10ª geração (Comet Lake-S): tudo o que você precisa saber sobre os novos processadores Intel

10ª geração (Comet Lake-S): tudo o que você precisa saber sobre os novos processadores Intel

A Intel anunciou oficialmente os processadores Core de 10ª geração, também conhecidos como Comet Lake-S, juntamente com o novo socket compatível com esses chips, o LGA1151-v2, e os novos chipsets, série 400. Mesmo com fator simbólico de “décima geração”, essa família de chips não é baseada no processo de fabricação de 10nm, a Intel optou por utilizar o processo de 14nm aprimorado (14nm++), já que esses chips tratam de uma versão melhorada do que já vimos com os Coffee Lake Refresh. Em jogos, o salto desempenho comparado a geração passada, pode chegar a 33%, diz a gigante de Santa Clara.

Comet Lake-S

O lineup conta com 32 modelos de processadores, divididos entre as séries Core i9, Core i7, Core i5, Core i3, Pentium e Celeron classificados com os seguintes sufixos: K (multiplicador desbloqueado), F (sem chip gráfico integrado) e T (consumo reduzido).

O carro-chefe é o Intel Core i9-10900K, chip que a Intel classifica como o processador para jogos mais rápido do mundo. Este modelo oferece 10 núcleos/20 threads – na nona geração o maximo de núcleos e threads era 8 e 16, respectivamente.

Lineup Intel Comet Lake-S

Como base para o segmento gaming, a Intel mostrou uma comparação entre Core i9-10900K, o Core i9-9900K, da geração passada, e o Core i7-7700K, lançado há 3 anos. O novo chip da Intel promete ser até 33% superior ao chip da geração passada.

No segmento “creating”, a Intel diz que o Core i9-10900K é até 18% mais rápido em edição de vídeo 4K. Para um streamer, que está jogando PUBG e também gravando aquela sessão de jogo, a Intel mostra que o Core i9-10900K consegue manter uma taxa de 187 FPS, o que representa 2x mais do que é registrado com um chip lançado há três anos – média de tempo em que muitos gamers pensam em trocar de configuração.

Comet Lake-S

 

Os processadores Intel Core de 10a geração para desktop, projetados para gamers, fornecem um equilíbrio adequado de frequência operacional, número de núcleos e threads, além de oferecer suporte para as mais recentes tecnologias e maior flexibilidade de configuração, permitindo que os usuários criem sua própria experiência de jogo única”,  diz a Intel em comunicado.

Além do aumento no número de núcleos e frequências, que iremos comentar mais adiante,  a Intel também promoveu uma mudança significativa com essa nova família: todos os chips Core passam a oferecer a tecnologia  Hyperthreading, com exceção dos Celeron.

Em relação ao suporte do controlador de memória integrado, há uma diferença entre as linhas. Chips de 10ª geração da família Core i9 e Core i7 oferecem suporte à DDR4-2933, enquanto os demais lidam com DDR4-2666. Todos os processadores estão equipados com 40 pistas (ou linhas, como preferir) PCI-Express 3.0, das quais apenas 16 são tradicionalmente destinadas a placas de vídeo.

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Em relação aos clocks de operação, a Intel destacou na apresentação a importância da frequência dos chips. Jogos e maioria dos aplicativos continuam dependendo cada vez mais de frequências do que do número de núcleos, portanto, a elevar o clock é fundamental.

Com a 10ª geração Core, a Intel promete de fábrica até 5,3 GHz. Clock alcançado em um único núcleo nos modelos Core i9-10900K e Core i9-10900KF, graças a tecnologia Thermal Velocity Boost (TVB). Essa tecnologia aproveita a margem térmica disponível para alcançar um clock acima do que é registrado no Turbo Boost 3.0, esse recurso também está presente nos processadores Intel de 10ª geração para notebooks. Vale frisar que para seu efeito prático o processador precisa estar operando em até 70ºC.

