HyperX Cloud Stinger

HyperX Cloud Stinger

É sempre louvável quando uma companhia já tradicional num ramo de atuação se aventura em outros segmentos e consegue fazer isso com qualidade. Esse é o caso da Kingston com a sua divisão HyperX que desde 2014 se aventura no campo dos headsets voltados para o público gamer, pegando carona nessa grande avalanche que é o e-Sports, e que inclusive está sendo uma grande aposta da Kingston já que a companhia patrocina mais de 30 equipes desse segmento.

Porém como sempre acontece quando algo está em voga muitas empresas se aventuram a entrar também, de qualquer maneira, entregando produtos de qualidade bastante duvidosa. Esse sentimento até o momento passou longe dos headsets lançados pela Kingston com a sua chancela HyperX. Tive a oportunidade de testar até o momento o Cloud I e Cloud II, e em ambos o resultado foi bem satisfatório. 

Mas até então a produção desses produtos estava a cargo de uma fabricante real de headsets a QPAD, e a HyperX estava mais entrando com a sua força de mercado em relação a marca. Porém a partir da linha Cloud Revolver a Kingston resolveu apostar numa produção própria, e colocou a mão na massa. Infelizmente ainda não testei esse modelo, mas hoje a análise é de mais um headset que a produção está nas mãos da Kingston HyperX, o Cloud Stinger, que já está em pré-venda no Kabum por R$ 299 à vista, após esse processo de pré-encomenda o valor será de R$ 349,90. E o melhor é que é um modelo que se posiciona como uma opção mais custo x benefício. Abaixo você pode conferir se a experiência foi tão enriquecedora como nos outros modelos:

Design e conteúdo da embalagem:

É quase uma unanimidade que quando um produto é posicionado numa faixa mais de entrada ou custo x benefício que haja um pré-julgamento ou que seja associado com uma qualidade inferior em termos de construção por exemplo.

No caso dos headsets gamer quando opções de entrada são postas à mesa em muitos casos algumas características rapidamente são lembradas: design extremamente berrantes com luzes por todo lado, esquema de cores destoante, e construção com plástico que deixa o fone com uma aparência de brinquedo de algum centro de recreação.

Felizmente a Kingston até o momento tem se afastado fortemente desse estigma. O Cloud Stinger mantém o toque de sutileza em relação a aparência, apostando no preto fosco em toda a sua estrutura, os únicos detalhes que fogem do preto é o logo HyperX em vermelho – que inclusive está ainda mais discreto que os modelos Cloud I e Cloud II, localizado em cada uma das conchas auriculares, e a haste de aço que fica visível quando o fone é ajustando.

Uma novidade da construção é a possibilidade de rodar as conchas em até 90º permitindo um melhor ajuste. Embora seja construído em sua grande parte em plástico, ao retirar da caixa a sensação de durabilidade passada pelo Stinger convence, e claro que isso está relacionado ao revestimento do arco em aço, que aumenta a sensação de um produto resistente. No topo do arco há o logo da HyperX impresso.

No canto esquerdo há o microfone que é retrátil e maleável, então é possível posiciona-lo mais próximo a boca. Nesse quesito uma coisa me desagradou: não é possível destacar o microfone. Essa possibilidade é bem interessante, para que o headset possa ser utilizado de forma mais discreta em uma variedade de ambientes maior, e inclusive é encontrada em outros headset da HyperX.

As espumas que recobrem as conchas auriculares contam com a tecnologia Memory Foam, isso significa que ao decorrer do uso há uma espécie de adaptabilidade, o que favorece o conforto. Falando em conforto é bem fácil esquecer que o Cloud Stinger está posicionado na cabeça durante algumas horas de uso, o peso de apenas 275 gramas, a construção em plástico e as espumas permitem te deixar a vontade com o produto.

Como nesse modelo a HyperX não oferece uma controladora que vai ligada ao PC, na parte inferior da concha direita há o controle de volume.

Para encerrar o assunto da construção e do design vale uma menção ao cabo P2 do fone, a qualidade do revestimento é muito boa, afastando problemas frequentes com esse tipo de cabo que acabam se partindo por dentro ao longo do tempo, ocasionado mau contato na conexão. 

