Fundada em 2010 pelo grupo Rio Branco, a brasileira Dazz vem aumentando a sua participação no mercado de componentes destinados ao público gamer. Além de utilizar grandes eventos como a BGS para reforçar a marca na mente do consumidor, a companhia vem apostando em novos produtos para o seu portfólio, como a cadeira gamer Prime e até uma mesa chamada Eagle, projetada para público fanático por uma boa jogatina.
Porém o que atrai a grande massa são os periféricos. O público gamer está sempre de olho nas novas opções no mercado, ainda mais nas marcas que apostam no custo x benefício, caso da Dazz.
No ano passado, um dos produtos da Dazz que mais chamaram atenção por sua proposta, foi o headset Rock Python 7.1. No comunicado de lançamento do produto a companhia destacou a relação custo x benefício do produto, e a sua boa variedade de modos de uso, já que além do já tão comentado 7.1 virtualizado, utilizado em larga escala por outros fones, ele traz motores internos responsáveis por fazer o fone vibrar, tentando passar uma imersão maior para os graves. Será que consegue? É isso que você descobre a partir de agora com a nossa análise do melhor headset que a Dazz oferece no momento.
Design:
O Rock Python 7.1 é feito completamente de plástico, alternando entre partes com mais e menos rigidez. Num primeiro momento a sensação é de um produto durável, mas que tem que passar bem longe de certos tombos. O plástico da haste de regulagem, pintado para passar a sensação de metal, parece ser bem frágil.
Nas conchas auditivas o plástico utilizado é bem rígido, e o corte é bem diferenciado, um belo toque para o design do headset. Ao centro das conchas há o desenho de uma naja com umas labaredas em volta, iluminado em LEDs verde quando o headset está conectado. Detalhe: não é possível desligar o efeito da iluminação.
O protetor auricular, as famosas “espuminhas”, do Rock Python 7.1, são de courino, mesmo material aplicado em dezenas de milhares de outros headsets. A haste superior na parte interna, que há o contato direto com a cabeça do usuário, também conta com um acolchoado. O microfone flexível, porém não é maleável. Quando recostado, ele fica guardado numa fenda na concha esquerda.
Essa mesma iluminação aparece no controller presente no cabo do Rock Pyhton. Através dele é possível aumentar/diminuir o volume, cancelar fone e microfone e regular o efeito da vibração, em dois níveis. Esse controlador também é feito de plástico e até agora estou tentando entender o motivo da Dazz ter escolhido algo tão grande. Poderia ser bem mais compacto.
O cabo USB é bem longo, cerca de 3 metros, e há aquele sempre bem-vindo revestimento em nylon. Além de valorizar o acabamento, acaba sendo mais durável.
Mesmo com a questão dos motores internos, e a decisão da Dazz em optar por uma construção bem avantajada, com as conchas grandes, não senti tanto o peso do Rock Python 7.1 durante a utilização. Além de ser bem confortável. Porém, no meu caso ele não ficou bem firme, ao movimentar a cabeça o headset sai bastante do lugar.
O conteúdo da embalagem inclui o headset, um CD para instalar o driver (também é possível fazer o download no site da Dazz) e o manual do produto.
Desempenho sonoro:
O som do Rock Python 7.1 é um antes da instalação do driver e outro bem diferente após o software. Embora o driver seja aqueles bem genéricos, algumas configurações fazem a qualidade sonora ser mais encorpada (principalmente nos graves, que soam sem vida e comprimidos, mesmo com o artifício da vibração, que no final das contas serve mais como um atrativo para usar uma vez ou outra).
Nesse software (que só abre quando o headset está conectado ao PC), é possível configurar os canais de entrada, ativar o equalizador com alguns presets de ambiente, controlar o volume do fone e microfone e ativar o modo DSP. É justamente aqui que o som do Rock Python 7.1 que no modo padrão é bem sem vida, ganha mais “punch”, com a ativação do Xear Surround Max, que é o responsável por criar o tal surround virtualizado de 7.1 canais (é necessários a opção 8 canais seja ativada na categoria entrada de sistema).
