Atualizando um PC antigo para jogos

Atualizando um PC antigo para jogos

Todo mundo sabe que em se tratando de um PC para jogos, o componente mais importante é a placa 3D. Basicamente, é a potência da GPU que determina o frame-rate, os recursos visuais que você poderá ativar e o nível de compatibilidade com jogos recentes.

Você pode perfeitamente rodar jogos atuais usando um processador mediano, ou até mesmo um pouco antigo, desde que tenha uma boa placa 3D. Por outro lado, mesmo um processador quad-core não poderá fazer muita coisa usando uma Intel GMA950 onboard.

Quando se fala em montar um PC para jogos, logo vem à mente um PC parrudo, com um processador quad-core, uma fonte de 600 watts ou mais, 4 GB de RAM, um HD de 10.000 RPM (ou um SSD) e a GPU mais potente que o dinheiro puder comprar.

Naturalmente, se você tem dinheiro para torrar em duas GTX 295 em quad-SLI, faz todo o sentido gastar também nos outros componentes, para que o PC tenha uma configuração equilibrada. Por outro lado, quando você tem pouco dinheiro para gastar, passa a ser importante saber onde investir.

Diferente de uma estação de trabalho, onde componentes mais caros podem ser justificados pelo ganho de produtividade, em um PC para jogos o único objetivo é a diversão (a menos que você seja um profissional que ganhe dinheiro para disputar campeonatos 🙂 por isso é difícil justificar um gasto de 3 ou 5 mil reais no PC.

Outra dúvida comum é a velha questão de atualizar um PC antigo, ou montar um PC novo. Você não vai conseguir muita coisa usando um Pentium III com 256 MB de RAM e uma placa-mãe com slot AGP, mas um PC um pouco mais atual pode ainda prestar bons serviços se for atualizado com uma placa 3D.

Para a análise de hoje, vamos examinar as possibilidades de atualização de um velho Athlon 64 3000+ (2.0 GHz) single-core, no papel de máquina de jogos:

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Esta é uma máquina montada em 2006, que já prestou bons serviços, mas acabou sendo aposentado depois de dar lugar a um PC mais atual. A configuração é a seguinte:

Processador: Athlon 64 3000+ (Venice), single-core, 512 KB de L2
Placa-mãe: Asus K8N4-E SE (soquete 754, chipset nForce 4), slot PCIe x16
Memória: 2x 512 MB DDR
HD: IDE, 5200 RPM
Vídeo: nVidia 6200TC

Nenhum dos componentes dessa máquina oferece um desempenho muito bom se comparado a uma máquina atual. O HD é lento, a placa-mãe ainda utiliza memórias DDR1 e o processador também não tem muito poder de fogo. Entretanto, o elo mais fraco em se tratando do desempenho em jogos é a placa 3D, já que a GeForce 6200TC possui um desempenho muito fraco e utiliza memória de vídeo compartilhada, com um desempenho inferior ao de muitos chipsets onboard atuais.

Por sorte, a placa-mãe já oferece um slot PCI-Express x16, o que permite trocá-la por uma placa 3D atual. Não faria muito sentido investir em uma GPU de ponta, que teria o desempenho limitado pelo restante da máquina. Entretanto, uma placa de baixo ou médio custo poderia transformar este humilde PC em uma máquina de jogos com um desempenho aceitável.

Como a fonte de alimentação não é das melhores (um problema compartilhado pela maioria dos PCs antigos, onde reinam as fontes genéricas) e o objetivo é gastar o mínimo possível no upgrade, a escolhida foi uma Radeon HD 4650 XFX de 512 MB, que é uma placa barata e de baixo consumo, que oferece um desempenho bem razoável mesmo para os padrões atuais. Ela pode ser encontrada por menos de 200 reais em algumas lojas:

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Investindo um pouco mais, teríamos a HD 4670, que é um pouco mais rápida, com a GPU operando a 750 MHz (contra 600 MHz na HD 4650) e com chips de memória um pouco mais rápidos. Entretanto, a diferença de desempenho entre as duas não é muito grande, especialmente em um PC antigo onde o FPS será limitado também pelo processador, por isso a melhor escolha vai depender da diferença de preços na hora da compra.

Além do custo, outro fator que pesou na escolha é o consumo elétrico da placa. A HD 4650 tem um TDP de apenas 48 watts (59 watts no caso da HD 4670), o que permite que permite que você atualize a placa de vídeo sem precisar trocar também a fonte, o que representaria um custo adicional. No caso do PC da análise, o aumento no consumo em relação ao da 6200 usada anteriormente foi de menos de 20 watts, um aumento inexpressivo mesmo do ponto de vista de uma fonte genérica.

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