O conteúdo da embalagem além do Cloud Stinger em si, traz um guia de acesso rápido, uma espécie de certificado o parabenizando por ter adquirido um produto HyperX, e um cabo extensor de plugues de 3,5 mm para a conexão do fone no PC.

Desempenho sonoro e recursos:

Vamos agora para a qualidade do áudio e recursos. Antes de entrar no mérito do som que é algo mais abrangente, vamos passar rapidamente pelos recursos. O principal deles é a sua grande compatibilidade com múltiplas plataformas além do PC, na caixa a HyperX destaca que o Cloud Stinger é compatível com o Xbox One, PS4, Wii U, Mac e dispositivos mobile. Há também os drivers direcionais de 50mm, que prometem posicionar o som diretamente no ouvido do usuário, mute automático do microfone quando você o retrai, espumas Memory Foam e deslizador para o controle de volume na parte inferior do fone.

Agora vamos para a qualidade do som. Lembra quando mencionei alguns pontos que costumam ser bem característicos do design e construção em relação a grande maioria dos fones que se posicionam como de entrada ou custo x benefício? Então, além dessas questões estéticas os headsets dessa faixa de mercado também costumam entregar uma experiência sonora que tenta cativar o usuário com graves mas que acaba desandando as demais frequências, tudo acaba ficando extremamente misturado e durante a reprodução de músicas instrumentais por exemplo o resultado é sofrível.

Nesse ponto a HyperX mais uma vez tem que ficar fora desse hall de horror, o som do Cloud Stinger é bem equilibrado, os graves aparecem bem, assim como a definição dos médios e agudos, Claro que comparando com os modelos mais robustos da companhia o som no Stinger é menos “colorido” e acaba sendo mais denso. Porém na faixa de preço que a HyperX está apostando nesse modelo a qualidade é realmente extremamente convincente.

Em games os drivers de 50mm funcionam bem na questão do preenchimento do som e imersão, e como é um modelo estéreo, deve deixar a grande maioria dos usuários que abominam os modelos com canais virtualizados bem felizes com o resultado entregue.

Em relação ao microfone, ele se sai muito bem para chats in game e conversas no Skype por exemplo. Até para gravações que não exigem um alto nível de qualidade o microfone do Stinger se sai numa boa. Abaixo está uma faixa rápida que gravei no Audacity utilizando o microfone do Stinger.

Agora que a Kingston está mais do que estabelecida no mercado de headsets, os próprios números deixam isso claro, já que a marca de 1 milhão de headsets vendidos foi alcançada,  seria muito interessante se em opções futuras a companhia oferecesse aos usuários um driver proprietário para o controle dos recursos de som e microfone, esse é um quesito sempre bem aceito pela comunidade gamer.

Pontos Positivos:

  • Construção
  • Design
  • Conforto
  • Qualidade sonora
  • Microfone

Pontos Negativos:

  • Microfone não destacável
  • Falta de um driver para gerenciamento das funções

Especificações:

Fone de ouvido: 
– Driver dinâmico, 50 mm com magnetos de neodímio 
– Tipo circumaural, fechado 
– Resposta de frequência 18Hz–23,000 Hz 
– Impedância 30 Ω 
– Nível de pressão sonora 102 ± 3dBSPL/mW a 1kHz 
– T.H.D. ≤ 2% 
– Potência de entrada classificação 30mW, máxima 500mW 
– Tipo e comprimento do fio headset (1,3 m) + cabo de extensão em Y (1,7 m) 
– Conexão headset – plugue de 3,5 mm (4 polos) + cabo de extensão – plugues de 3,5 mm estéreo e de microfone

Microfone:
– Elemento microfone condensador electret 
– Padrão polar uni-direcional, cancelamento de ruído 
– Resposta de frequência 50 Hz~18.000 Hz 
– Sensibilidade -40 dBV (0 dB=1 V/Pa,1 kHz) 

 

Veredito:

Mais uma vez a HyperX conseguiu entregar um ótimo produto. Para os que estão querendo adquirir um fone da linha Cloud o Stinger pode ser a porta de entrada e em grande estilo, o headset que tem preço sugerido de R$ 349,90, consegue unir conforto, design de bom gosto e uma boa experiência sonora.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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