Você conhece algum fã de anime que nunca ouviu o termo Crunchyroll? Certamente, essa pessoa não é um otaku, ou seja, um ser obcecado pela cultura popular japonesa, especialmente os animes.
O Crunchyroll é a plataforma conhecida como a “Netflix dos Animes”, pois seu conteúdo é focado especificamente em animação japonesa, com uma pequena parcela de seriados live-action da ilha asiática.
Neste artigo, iremos destrinchar tudo sobre o Crunchyroll e o porquê dessa plataforma ser tão popular no ocidente, principalmente no Brasil e na América Latina.
Mas, para entender o sucesso do Crunchyroll, primeiramente, é necessário entender como o anime se tornou um produto de mídia global, se tornando um dos principais símbolos de uma cultura milenar extremamente tradicionalista de um país conhecido pelo seu isolamento do resto do mundo.
O que é Anime?
Anime é uma mídia bem popular e extremamente diversa, com meios de produções adaptados devido às limitações tecnologias. Combinando arte gráfica, caracterização, cinematografia e outras formas imaginativas de técnicas individuais, o anime surge no Japão na década de 1960.
No Japão, contudo, o termo Anime designa qualquer animação produzida em qualquer lugar do mundo. No resto do mundo, o termo virou referência específica para produtos de animação produzidos no Japão, ou com estilo que remete as produções japonesas.
Se comparada à animação ocidental, a produção de anime, de modo geral, foca menos no movimento e mais nos detalhes dos cenários e no uso de efeitos de câmera. Isso acontece devido à diferença de orçamento e formato em relação às animações ocidentais, sobretudo as americanas.
História dos Animes
As primeiras animações comerciais do japão datam de 1917, mas o estilo característico dos animes aparece com o trabalho de Osamu Tezuka, considerado atualmente como o pai da animação japonesa moderna.
Na década de 1960, Tezuka adaptou e simplificou as técnicas de animação da Disney com o fim de reduzir os custos e limitar as contagens de quadros.
Inicialmente, a intenção de Tezuka era que essas medidas fossem temporárias, servindo apenas para poder produzir seguindo um cronograma apertado e com uma equipe sem muita experiência.
No entanto, muitas dessas ‘medidas’ definiram o estilo dos animes.
Esse estilo de arte também é característica fundamental do anime, pois, embora haja diferenças em proporções e elementos de personagens, certas características, como os olhos grandes e emotivos, são encontradas na maioria dos animes.
Antes do Crunchyroll, esses foram os primeiros animes
Astro Boy, criado por Osamu Tezuka e lançado em 1963, foi um dos primeiros animes a alcançar uma grande popularidade. Além disso, assim como a maioria dos animes, Astro Boy também é uma adaptação de uma obra de mangá para as telas de TV.
Outros animes populares dessa época, que fizeram sucesso também no ocidente, incluem Kimba the White Lion, de 1965, considerado a principal fonte de inspiração (ou plágio) para o clássico Rei Leão, de 1994.
Speed Racer, que surgiu na TV no auge da psicodelia, em 1967, também é outro anime que estourou neste lado do mundo, empregando visuais característicos da era hippie.
Os anos da década de 1970 viram um crescimento considerável na popularidade dos mangás, que, seguindo a linha Astro Boy, virariam animes posteriormente.
Alguns animadores que trabalharam na produtora de Tezuka se tornaram fundadores de estúdios extremamente influentes até os dias atuais, como é o caso do estúdio Madhouse.
Na década seguinte, o cinema japonês encolheu devido à competição com a televisão. Com isso, grandes estúdios demitiram seus funcionários, que vieram a fundar estúdios menores, como dito acima.
Esses funcionários passaram de jovens animadores para executivos, que, com uma mentalidade mais aberta, introduziram novos talentos que inciaram uma experimentação no gênero dos animes.
O Castelo Cagliostro, de 1979, é uma dessas obras experimentais que surgiram na década de 1970, junto de Heidi, de 1974, que foi um enorme sucesso internacional, chegando a ser transmitido no Brasil, em 1977, pela extinta TV Tupi.
Heidi é criação de Isao Takahata e o Castelo Cagliostro foi dirigido por Hayao Miyazaki. Na década de 1980, essas duas mentes iriam se juntar para formar o estúdio Ghibli, que se tornou a Disney japonesa, como veremos à seguir.