Embora não faça nenhum milagre, durante a reprodução de músicas por exemplo, ao deixar em 2 canais de entrada do sistema e ativar o Xear Surround Max, o som ganha bem mais gás, principalmente no estilo de música que dá nome a esse headset: Rock.
Mesmo durante a jogatina, a melhor opção é deixar de lado a simulação de canais extras, mantendo apenas os dois canais tradicionais (estéreo) e o modo Xear Surround Max ativado, a qualidade é bem superior, e você não perderá na tal simulação dos 7.1 canais, já que na minha opinião é um recurso que praticamete não dá o “ar da graça” no Rock Python 7.1.
Na questão da vibração, como eu disse lá em cima é um atrativo para ser utilizado uma vez ou outra, pode ser que você acabe se acostumando e queira utilizar com frequência, no meu caso acabei alternando entre ligar e desligar o recurso. São dois níveis de vibração. Para ativar basta apenas apertar o botão abaixo do logo da Dazz no controller. No primeiro clique o recurso é ativado, no segundo clique você tem acesso ao segundo nível de vibração e no terceiro clique é desativado.
A vibração é realmente forte? Sim, mas vai depender muito do que você estiver ouvindo. Um teste em que eu pude sentir realmente potencial dessa feature foi ir até o Youtube e botar pra reproduzir algum vídeo de “bass test”. A sensação é de um formigamento nos ouvidos. É legal por um tempo, mas depois acaba enjoando e incomodando.
Abaixo você pode conferir uma captação de áudio do microfone do Rock Python 7.1 que fizemos utilizando o Audactiy. Fiquei bastante surpreso com a qualidade dele, acabou chamando bem mais atenção do que o som do headset.
Especificações:
Fone:
– Alto Falante: 50mm
– Impedância: 32 ohms + 15%
– Sensibilidade: 111 dB + 3%
– Frequência de Resposta: 20 Hz – 20 Hz
– Potência Máxima de entrada: 30 mW
– Conector: USB
– Tamanho do Cabo: 3metros + 10%
Microfone:
– Frequência de resposta: 50Hz – 5Hz
– Impedância: 2.2K
– Sensibilidade: -62dB + 3dB
– Voltagem: 5V
Pontos Positivos:
– Design
– Software acaba dando uma bela ajuda na performance do som
– Cabo bem comprido
– Vibração
– Microfone
– Preço competitivo
Pontos Negativos:
– Não passa muita segurança em relação a durabilidade
– Virtualização 7.1 inexistente
– Confortável
Veredito:
Nem todo mundo tem apego a marcas, e menos ainda existem tantos usuários dispostos a comprar periféricos com preço bem elevado. Nesse ponto é que entra a Dazz com a sua proposta custo x benefício, chancela que pode ser aplicada ao Rock Python 7.1, encontrado à vista por R$ 322 ou R$ 400 a prazo.
Já existe até uma versão mais em conta da própria Dazz que também conta com vibração e 7.1 canais, o Steel Python 7.1, que pode ser encontrado por R$ 299,99.
Entre vibração e os tais 7.1 canais, o Rock Python caminha mais para o lado da vibração mesmo, o recurso funciona bem, e embora seja incômodo depois de algum tempo, é interessante e pode agradar muitos gamers. Os 7.1 canais virtualizado passam longe de impressionar, e acaba sendo mais vantagem deixar o driver setado em 2 canais e ativar o Xear Surround Max.
Sem o driver instalado e configurado o som do Rock Python 7.1 é bem fraco e sem vida. Falta o tal do palco sonoro amplo, que é importante durante a jogatina. O microfone surpreende, e é mais do que suficiente para conversar com outros membros da sua equipe em uma partida.
Deixe seu comentário