Comet Lake-S

Essa tecnologia está disponível apenas para os chips da série Core i9, a partir do Core i7, os parâmetro clock seguem aqueles mais habituais: clock base e boost clock (via tecnologia Turbo Boost Max 3.0). Por exemplo, o Core i7-1070K não oferece esse acréscimo de frequência via TVB, seu clock de operação fica entre 3.8 (clock base) e 5.1 GHz (boost clock via Turbo Boost Max 3.0).

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Para oferecer ainda mais possibilidades aos amantes do overclocker, os modelos que se beneficiam do multiplicador desbloqueados (aqueles com sufixo K), também poderão aproveitar de algumas melhorias que a Intel implementou, como a capacidade de ativar ou desativar o Hyperthreading em um único núcleo.

Além de uma renovação gráfica, o Extreme Tuning Utility, software da própria Intel para definição de elementos ligados ao overclock, permite criar a sua própria  curva de voltagem / frequência de clock.

Comet Lake-S

Ah, só pra não deixar passar. O overclock não é coberto pela garantia da Intel, caso ocorra algum problema será necessário contratar um plano pago, chamado pela companhia de “plano de proteção de ajuste de desempenho”. Situação bem controversa, já que a empresa promove todas as capacidades de overclock, includive com o acréscimo de novas possibilidades, mas invalida a garantia caso você utilize.

Para manter as temperaturas operacionais do núcleo da CPU da 10ª geração em um nível aceitável, a Intel não apenas usou solda, mas também tornou o die da CPU mais fino e aumentou a espessura do difusor de calor integrado (IHS), a chapa metálica da parte superior do processador. A espessura do IHS foi aumentada para que a compatibilidade com soluções de resfriamento existentes fosse mantida.

Comet Lake-S

Os processadores da série “K” terão um TDP de 125W, os processadores da série “T” terão um coeficiente reduzido para 35W, enquanto todos os outros terão um TDP de 65W. Na maioria dos processadores o chip gráfico embarcado é o Intel UHD Graphics 630, enquanto vários chips Pentium Gold e Celeron oferecem uma iGPU mais fraca, o Intel UHD Graphics 610.

Novo socket, novos chipsets

Juntamente com novos processadores, a Intel também anunciou uma nova plataforma para a compatibilidade com esses chips. Socket LGA 1200 e série de chipset 400. São 3 opções de chipset:

Z490, H470, B460

As diferenças seguem o que já estamos acostumado com as gerações passadas, as capacidades integradas. Por exemplo, enquanto o Z490 e o H470o oferecem compatibilidade com WI-FI 6,  o B460 depende de um controlador externo. O chipset Z490, que equipará as placas-mãe topo de linha dessa nova família, é o que suporta overclock. Esse chipset também é o único dos três que pode lidar com SLI e CrossFire (tecnologias que estão se tornando cada vez mais irrelevantes). O número de portas SATA é o mesmo nos três chipsets: 6. Em portas USB disponíveis a divisão é a seguinte:

USB 3.1: Z490 (6 portas), H70 (4 portas) e B460 (nenhuma porta);

USB 3.0: Z490 (10 portas), H70 (8 portas) e B460 (8 portas);

USB 2.0: Z490 (14 portas), H470 (14 portas) e B460 (12 portas).

Rumores indicam que esses chipsets também serão utilizados com a próxima geração de processadores Intel, Rocket Lake-S,

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Diferentemente dos rumores, a Intel não implementou compatibilidade com PCIe 4.0 nesses novos processadores. A AMD, com a família Ryzen 3000, segue sendo a única opção para o consumidor final com essa possibilidade. Os três chipsets também contam com um controalador  Intel I225 que suporta velocidades de até 2,5 gigabits por segundo. A comunicação entre o processador e o chipset é feita via Direct Media Interface (DMI) 3.0. Tecnologias como Intel Optane, SmartSound e Intel High Definition Audio estão presentes.

Placas-mãe compatíveis com esses processadores

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Disponibilidade

Os primeiros processadores Intel Comet Lake-S chegarão ao mercado em maio.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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