Muitos livros e pesquisadores tentam de todas as formas possíveis explicar como uma empresa se torna um verdadeiro monopólio de mercado, ostentando uma alta popularidade e o mercado a seus pés. Um grande exemplo é a Apple, que ao longo dos anos vem acumulando o título de empresa mais valiosa do mundo. Além dos seus produtos, grande parte desse feito se deve ao verdadeiro apego emocional que seus consumidores têm em relação a ideologia da marca. Em proporções diferentes, podemos incluir a Microsoft nesse hall, que graças principalmente ao Windows que atualmente detém mais de 90% do mercado de sistemas operacionais, trouxe o mesmo conceito de referência e dominação para a gigante de Redmond.
O desenrolar do Windows teve ínicio em 1981, com o projeto “Interface Manager”, culminando no lançamento do Windows 1.0 em 20 de novembro de 1985. Na verdade o Windows era destinado a complementar o MS-DOS, permitindo que o sistema pudesse ter uma interface gráfica. Um contra-ataque ao Mac OS lançado em 1984, que tinha como como grandes atrativos a sua interface, interação com o mouse, ícones e menus. Porém, devido a sua popularidade acabou se tornando um sistema indenpendente.
Steve Ballmer demonstrando o Windows 1.0
A década de 80 acabou por impor diversos conceitos da computação que aplicamos até os dias de hoje, um desses conceito por exemplo é a interface gráfica. Após o lançamento de um design mais amigável e de fácil compreensão para o usuário, todas as dificuldades em relação aos terminais que trabalham por linha de comando acabaram por ser solucionados, facilitando que a adoção do computador ganhasse ainda mais força.
Os anos 90 também foram muito importante para a caminhada do Windows, o Windows 3.0 por exemplo, acabou melhorando a interface para o usuário, a memória virtual,e as aplicações em execução. Além de ser o primeiro Windows bem sucedido comercialmente, com dois milhões de cópias vendidas.
o desenvolvimento do Windows também marca uma das tretas mais memoráveis da história da computação. É impossível mencionar os capítulos envolvendo a evolução do computador, sem citar Biil Gates e Steve Jobs, que por muitos anos fez com que a rivalidade entre a Microsoft e a Apple ficasse ainda maior. Como em um bom embate de tecnologias, quem ganhou foi o usuário, devido a essa busca pelo melhor produto.
A juventude e o ápice da rivalidade entre Bill Gates e Steve Jobs
Assim como uma boa história de aventura, pautada por inúmeros cenários magistrais, personagens capciosos e momentos de tirar o folego, o Windows venceu e perdeu, ao longos desses 30 anos. Certas versões como o Windows Millenium por exemplo, eram verdadeiros “bugs in box”. Algumas revistas especializadas como a PC World inclusive o consideram com um dos piores produtos da história.
Alguns dos bugs do Windows ME
Nos últimos tempos o Windows Vista e o Windows 8 (e o Windows 8.1) foram as verdadeiras ovelhas negras da família Microsoft, já que a aceitação do público com os dois sistemas ficou bem abaixo do que era esperado.
Com o Vista a grande atração era seu visual Aero, porém, na época (2007) a necessidade de realizar um upgrade agressivo para que o sistema pudesse funcionar corretamente acabou afastando os consumidores, ainda mais que a versão anterior era o Windows XP, o grande “queridinho” da mídia e usuários.
Lançamento do Windows Vista em São Paulo
O Windows 7 acabou por tampar os buracos deixados pelo Windows Vista, além de bater na tecla da aparência, e sensação de ter um produto bem acabado era muito maior do que com o Vista. A grande inovação ficou por conta do Windows Touch que já mostrava como o mercado da tecnologia baseada em toque na tela continuaria emergindo nos anos subsequentes.
Vale lembrar que atualmente o Windows 7 é a versão do Windows com a maior participação de mercado, aproximadamente 55,71% (pesquisa de outubro de 2015).
Já com o Windows 8, novamente a interface remodelada estava em voga, dessa vez com uma mudança radical liderada pelos blocos dinâmicos, e foi justamente essa remodelagem que prejudicou seu percurso. O abandono do menu iniciar fez com que boa parte dos usuários se sentissem na casa de um estranho, onde a maior referência tinha sido retirada.
Comercial do Windows 8.1
As apunhaladas ao decorrer desses 30 anos foram bem duras, mas claro que diversas batalhas também foram vencidas com louvor, lideradas por “bravos guerreiros” como o Windows 95, o Windows 98 e o comandante Windows XP.
Essas três versões foram muito importantes, cada uma à sua época. Com o Windows 95 certos aspectos que tornariam-se históricos davam as caras pela primeira vez, como o botão iniciar, o Internet Explorer, os botões maximizar, minimizar e fechar, dentre outras coisas. A aceitação do público foi fantástica, permitindo que a Microsoft conseguisse vender 7 milhões de cópias em cinco semanas.
Matéria sobre o lançamento do Windows 95 no Jornal Nacional
Já com o Windows 98, a possibilidade de ler DVDs, o aprimoramento do plug and play, e a facilidade no acesso a internet acabou por atrair o público, tornando-o uma das versões do Windows mais referenciadas.
A tão famosa tela azul já dava as caras durante a apresentação do Windows 98
O grande comandante dessa trajetória com certeza é o Windows XP, lançado no dia 25 de outubro de 2001, e amplamente cultuado até os dias de hoje. Seu grande sucesso fica por conta do grande trabalho da Microsoft, construindo-o do zero (deixando para trás a base do Windows 95). Sua interface remodelada, facilidade na utilização, melhorias no Windows Movie Maker, no Windows Media Player, e suas inúmeras atualizações ao decorrer de sua vida útil, atraiu todos os holofotes.
Comercial brasileiro do Windows XP
Durante essa época, a Microsoft tomou uma das maiores multas de sua história. Em março de 2004 a Comissão Europeia multou a empresa de Bill Gates em incríveis 497 milhões de euros. A comissão entendeu que o Windows estava monopolizando o mercado de vendas de sistemas operacionais. Devido a todos esses problemas a companhia foi obrigada a lançar o Windows XP Edition N. Esta versão não incluía o Windows Media Player e o Windows Movie Maker.
Mesmo com essa grande “porrada”, a adoção do Windows XP foi fantástica. Um estudo em janeiro de 2006 mostrava que 400 milhões de cópias estavam em uso, dando um belo impulso para o domínio do Windows no mercado..
Os anos passaram e a evolução não parou, atualmente a missão de manter esse legado está nas mãos do Windows 10, lançado em julho deste ano, que além de uma quebra de tabus, com o abandono do Internet Explorer para a adoção do Microsoft Edge, trouxe novidades interessantes como o conceito de um ecossistema que aos poucos está sendo criado entre o computador, console (Xbox) e smartphones (Windows Phone). E com o “bom filho a casa torna”, o mítico menu iniciar, um dos elementos mais cultuados nesses 30 anos está de volta.
Evoluir é preciso:
Windows 1.0 (1985)
Windows 2.0 (1987)
Windows 3.0 (1990)
Windows NT 3.5 (1994)
Windows 95 (1995)
Windows 98
Windows ME – Millenium Edition (2000)
Windows 2000 (2000)
Windows XP (2001)
Windows Vista (2007)
Windows 7 (2009)
Windows 8 (2012)
Windows 10 (2015)
A personificação desses 30 anos está resumida em uma frase dita por Bill Gates ao longo de sua trajetória:
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