Evolução do áudio nos PCs

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No começo, era um auto-falante ligado na placa-mãe. Os sons que saíam de lá se restringiam a bips e pééés, nada muito complexo. Foi quando apareceram as placas de som, magníficos periféricos que, ligados a 2 caixas de som, reproduziam um som milhares de vezes melhor que o speaker do computador, com efeito estéreo e qualidade de CD.

Mas isso não bastava mais. Quem tinha um micro potente, com jogos quase reais, queria se sentir imerso nestes jogos. Devido a grande necessidade de melhora, fabricantes de caixas acústicas e de placas de som passaram a investir pesado em pesquisas que viabilizassem o uso no micro de sistemas de som mais potentes, com efeitos mais balanceados. E foram buscar isto tudo nos cinemas.

O primeira evolução foram as caixas de som com configuração “2.1”, que indica o uso de duas caixas de som “satélites” e um sub-woofer, para melhor reprodução dos sons graves. Quem já ouviu um som assim conhece a diferença.

Mas como ninguém nunca está satisfeito, começou a existir necessidade de uma nova mudança. Os usuários queriam um som realmente envolvente, que desse a sensação de movimentos vindos de seus lados, de trás e da frente. Mais uma vez os fabricantes de caixas acústicas e placas de som inovaram, criando um sistema de som com 4 canais de áudio, dois para serem posicionados a frente do usuário e dois para serem colocados na parte de trás. Muitos desses sistemas também incluem o subwoofer, formando sistemas 4.1 (4 caixas + subwoofer).

Para qualquer pessoa normal, isso estava ótimo. Porém, sempre existem os aficionados pelo som puro e envolvente, que nunca se contentam com nada que não seja a perfeição. Com a evolução dos DVD’s, estas mesmas pessoas continuavam achando que o som dos filmes no seu PC ainda não era envolvente o bastante como o som que ouviam nos cinemas. A Sony então, que já monopolizava a área dos telões, resolveu investir nos computadores, com o sistema Dolby Surround Sound, que usa 6 canais para áudio.

Enquanto no sistema 4.1 o som que sai do sub-woofer é o mesmo que vem nos 4 canais para as caixas satélite, com a diferença de reproduzir com muito mais qualidade ao graves dos mesmos, o DSS 5.1 separa o sub-woofer dos outros 4 canais e adiciona mais um, formando os 6 canais requeridos.

Quatro destes canais são os habituais dois da frente e dois de trás. A grande inovação da Sony porém, foi criar o canal LFE (Low-Frequency Effects) para o sub-woofer e mais um canal, a ser posicionado de frente para o observador. Este canal é destinado a reproduzir os sons que vem da direção do monitor, como por exemplo as falas dos filmes, deixando os dois satélites frontais exclusivamente para a reprodução de som lateral. Com isso há uma melhora expressiva na qualidade do som, com cada canal sendo dedicado a um tipo exclusivo de áudio.

Os sistemas de som Dolby Digital ainda são muito difíceis de se encontrar no Brasil, além de caros. Porém um sistema de som 2.1 de boa qualidade já está mais acessível, com preço variando de R$150 a R$200 (cito como exemplo o Cambridge PC Works, da Creative). Os sistemas 4.1 também já estão a nosso alcance, porém seu preço costuma ser mais salgado, variando de R$ 200 a R$400 (como os Four Point Sound 1000 e Four Point Sound 2000 – FPS1000 e FPS2000, respectivamente – também fabricados pela Cambridge.).

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Análise de conjuntos de caixas de som nacionais:

https://www.hardware.com.br/artigos/caixas-nacionais/

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