Curiosidades sobre Free Fire, o game que o Brasil abraçou

Curiosidades sobre Free Fire, o game que o Brasil abraçou

A Garena tem muito o que comemorar, seu principal título, o Free Fire está entre os principais títulos de Battle Royale, esse gênero que foi impulsionado pelas inúmeras competições de eSports ao redor do mundo, com premiações que impressionam qualquer outro campeonato esportivo.

Falando especificamente do Free Fire, o game conta com uma base de mais de 350 milhões de jogadores, e este ano foi eleito pelo Google como o game mais inovador, sendo que no ano passado também venceu o título de melhor game mobile no Android, por voto dos usuários, o que indica sua tremenda aceitação. Separamos algumas curiosidades desse game que vem conquistando o mundo.

Origem do nome Free Fire

‘Cada jogo dura cerca de 10 minutos e coloca você em uma ilha remota onde você enfrenta 50 outros jogadores, todos buscando sobrevivência. Os jogadores escolhem livremente o seu ponto de partida com o paraquedas, tentando permanecer na zona de segurança pelo maior tempo possível. Dirija vários veículos para explorar o vasto mapa, esconda-se nas trincheiras ou fique invisível ao deitar sob a grama. Embosque, Atire, Junte equipamentos, há apenas um objetivo aqui: sobreviver”

A descrição acima de como se desenrola as partidas de FreeFire tem relação direta com o significado do nome do game. Free Fire é um termo militar utilizado nos EUA para designar uma área em que os militares podem atirar em qualquer pessoa, o “fogo livre” na tradução livre, é o que realmente acontece em Free Fire, uma busca pela sobrevivência, em que apenas um irá ficar de pé.

A obra prima de uma pequena produtora

A Garena você provavelmente já ouviu falar, essa mega distribuidora fundada em 2009 em Singapura, é a encarregada por ecoar pelo mundo games como League of Legends, Point Blanck, Free Fire, entre outros. Agora será que você conhece a 111dots Studio? Esse pequeno estúdio criado no Vietnã em 2007 foi o grande responsável pela produção do Free Fire, lançado em 2017 no país de origem da produtora.

Até hoje o estúdio, que tem apenas este título em seu currículo, continua envolvida com o Free Fire, de foma integrada a Garena, já que a distribuidora em um dos seus vários momentos em que o feeling para uma negociação foi o correto,  adquiriu a 111dots Studio no mesmo mês e ano em que a versão beta do Free Fire foi lançada, setembro de 2017.

Uma curiosidade interessante é que a Garena é controlado pela Tencent, conglomerado de mídia e telecomunicações da China, que também é dona da TiMi Studios, desenvolvedora responsável por Call of Duty Mobile, que já é um dos maiores lançamentos da história de games para plataformas mobile, com mais de 170 milhões de dowloads, em apenas 2 meses de mercado.

Atualmente FreeFire acumula mais de 450 milhões de downloads ao redor do mundo – 100 milhões apenas no Brasil, e mais de 50 milhões acessam o game diariamente.

Sucesso instantâneo

A ideia original da 111dots Studio era desenvolver um concorrente à altura para Bullet Strike: Battlegrounds, game de Battle Royale que foi produzido por Horus Entertainment, estúdio que também foi fundado no Vietnã.  Ambas as produtoras queriam encontrar um produto que conseguisse se sair tão bem quanto Playerunknown’s Battlegrounds.

Entre os dois, o que realmente ganhou o holofotes foi o Free Fire, ainda mais com um nome tão forte como a Garena atuando na distribuição. Mas o sucesso de Free Fire não está ligado apenas ao encurtamento de caminho na distribuição e marketing que uma empresa de grande porte pode oferecer, este sucesso tem relação com a forma como o estúdio desenvolveu o game.

Uma filosofia de game social, a reunião de amigos que que poderiam rodar o jogo independente se alguns possuem um smartphone topo de linha ou de entrada,  já que Free Fire nasceu para ser leve, frequentemente atualizado, divertido e viciante. Essa característica de rodar nos mais variados tipos de aparelhos, com hardware inferiores, impulsionou a fama do game em países como o Brasil. A otimização é um dos pilares do sucesso do Free Fire em nosso país.

De acordo com a empresa Device Atlas, no Brasil o smartphone mais popular é o Samsung Galaxy J2 Prime, lançado em 2016. Este modelo conta com 1,5 GB de RAM e versões com 8 GB e 16 GB de armazenamento. Aparelhos desse tipo acabam afastando usuários de títulos importantes no mercado móvel, como Fortinite e PUBG Mobile, que são exigentes em termos de recursos para funcionar, e abre caminho para Free Fire, que consegue rodar até em aparelhos com 1 GB de RAM, evidentemente que com uma queda brutal na qualidade gráfica, mas roda.

Esse sucesso, tanto aqui como de forma global, veio em questão de meses. Em janeiro de 2018 – 4 meses após o lançamento do beta – , Free Fire já era líder em número de downloads em 22 países, o Brasil era um deles.

A relação de sucesso com o público brasileiro

Free Fire está disponível no Brasil desde dezembro de 2017, em versões para aparelhos com sistema Android e iOS. Não demorou muito para que o mercado brasileiro se tornasse um dos mais importantes para a Garena e seu título.

Além de ser a escolha básica para qualquer um que tenha um dispositivo com hardware limitado e queira se aventurar no universo do Battle Royale, Free Fire foi o game mobile mais baixado este ano, além de ter elevado sua popularidade no circuito de jogos em competições profissionais. Em novembro o Rio de Janeiro sediou a Copa do Mundo de Free Fire, um torneio que reuniu os 12 melhores times do game no mundo e a distribuição de US$ 400 mil em prêmios.  Até um DJ brasileiro, o Alok, virou personagem no jogo.

Além dos inúmeros jogadores – mais de 100 milhões de pessoas já baixaram o game no Brasil -, o público brasileiro está cada vez mais interessado em assistir as competições. Seus campeonatos marcam presença no ranking das maiores audiências de transmissões ao vivo no Youtube. A Copa do Mundo de Free Fire reuniu impressionantes 1,2 milhão de espectadores de forma simultânea. A segunda e terceira posição também pertencem aos conteúdos relacionados ao jogo – Free Fire Pro League Season 3 (1,050 milhão de espectadores) e  Free Fire Pro League 2 (763 mil espectadores.  Esse mês aconteceu o Prêmio eSports Brasil 2019, e o grande vencedor foi Free Fire. O game foi eleito o o melhor jogo do ano.

A máquina de fazer dinheiro

2019 realmente foi um ano fantástico para o game, principalmente em receita. Neste ano, pela primeira vez, Free Fire alcançou a marca de US$ 1 bilhão em receita desde sua criação. De forma mais regionalizada, o sudeste da Ásia e a América do Sul são as regiões que mais geram receita para o FreeFire.

 

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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