Sucesso internacional: Studio Ghibli, Akira e Evangelion
A década de 1980 maraca o início de uma renovação visual dos animes graças ao surgimento do Studio Ghibli, fundado em 1985 por Hayao Miyazaki e Isao Takahata.
A partir desse período, os animes começaram a ter narrativas mais complexas e com maiores influências da cultura ocidental, graças ao lançamento de blockbusters como Star Wars.
Além disso, as produções de anime passaram a ser consumidas também no cinema, fazendo parte da segunda Era de Ouro do Cinema Japonês.
Nessa mesma época, começa a surgir uma subcultura no Japão centrada em torno de revistas de animação, cujos membros eram chamados “otakus”, iniciando, assim, um dos maiores fandoms do planeta.
Grande parte dos animes mais aclamados da história surgiram no período da segunda metade da década de 1980, como é o caso de Meu Vizinho Totoro, O Túmulo dos Vaga-lumes, ambos de 1988, e O Serviço de Entregas da Kiki, do ano seguinte, o maior faturamento do cinema japonês em 1989.
Todas as produções citadas acima são do Studio Ghibli, mas, também em 1988, aparece um filme que se tornou um dos principais animes do ocidente: Akira.
Baseado no mangá de mesmo nome, de 1982, Akira foi lançado nos cinemas japoneses em 1988. No entanto, seu lançamento nos EUA, no ano seguinte, foi um divisor de águas.
O filme até hoje é considerado pela crítica especializada como um dos melhores filmes de animação e ficção científica de todos os tempos, se tornado um símbolo da animação japonesa.
Além disso, Akira é responsável por popularizar o gênero cyberpunk, abrindo o caminho para filmes como Ghost in The Shell, bem como a animação adulta.
Nos anos 1990, a experimentação no gênero continua, com obras aclamadas como Neon Genesis Evangelion, de 1995, e Cowboy Bebop, de 1998.
Assim começa a febre mundial dos animes, que, aliado ao gênero de artes marciais, com obras como Dragon Ball, Naruto e One Piece, se torna uma das maiores mídias de todos os tempos.
Eu tenho certeza que você conhece os três animes citados acima, que já foram dublados no nosso idioma e apareceram tanto na TV por assinatura como nos grandes canais da TV aberta.
Oscar e a globalização dos Animes
A primeira década do novo milênio simboliza a atuação global dos animes, com prêmios internacionais e novos canais que surgiram com a popularização da Internet ao redor do mundo.
Em 2003, o Oscar de Melhor Filme de Animação vai para a Viagem de Chihiro, produção do Studio Ghibli com direção de Hayao Miyazaki (que você conheceu no início deste artigo).
A Viagem de Chihiro, além de ser o primeiro – e até então, único – anime a vencer um Oscar, também é o segundo anime mais rentável da história, arrecadando mais de US$ 355 milhões no cinema e nas vendas de home media.
Na mesma época, começam a surgir programas focado em animes em canais de animação, como o Cartoon Network, e canais específicos para animes, como é o caso do finado Animax.
Além disso, os anos 2000 são o período em que aparecem as primeiras animações ocidentais com visuais inspirados em anime, como é o caso de Avatar: a Lenda de Aang, que as pessoas achavam ser uma animação produzida, de fato, no Japão.
Em 2004, mais de 200 animes eram transmitidos na televisão americana.
Susan J. Napier, professora de Cultura e Literatura Japonesa da Universidade de Austin, aponta em seu livro “Anime, de Akira ao Castelo Animado”, de 2016, que 60% das séries animadas de TV são animes.
Atualmente, com mais de 430 estúdios de produção, a indústria dos animes possui um mercado global de US$ 23 bilhões apenas no Japão. Segundo a firma de análise mercado Grand View Research, a indústria de animes deve crescer em 9,5% neste ano.
A Netflix afirmou que entre outubro de 2019 e setembro de 2020, mais de cem milhões de usuários mundiais assistiram a pelo menos um Anime na plataforma.
O Crunchyroll, portanto, surge como resultado direto da popularização dos animes no ocidente.
Crunchyroll – História
Em 2006, dois jovens recém formados da Universidade de Berkeley, na California, lançaram o Crunchyroll, que se tornou a primeira plataforma de streamings de anime do mundo.
No início, o Crunchyroll era um serviço que permitia que os usuários ‘subissem’ vídeos na plataforma, incluindo títulos protegidos por direitos autorais. Portanto, o Crunchyroll era um site de animes pirata.
