A ideia de ter um microchips implantados sob a pele ainda pode parecer tema de teoria da conspiração, mas a verdade é que essa técnica já é uma realidade, porém não tão medonha quanto muitos podem acreditar que seja.
A primeira vez que um microchip foi implantado em um ser humano aconteceu há mais de 20 anos, em 1998. Porém ela só se tornou uma tecnologia disponível comercialmente depois de 10 anos dessa façanha, em 2008. Ainda assim, mostra que a ideia não é tão nova.
Embora muitas pessoas achem esse tema assustador, a verdade é que muitas outras não se importam com essa possibilidade. Pesquisas vêm mostrando que cada vez mais pessoas entendem melhor como isso funcionam e começam a considerar a possibilidade de permitir um implante de chip.
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O que é um microchip?
Para entender melhor o assunto, é essencial primeiro entender o que é um microchip. Na teoria, ele é um circuito integrado. Na prática ele é um chip minúsculo que utiliza identificação por radiofrequência passiva (RFID). Seu tamanho é de praticamente 11 a 13 mm, ou seja, quase o tamanho de um grão de arroz.
Quando existe um implante, por ele ser um dispositivo RFID passivo, ele fica inativo e inerte. Isso só muda quando ele é ativado por um scanner ou outra fonte de frequência que seja específica para leitura e identificação. Essa ativação acontece pelas ondas de rádio.
No caso dos implantes, esse microchip é revestido por um cilindro de plástico ou de vidro biocompatível, ou seja, que é aceito pelo organismo como algo natural, não havendo alterações no sistema imunológico.
O uso dos microchips em animais domésticos
Hoje em dia é muito comum que os microchips sejam utilizados em animais domésticos como forma de identificação. Um médico veterinário faz o implante através de uma seringa, geralmente na área da nuca, como uma aplicação de vacina. Ele só precisa ser implantado uma vez e fica no corpo do animal para sempre.
Isso é feito para que haja uma identificação rápida e efetiva de cada animal em caso de necessidade. Quando o chip é implantado, o dono preenche um cadastro com informações necessárias caso o animal se perca ou seja roubado. Aqui no Brasil ele ainda não é muito popular, mas em outros países isso já se tornou uma prática comum.
E nas pessoas?
No caso do uso de microchips implantados em pessoas, atualmente a ideia mais avançada é dos chips de pagamento. Uma empresa chamada Walletmor já começou a vender chips de pagamentos implantáveis para que pessoas possam pagar suas compras apenas usando a mão, sem precisar de smartphones, cartões de crédito, dinheiro ou relógios inteligentes.
Nesse caso a tecnologia usada nos chips é a NFC, a mesma usada em dispositivos como smartphones para pagamento por aproximação. De acordo com um usuário que fez o implante, a técnica dói tanto quanto um beliscão.
Uma pesquisa feita no Reino Unido em 2021 já mostrava que 51% das pessoas entrevistadas considerariam colocar o chip. E para quem se preocupa com o fato de perder a liberdade e poder ser rastreado pelo chip a qualquer momento, o fundador da Walletmor afirma que isso não é possível de acontecer.
De acordo com ele, a antena do chip tem um alcance muito pequeno, tanto que para fazer o pagamento é preciso aproximar a mão do leitor. É praticamente o mesmo alcance dos chips presentes em cartões de créditos mesmo.
Ele também afirmou que não existe sistema de rastreamento no chip, e sim um sistema de dados que pode ser lido através da máquina. É mais ou menos como acontece com o chip dos cachorros. Não dá para rastrear o chip de longe, apenas aproximar o leitor dele para receber informações de identificação.
Além de chips para pagamentos, hoje em dia muitas pessoas já implantaram microchips desse segmento para outras tarefas, como abrir a porta de casa sem precisar de chaves. O sistema funciona de forma semelhante às portas que se abrem com cartões, comumente encontradas em hotéis.
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