Como particionar o HD [VÍDEO]

Particionar uma unidade de disco tem como premissa uma unidade física de armazenamento dividida em subdivisões lógicas, processo feito por um software. Essa divisão de uma unidade física em subarranjos lógicos permite que você tenha, por exemplo, um HD de 1 TB e execute múltiplos cenários, um deles poderia ser a seguinte divisão: duas partições, uma, com menos capacidade, voltada apenas para abrigar o sistema operacional e uma segunda que concentrará boa parte da capacidade de sua unidade, nessa seção você irá guardar a grande maioria dos arquivos, como músicas, vídeos, fotos, entre outras coisas.

Essa divisão traria algumas vantagens. A área do sistema operacional estaria sempre isolada dos seus principais arquivos. A partição secundária, aquela que irá abrigar dados como músicas e imagens, estaria sempre ativa como uma espécie de backup ambulante, separada da partição em que seu sistema está instalado, facilitando uma possível formatação do computador, já que você nem iria ter que se preocupar em salvar seus dados, eles já estão na outra partição.

O particionamento também é recomendado quando se quer colocar em pática o dual-boot. Isto é, manter ativo múltiplos sistema operacionais. Exemplo: instalar o Windows numa partição e o Linux em outra. A máquina irá se comportar como se houvessem duas unidades físicas de armazenamento instaladas, mas, na verdade há apenas uma, dividida de forma lógica por um software.

Mesmo para quem não recorre à formatação, o processo de formatação lógica (ou de alto nível) do computador automaticamente põe em prática este conceito, já que o processo de instalação do sistema operacional implica na criação de uma unidade principal, uma partição base.

Vale frisar que usamos a palavra HD no título apenas como símbolo, o processo de particionamento pode tranquilamente ser aplicado nos SSDs, as unidades de estado sólido. Evidentemente dependendo da capacidade do seu SSD o particionamento nem será viável. Muitos usuários utilizam, por causa do custo, SSDs com apenas 120 e 240 GB. É até interessante comentar sobre essa questão do SSD, porque, na prática, muitos usuários estão recorrendo ao particionamento e nem se deram conta.

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Um cenário comum nos dias de hoje é ter um SSD de baixa capacidade como unidade principal de boot, responsável por carregar o sistema operacional e os principais arquivos, e utilizar um HD de grande capacidade para manter os arquivos que não são acessados com muita frequência. Esse cenário é um particionamento, só que ao invés de lógico, é físico, duas unidades distintas.

Falando especificamente do particionamento do HD, uma desvantagem ao processo de desfragmentação, que deve ser considerada, ainda mais se a sua unidade já for antiga ou de baixa performance, o particionamento pode resultar numa tempo mais longo na transferência de arquivos entre partições, comparado a esse mesmo trâmite com o disco único, sem particionamento.

Como realizar o particionamento?

É possível particionar o HD pelo próprio Windows, com uma ferramenta interna, ou por softwares de terceiros. Abaixo você confere o passo a passo sobre como realizar o particionamento pela ferramenta interna do próprio sistema da Microsoft. O processo pode ser aplicado tanto no HD quanto no SSD. Caso o particionamento que você irá aplicar seja no HD, é recomendado que você faça uma desfragmentação de arquivos antes, mantendo organizado os setores do disco.

Antes do Windows 7 e Vista o sistema da Microsoft não contava com uma ferramenta específica para o processo de particionamento, mas felizmente há alguns anos está disponível. Para iniciar o processo você terá que acessar o “Gerenciamento de disco”. Ação que pode ser realizada pelo seguinte caminho: painel de controle > ferramentas administrativas > gerenciamento do computador > armazenamento > gerenciamento de disco. Outra forma, mais rápida, é digitar o comando “diskmgmt.msc” ou apenas “gerenciamento de disco”.

Uma janela irá aparecer na tela, onde todos os discos montados e as partições criadas neles serão listados (entre eles também podem haver partições reservadas pelo sistema e pelas partições de recuperação – é melhor não movê-los).

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Para particionar o disco, clique com o botão direito sobre a unidade de disco que será particiona e clique na opção “Diminuir Volume”. Após examinar a estrutura do disco, o aplicativo informará qual o tamanho máximo disponível para a partição (depende da quantidade de espaço livre em disco).

O tamanho da partição poderá ser ajustado por você, é só mudar os valores na caixa “Digite o espaço a diminuir em MB”. Caso você deseje criar uma partição com o espaço total livre no disco, não é necessário alterar nenhum valor, clique direto no botão “Diminuir”.

No meu cenário de teste, realizei o procedimento num notebooks equipado com um SSD e um HD, o particionamento está sendo aplicado no HD.

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Após o processo ser concluído, você irá notar que na parte inferior da tela, em que as unidades são representadas por uma barra azul, há agora uma barra na cor preta, na mesma seção da unidade de disco que você escolheu por particionar. Essa diferença significa que o tamanho da partição que você escolheu para ser criada (representada pela cor preta) ainda não está alocada, isto é, o sistema ainda não está “enxergando”. Para isso, basta apenas que você clique sobre o retângulo correspondente e em “Novo Volume Simples”.

Será aberta a tela do “Assistente para Novas Partições Simples”. Clique em avançar. Defina a capacidade que a partição terá. Em seguida você terá que atribuir uma letra para a unidade, uma forma de facilitar o acesso.

Na próxima tela você pode determinar o sistema de arquivos e até atribuir um rótulo, um nome para o volume. Após realizar todo o processo de configuração, a nova partição será formatada, e transformada em apta para o funcionamento no sistema. Repare que a identificação que era com uma barra na cor preta agora passou para azul, indicando que se trata de um volume alocado, de partição primária.

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Caso você queira reverter o processo, dissolvendo a partição, volte para o gerenciamento de disco, clique com o botão direito sobre a partição criada e em “excluir volume simples”. Agora clique sobre o botão direito sobre o disco utilizado no particionamento e em seguida acesse “estender volume”.

A partição criada será exibida, clique em avançar e concluir. Pronto, a partição lógica foi desfeita.

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