As legendas dos animes eram feitas por tradutores amadores e os usuários podiam criar o seu perfil, com avatares, aos moldes de redes sociais.
Em 2008, após uma injeção de US$ 4 milhões feita pela firma de investimentos Venrock, o Crunchyroll muda seu modelo de negócios, se tornando uma plataforma legal de distribuição de animes.
Em janeiro de 2009, o Crunchyroll anuncia uma parceria com a TV Tokyo para transmitir episódios de Naruto Shippuden, mas apenas se a plataforma se comprometesse a remover todo conteúdo ilegal do site.
Além disso, a empresa também entrou no mercado de distribuição, sobretudo de DVDs, e de mangás digitais. Com isso, o serviço se tornou o paraíso para os otakus, oferecendo animes e mangás, contando, atualmente, com mais de mil títulos.
Uma década depois, o Crunchyroll se tornou também uma produtora, pois, além de distribuir e publicar animes licenciados, a companhia lançou animes com produção própria.
Assim surgem as produções originais do Crunchyroll, que são feitas no Crunchyroll Studios, diferenciando-se dos principais competidores ao ter conteúdos exclusivos. Um exemplo disso é a adaptação do popular manhwa (mangá coreano) The God of High School, lançado no ano passado exclusivamente no Crunchyroll.
Entre os títulos originais do Crunchyroll também vale a pena conferir Tower of God e Noblesse, lançados antes de The God of High School.
Crunchyroll Originals:
- “Noblesse”
- “FreakAngels”
- “Onyx Equinox”
- “High Guardian Spice”
- “Meiji Gekken: Swords & Guns”
- “In/Spectre”
- “The God of High School”
- “Tower of God”
- Gibiate
- TONIKAWA: Over the Moon for You
- Fena: Pirate Princess
Crunchyroll vs. Funimation?
Em dezembro de 2013, o Crunchyroll teve parte de suas ações compradas pelo Cherin Group, por US$ 100 milhões. No ano seguinte, a gigante das telecomunicações e mídia AT&T anunciou a formação de uma parceria com o Chernin Group para investir mais de um bilhão de dólares em serviços de mídia.
Com isso, a companhia que surgiu dessa união, a Otter Media, se tornou a principal acionista do Crunchyroll.
Essa expansão financeira permitiu que o Crunchyroll obtivesse um maior número de assinantes e, consequentemente, mais recursos financeiros para expandir o seu já vasto catalogo.
Com essa expansão em mente é que o serviço inicia uma parceria com o seu principal rival, a Funimation, maior distribuidora de animes do Ocidente e que também possui uma plataforma de streaming de animes.
O Contrato com a Funimation, realizado em setembro de 2016, permitiu que o Crunchyroll transmitisse alguns títulos licenciados pela Funimation, enquanto a rival poderia fazer o mesmo com os títulos do Crunchyroll em sua plataforma.
Além disso, a Funimation e a Universal Pictures se tornariam distribuidoras do catálogo de home video do Crunchyroll.
Essa parceria durou apenas dois anos, mas as duas empresas iriam se encontrar novamente, entretanto, em uma situação diferente.
Aquisição pela Sony
Um dos motivos do fim da parceria foi a aquisição da Funimation por parte da Sony e a compra de todas as ações do Crunchyroll por parte da AT&T, inviabilizando, portanto, o diálogo entre as duas subsidiárias.
Em 2018, o Crunchyroll entrou no guarda-chuva de empresas da WarnerMedia, também recém-adquirida pela AT&T. Em 2019, em outra mudança corporativa, o Crunchyroll se torna uma empresa do grupo Warner Bros.
No entanto, em agosto do ano passado, a Sony Pictures Entertainment anuncia que a AT&T aceitou a oferta de US$ 1,175 bilhão para vender o Crunchyroll para a Funimation, que pertence à Sony.
Em agosto de 2021 a Sony confirma a conclusão da aquisição e o Crunchyroll, anteriormente rivais e parceiras, se tornam empresas-irmãs. Desse modo, a Funimation, nos EUA, anunciou que as assinaturas de ambos os serviços serão unificadas, combinando todos os títulos disponíveis no catálogo das duas plataformas.
No entanto, a Sony ainda não anunciou se esse será o fim do Crunchyroll, absorvido completamente pela Funimation, ou se a marca existirá independentemente da aquisição.
