Um socket sem um bom chipset não é nada, para que novas tecnologias possam ser apoiadas na placa-mãe é necessária uma dobradinha entre as capacidades de compreensão do processador e do chip mestre, o chipset. No caso da AMD, com os seus processadores Zen, a renovação é realmente em todas as frentes, seja em termos da capacidade e expertise do processador, quanto as novas tecnologias que os novos chipsets irão atender.
No caso dos processadores Zen, a informação que está sendo mais mencionada pela AMD é em relação ao aumento de IPC, a companhia promete um aumento de 40% nas Instruções Por Ciclo em relação a geração Excavator. Até o presente momento o único teste oficial em relação ao desempenho desses processadores foi mostrado pela AMD durante um evento em São Francisco que que aconteceu no mês passado
Durante a apresentação o processador Summit Ridge foi colocado a prova contra o Core i7-6900K, em um teste de renderização no Blender, ambos os modelos contam com 8 núcleos e 16 threads. O Summit Ridge da AMD conseguiu ser mais rápido. Além dessa questão de um maior número de instruções que o processador consegue lidar, outro ponto crucial dos Zen é em relação ao processo de fabricação 14nm FinFET, que está inteiramente ligado com esses avanços proporcionados pelo produto.
Agora em relação a plataforma que irá abrigar esses processadores, o AM4, é sempre bom relembrar que esse socket irá suportar tanto CPUs quanto APUS, então você terá a possibilidade de manter a mesma placa mãe utilizando uma CPU Summit Ridge e em dado momento passar para as APUs Bristol Ridige. Mas é claro que a indústria de placas-mãe tentará de tudo quanto é maneira incentivar a troca por outros modelos com especificações revisadas, mas isso é só um detalhe.
Além desse benefício direto para o seu bolso do apoio a CPUs e APUs, as placas-mãe AM4 irão suportar uma série de tecnologias importantes para os fãs de produtos da AMD, como por exemplo as memórias DDR4, que ainda terão um bom tempo de rodagem, já que a expectativa é que o padrão DDR5 seja lançado apenas em 2020. Haverá também o suporte para PCI-Express Gen 3, USB 3.1 (Gen2), NVMe e SATA Express.
Já em relação aos chipsets, que irão comandar parte do gerenciamento dessas novas features, até o momento a AMD revelou 3 opções, que se adequam aos diversos perfis de produtos que a companhia irá atuar com os Zen, indo desde as CPUs de alto desempenho até as que são voltadas para opções mais modestas e compactas.
Para você se situar em relação a esses novos chipsets fizemos um resumo sobre o que cada um irá oferecer e em que faixa de mercado irá focar, assim quando começarem a sair as placas-mãe AM4 você saberá identificar rapidamente do que se trata. Vamos nessa!
A imagem acima que foi vazada pelo site Planet3dnow revela um slide da AMD que mostra os chipsets para a plataforma AM4, de acordo com o seu campo de atuação, e ainda mostra quais são os chipsets da geração passada que esses novos estão substituindo.
AMD X370:
No topo dos chipsets para a plataforma AM4 aparece o X370, que de acordo com alguns rumores será revelado oficialmente em fevereiro de 2017, juntamente com os processadores Zen.
O X370 é o carro-chefe, é o chipset que irá embarcar placas de alto desempenho, e obviamente será o que irá oferecer todo o leque de novas tecnologias. Na descrição do slide da AMD é mencionado que esse chipset é voltado para overclockers e tweakers, que necessitam de uma plataforma robusta e que está apto a oferecer largura de banda suficiente para as placas de vídeo. Esse chipset é substituto direto dos 990FX e do A88X
Falando em placas de vídeo, esse chipset suportará configurações Multi-GPU (SLI e CrossFire), utilizando o PCI-Express x16. Na quarta-feira noticiamos sobre o vazamento de algumas imagens de duas placas-mãe da Gigabyte com o socket AM4, uma dessas placas utiliza o chipset X370. Confira abaixo uma das imagens:
AMD B350:
Em seguida vem o B350, substituto dos chipsets 970 e A78. Esse chipset é focado no mainstream, o que significa que seu campo de opções será maior, e com uma grande variedade de preços em relação as placas equipadas com ele. No slide a AMD menciona que esse chipset é voltado para aqueles que focam na flexibilidade de recursos, isso é no balanceamento, e que não tem como objetivo lidar com configurações de múltiplas placas de vídeo. Vem para substituir os
Lembra do caso anterior do vazamento da placa da Gigabyte com o chipset X370? Bom, também vazou uma imagem de uma placa da fabricante taiwanesa com o B350.
Em relação ao modelo anterior é visível o menor número de opções, como por exemplo no número de slots de memória DDR4, que no caso desse modelo são 2, contra 4 da placa anterior, além do PIC-Express x16, que nessa placa oferece apenas um, contra dois da placa acima.
Em um outro slide da AMD, é feito um comparativo em relação a eficiência no consumo elétrico, o B350 alcançou 5.8 Watts, contra 7.8 Watts do A78 e 19.6 Watts do 970.
Em relação as opções de conectividade, há 6 linhas PCI-Express Gen 2, USB 3.1 Gen (2 portas), USB 3.1 Gen1 (duas portas) e USB 2.0 (seis portas), SATA e SATA Express. Suporte para 2 canais de memória DDR4 de até 2400 Mhz.
AMD A320:
Entramos agora na reta final dos chipsets AM4, com dois modelos que fazem parte da série A300 e são menos expressivos, começando pelo A320 que é trado no slide da AMD como “Essential”, e que na descrição enfatiza que é voltado para usuários plug-and-play, que precisam do computador para trabalhar. Ele vem para substituir os chipsets 760G e A68H.
O suporte em relação as conectividade o chipset oferece suporte a 4 linhas PCI-e Gen 2, UBS 3.1 Gen2 (1 porta), USB 3.1 Gen1 (duas portas) e USB 2.0 (seis portas).
AMD A300:
Fechamos a lista com o A300 que também faz parte da série A300, e é voltado para PCs que buscam uma grande eficiência energética, e computadores SFF e HTPC.
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