido em várias partes para ajudar você no esclarecimento na hora de montar sua máquina e não cometer erros.

Vamos a lista dos erros.

Escolher componentes errados

Esse ponto é fundamental, pois é um dos pilares que determina o resultado final da máquina. Este erro é dividido em alguns pontos vamos a eles:

  • Capacidade de usar certos componentes: Na hora da escolha dos componentes, algumas pessoas cometem o erro de adquirir uma placa de vídeo high-end sem determinar se o seu gabinete irá suportar a placa. Na internet encontram-se várias imagens, aonde em alguns casos certos usuários cortam alguma parte do gabinete para poder encaixar a placa.
  • Não dar importância a ventilação e fluxo de ar: Um grande problema de computadores antigos é sua circulação de ar, as placas tinham dimensões elevadas para o tamanho disponível dos gabinetes. Hoje em dia a facilidade é imensa, existem diversas soluções para o gerenciamento e fluxo de ar, seja adquirindo um gabinete mid ou full tower e a inclusão de fans adicionais. Então não determinar a ventilação na hora da escolha é um erro comum, mas que hoje em dia pode ser facilmente evitado, dada as possibilidades.
  • Não determinar seu perfil de usuário: Um ponto primordial na hora da escolha de componentes é determinar qual o seu perfil de usuário. Você é casual, gamer, entusiasta? Então escolha os componentes de acordo com o seu perfil de utilizador, essa dica é bem valiosa para que você economize uma grana e tenha a completa noção do que está na sua máquina.

Comprar uma placa-mãe de baixa qualidade

Os anos passam mais certos mitos não mudam, um deles é sempre deixar a placa mãe por último, investir pouco, para poder comprar, por exemplo, uma placa de vídeo mais cara. Sendo que a placa-mãe determina todas as limitações que um computador pode ter. Não adianta comprar uma placa de vídeo top de linha, se a placa-mãe tem um chipset antigo.

A escolha da placa vai depender do seu perfil de usuário. Placas com os chipsets Z75,  Z77Z87Z97 e X99 trazem uma série de funções entre as quais podemos citar, alcançar melhores níveis em overclock, e utilizar várias placas de vídeo em SLI ou CrossFire, através de um barramento de qualidade.

Usuários que querem uma máquina mediana podem escolher placas com chipset H87 e H97. Placas como estas não oferecem grandes recursos de overclock, mas com certeza esse não é o objetivo de um usuário que está pensando em comprar uma máquina intermediária. Para máquinas de entrada a escolha de placas com chipset H77 e H81, é a ideal oferecida para processadores low-end da Intel.

E para os processadores AMD, a escolha da placa mãe é uma tarefa mais simples, vamos aos principais:

  • AMD 990FX: Melhor opção para máquinas de alto desempenho com processadores AMD, oferecendo suporte completo para overclocking e configuração multi-GPU , oferecendo 32 linhas PCI-E.
  • AMD 990X: nível mais baixo em relação ao 990FX, a maior diferença é em um número menor de linhas PCI-E que limita a configuração de múltiplas placas de vídeo.
  • AMD 980G: Não muito recomendado pela limitação de somente suportar processadores da linha FX
  • AMD 970: chipset de baixo custo, recomendado para máquinas de entrada.

A escolha de um bom chipset determina todos os recursos e limitações oferecidas pela placa. 

Priorizar uma grande quantidade de Memória RAM, e não se importar com a frequência e latência.

Realmente a memória RAM, é uma peça fundamental para o desempenho da máquina. Mas isso não quer dizer que você precise montar uma máquina com 16 GiB, 32 GiB. Nenhum programa ou jogo utiliza essas quantidades absurdas de RAM. Claro que no ramo corporativo, da edição de vídeos e imagens em alta qualidade, podemos até considerar números como este. Mas na maioria dos casos, se você for um gamer, por exemplo, 8 GiB de memória é mais do que o suficiente.

Então mesmo que você seja um usuário de entrada ou entusiasta escolher memórias com frequências um pouco mais altas e com latência mais baixa, podem ser uma boa escolha. Claro que se o seu orçamento é limitado, não compre uma memória DDR3 de 2133 MHz por exemplo. Porque para isso sua placa mãe terá que oferecer suporte e o valor da memória será bem alto. Mas também caso você seja um usuário de entrada ou intermediário, tente evitar memórias com 1333 MHz, escolher módulos de 1600 MHz seria uma boa pedida tanto para os gamers como também para usuários mais simples.

E lembrando que caso você não tenha uma placa de vídeo off board, escolher memórias com frequências mais elevadas e latências mais baixas, vai fazer uma grande diferença para a velocidade da GPU interna.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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