Os componentes essenciais para montar o PC desktop perfeito

Os componentes essenciais para montar o PC desktop perfeito

Na semana passada, fizemos uma análise dos principais tópicos relacionados à montagem do PC desktop perfeito para um usuário. Consideramos diversos aspectos importantes a serem avaliados para a realização da melhor definição possível de um ótimo projeto, sempre em prol do máximo aproveitamento da relação custo-benefício, da escalabilidade, upgrades e da satisfação real do cliente (“Os desafios para a montagem do PC desktop perfeito”), mas faltou a demonstração prática do que seria um belo exemplo do PC desktop básico em questão.

O PC que iremos montar, será voltado para as aplicações gerais, que vão desde a aplicações básicas de um simples usuário (suítes de escritório, navegação, troca de mensagens, etc.) à execução programas gráficos que exijam uma razoável capacidade de processamento (editoração de vídeo, tratamento de imagens, execução de jogos). Ao mesmo tempo, iremos analisar cuidadosamente os aspectos técnicos que levaram à escolha destes componentes, bem como a melhor relação custo-benefício disponível no mercado, condizente com a economia atual dos brasileiros. Eis, um desafio interessante! 🙂

A espinha dorsal

À meu ver, a placa-mãe, o processador e os módulos de memória RAM, são os componentes mais importantes a serem considerados para a montagem de um bom PC desktop. E o motivo, pode ser resumido basicamente em uma simples palavra: upgrade!

Por ser o principal componente pelo qual os demais elementos se conectarão, a escolha da placa-mãe tecnologicamente atualizada será estrategicamente crucial para o sucesso desta empreitada, levando-se também em conta o processador e os módulos de memória. Para se ter uma ideia da importância destes componentes, toda vez que uma placa-mãe é substituída por uma mais nova, geralmente o processador e os módulos de memória também serão substituídos. Estes últimos, por sua vez, podem ser perfeitamente substituídos; porém, dependendo do tempo de uso do PC em questão, a troca poderá não ser tão vantajosa, visto que componentes defasados tendem a ser difíceis de serem encontrados e os custos podem ser altos, à ponto de inviabilizarem o upgrade.

Porquê isto acontece? Falta de planejamento!

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Eis, a belíssima Gigabyte GA-785-GMT-USB3!

A placa-mãe escolhida por mim dentro desta visão estratégica foi a GA-785GMT-USB3, fabricado pela consagrada Gigabyte. E outro simples (mas bem conhecido) motivo que entra em cena, está no processo de fabricação, batizado pela companhia de tecnologia Ultra Durable 3. Esta série de placas são produzidas com componentes de boa qualidade, que conferem características especiais que nos interessam, como a maior durabilidade e o menor consumo de energia. E investimentos que duram, são investimentos garantidos.

Outro aspecto importante a observar está no uso do novo barramento USB 3.0, que propicia uma taxa de transferência de aproximadamente 4.8 Gbits/seg., ou seja: quase 10x o que seria obtido com o atual USB 2.0, que por sua vez é limitado a “apenas” 480 Mbits/seg! Embora ainda não tenhamos dispositivos que façam o uso de todo potencial do novo barramento, certamente a realidade será diferente daqui a uns 2 ou 3 anos. E o motivo pelo qual me obriga a optar pelo USB 3.0, está na futura necessidade de prover a máxima performance possível: por exemplo, com o uso de HDs externos, iríamos esperar longos minutos para concluir o backup de uma base de dados com mais de 1 terabyte, se porventura adotássemos o padrão USB 2.0. Por outro lado, o mesmo não se pode dizer do SATA 600 (600 MB/seg.), pois mesmo oferecendo o dobro de taxa de transferência do atual SATA 300 (300 MB/seg.), este último continua sendo mais que suficiente para as necessidades atuais e futuras.

Quanto aos demais recursos oferecidos, não há muito o que se preocupar. Além da disponibilidade das conexões essenciais, destaque para a relação sinal/ruído de 108dB oferecido pelo codec de áudio Realtek ALC889 HD (7.1), a disponibilidade das saídas de vídeo VGA, DVI e HDMI, a capacidade das novas portas USB 3.0 oferecerem até 3x mais energia para a alimentação de dispositivos, os recursos do IGP ATI Radeon 4200 como fazer a decodificação de vídeo a 1080p e o uso de múltiplos monitores (além do já citado Hybrid Crossfire), suporte ao Dual-BIOS (uma réplica da BIOS para ser usada como recuperação na ocorrência de desastres) e até mesmo a existência de uma porta e-SATA.

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Athlon II X2 250: não é uma Ferrari, mas também não é um popular “um-ponto-zero”!

O processador escolhido para equipar o conjunto foi o Athlon II X2 250, uma CPU dual-core nativa (não castrada) baseado na arquitetura K10.5 (codename: Regor), com frequência de 3.0 GHz, TDP de 65 Watts e 1 MB de cache L2 para cada núcleo. Esta CPU oferece um bom desempenho e, ao mesmo tempo que se situa levemente acima as CPUs de entrada de linha, ela possui um custo baixo o suficiente para encorajar os usuários a fazerem um futuro upgrade, se assim desejarem. Por fim, o baixo TDP também oferece boa flexibilidade para a realização de overclocks, bastando apenas aumentar a frequência-base do barramento para chegar facilmente aos 3.6 GHz.

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Memórias Kingston ValueRAM são autênticas “BBB”: boas, bonitas e baratas!

Por fim, resta-nos definir os módulos de memória RAM a serem usados, bem como a quantidade necessária. Para um PC desktop de uso geral, mas sem maiores pretensões de se tornar uma super-máquina, resolvi inserir “apenas” 4 GB de memória RAM. Para o conjunto, entra em cena dois módulos Kingston ValueRAM KVR1333D3N9/2G, de 2 GB. A placa-mãe chega a suportar memórias de até 1.800 MHz; mas, a CPU é limitada para trabalhar com memórias DDR3 de 1.066 e 1.333 MHz. Portanto, não há necessidade de gastar em luxuosos kits de memórias especiais para overclocks, ainda mais se considerarmos que o ganho de desempenho será bem pouco, se comparado aos valores que iríamos pagar.

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