Como funciona o Crunchyroll
Atualmente, a plataforma possui apenas conteúdos legalmente licenciados em um vasto catálogo de títulos que abrangem todos os gêneros existentes de animes,
Os usuários podem utilizar a plataforma em vários dispositivos, como Android, iOS, Android TV, Amazon Fire TV, Chromecast, Xbox One e Series X/S, PS4 E PS5, Apple TV e muito mais.
O Crunchyroll disponibiliza a maioria dos seus animes com legenda em português, mas vários títulos possem dublagem, visando o público mais jovem e os que preferem ver animes dublados.
É possível criar uma conta gratuita no serviço para assistir aos animes disponíveis na plataforma, embora a transmissão tenha anúncios e o conteúdo seja limitado.
A plataforma também oferece três planos de assinatura, que veremos abaixo.
Assinatura
Como dito acima, além do plano gratuito, o Crunchyroll possui três planos pagos de assinatura para os usuários que desejam recursos adicionais da plataforma.
Além disso, novos assinantes recebem 14 dias grátis antes da cobrança mensal.
Fan: Custando mensalmente R$ 25, esse é o plano mais barato das assinaturas do serviço, permitindo que o usuário possa assistir animes lançados no mesmo dia no Japão, sem anúncios, além de ter acesso à biblioteca de mangás.
Por outro lado, nesse plano, não é possível baixar episódios para assistir online e a transmissão só permite uma tela por vez.
Mega Fan: O plano mais popular do Crunchyroll é o Mega Fan, que custa R$ 32 e possui todos os recursos do plano Fan. Além disso, o usuário que assinar esse plano pode baixar os episódios e assistir online, ter acesso prioritário à Crunchyroll Expo e obter descontos na loja oficial da plataforma.
O melhor desse plano é que ele permite assistir qualquer conteúdo em até 4 telas ao mesmo tempo.
Mega Fan Ultimate: Cobrando uma assinatura anual de R$ 315, o plano Mega Fan Ultimate possui todos os recursos do Mega Fan, mas oferece 16% na anuidade da assinatura.
Disponibilidade
Segundo o Crunchyroll, a plataforma está disponível em mais de 200 países. No entanto, os catálogos disponíveis em cada região são diferentes. Isso ocorre devido às regras de licenciamento de streaming de cada país ou região.
Portanto, o catálogo dos Estados Unidos maior que o do Brasil, pois a parceria com outras distribuidoras vigora somente lá ou apenas na América do Norte e Europa.
Vale a pena assinar o Crunchyroll?
Vale! Mas apenas se você for um fanático por anime e mangás, pois a biblioteca da plataforma foca apenas nessa mídia.
Outro fator a ser considerado é que o plano gratuito limita a resolução de vídeo, transmitindo animes apenas em 480. Desse modo, se você ver animes em resolução HD, é necessário assinar alguns dos planos pagos do serviço.
No entanto, caso você não seja um grande entusiasta dos animes, consumindo apenas algumas obras, é melhor assinar algum outro serviço de streaming mais abrangente, como a Netflix e o Prime Video, que possuem um vasto catálogo de animes.
Os melhores animes disponíveis no Crunchyroll
Caso você decida realmente assinar o Crunchyroll e não sabe qual anime deve assistir na plataforma, faremos uma pequena lista com alguns títulos que você deve conferir.
One Piece
Baseado no mangá escrito por Eichiro Oda, o anime de One Piece foi lançado em 1999, produzido pelo Toei Animation.
A trama segue o pirata Monkey D. Luffy, que possui poderes de borracha após comer acidentalmente uma fruta especial. Luffy monta sua tripulação no decorrer dos primeiros arcos da série, com o objetivo de se tornar o rei dos piratas.
Liderando os piratas do Chapéu de Palha (nome em homenagem ao chapéu usado por Luffy), Luffy explora o vasto universo de One Piece em aventuras que marcaram gerações de fãs.
Com mais de 900 episódios, One Piece é uma das maiores franquias de anime de todos os tempos, quiçá a maior, com o recorde de mangá mais vendido por 11 anos consecutivos entre 2008 e 2018.
Desde 2013, o Crunchyroll transmite One Piece ao mesmo tempo que a TV japonesa, sendo um dos principais atrativos da plataforma. Para quem procura uma série para maratonar por muito tempo, One Piece é a escolha certa.
Attack on Titan
Diferentemente de One Piece, Attack on Titan é um anime para aqueles que querem algo objetivo e com uma duração média. Na verdade, Attack on Titan é um anime que todos precisam ver.
Attack on Titan é ambientado em um mundo distópico onde a humanidade vive em cidades protegidas por três enormes muralhas que os protegem da invasão de humanoides gigantes conhecidos como Titãs.
A trama segue a jornada de Eren Yeager, um jovem que quer exterminar os titãs após a trágica destruição de sua cidade pelas mãos desses monstros, que culmina na morte de sua mãe.
No entanto, a narrativa de Attack on Titan é muito mais densa, com várias reviravoltas e cenas brutais, o que deu à obra o apelido de “Game of Thrones dos animes”.
A primeira parte da última temporada do anime foi transmitida entre dezembro do ano passado e março deste ano, com lançamento simultâneo no Crunchyroll.
A segunda parte estreia em janeiro de 2022, também simultaneamente no Crunchyroll. Vale muito a pena conferir esse anime!
Fullmetal Alchemist: Brotherhood
A segunda adaptação em anime do famoso mangá Fullmetal Alchemist está disponível com todos os episódios no Crunchyroll.
Com visual steampunk, Fullmetal Alchemist: Brotherhood conta a história dos irmãos alquimistas Edward e Alphonse Elric, que se passa no início do século XX, em um universo fictício em que a alquimia é uma ciência praticada massivamente.
A trama gira em torno da busca de Edward e Alphonse pela Pedra Filosofal para que possam restaurar os seus corpos após uma tentativa falha de ressucitar os mortos através da alquimia.
O anime é repleto de tramas políticas e questões sociais que se assemelha bastante com fatos históricos do mundo real. Tanto o roteiro quanto a animação de Fullmetal Alchemist: Brotherhood foram bastantes elogiados, sobretudo pela obra ser mais parecida ao mangá que a versão anterior.
Jojo’s Bizzare Adventure
Com certeza você já viu algum meme com personagens de Jojo’s Bizzare Adventure.
Essa adorada franquia japonesa existe desde o final da década de 1980 e é bastante conhecida pelo seu visual ‘diferente’. O autor do mangá, Hirohiko Araki, é um grande fã da cultura ocidental, por isso Jojo’s Bizarre Adventure contém ínumeras referências a cultura pop do ocidente.
Por exemplo, a maioria dos personagens de Jojo são homenagens a alguma banda, cantor, ou celebridade, ocidental. Além disso, os golpes e as poses dos personagens levam nomes de músicas e artistas famosos, como Red Hot Chili Peppers.
Nesse emaranhado de referências ao mundo pop, temos uma divertida trama que se passa no mundo real, mas em uma versão em que seres sobrenaturais existem. Nessa versão do planeta Terra também existem pessoas com um maior controle da força espiritual, despertando técnicas de artes marciais que permitem combater os vilões monstruosos.
Divido em séries diferentes, Jojo segue a história dos membros da família Joestar, cujos todos os membros da linhagem possuem a abreviação Jojo (Jonathan Joestar, Joseph Joestar).
As seis primeiras partes são de uma mesma continuidade, contando a história da rivalidade entre Jonathan Joestar e Dio Brando.
O anime disponível no Crunchyroll é a segunda adaptação de Jojo’s Bizzare Adventure, cuja primeira temporada foi lançada em 2012 sob vários elogios.
Jujutsu Kaisen
Lançado em 2020, Jujutsu Kaisen é o anime mais recente desta lista e conta a história de Yuji Itadori, um estudante do ensino médio que entra para uma organização secreta de feiticeiros após se tornar o hospedeiro de uma poderosa maldição.
Com narrativa sobrenatural similar ao popular anime Bleach, Jujutsu Kaisen apresenta um universo mágio em que todos os seres emanam energia com base em suas emoções.
No entanto, em uma pegada mais Harry Potter, nem todas as pessoas podem controlar o fluxo de energia em seus corpos, o que resulta no surgimento de entidades negativas.
É com essas entidades que Itadori deve lidar, ao mesmo tempo em que precisa estudar na escola de feiticeiros (Harry Potter, de novo), para se tornar um dos protetores desse universo espiritual e enfrentar Sukuna, a poderosa entidade que vive dentro de Itadori.
A primeira temporada de Jujustu foi bastante elogiada, sobretudo pela sua animação, feita pelo estúdio MAPPA, considerado um dos melhores do japão. Além disso, Jujutsu está disponível com dublagem em Português Brasileiro no Crunchyroll.
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