SSH na prática, para iniciantes

SSH na prática, para iniciantes

O SSH é uma ferramenta de acesso remoto bastante poderosa, que permite acessar máquinas Linux remotamente de forma segura. Ele se baseia no uso de criptografia assimétrica para criar um túnel seguro onde são transmitidos os dados, garantindo a segurança mesmo em casos onde a transmissão pode ser interceptada, como no caso de uma rede wireless sem encriptação.

As chaves assimétricas são um sistema muito interessante, onde temos um par de chaves em vez de uma única chave simétrica. Uma (a chave pública), permite apenas encriptar dados, enquanto a segunda (a chave privada) permite desencriptar as informações embaralhadas pela primeira. O grande segredo é que qualquer informação embaralhada usando a chave pública pode ser recuperada apenas usando a chave privada correspondente. Como o nome sugere, a chave pública pode ser distribuída livremente, pois serve apenas para gerar as mensagens encriptadas, sem permitir lê-las posteriormente. Quando você se conecta a um servidor SSH, seu micro e o servidor trocam suas respectivas chaves públicas, permitindo que um envie informações para o outro de forma segura.

Instalar o servidor SSH é bastante simples, basta instalar o pacote “openssh-server” usando o gerenciador de pacotes. No Ubuntu, por exemplo, você usaria:

$ sudo apt-get install openssh-server

A partir daí, você pode acessar a máquina remotamente a partir de outras máquinas Linux usando o comando “ssh”, seguido do login usuário (na máquina remota) e o endereço, como em:

$ ssh gdh@192.168.1.192

Da primeira vez que fizer a conexão, ele exibe um aviso, confirmando a identificação do servidor. Depois de fornecer a senha a conexão é efetuada e você obtém um prompt de comando da máquina remota. A partir daí, todos os comandos são executados na outra máquina. A sua passa apenas a exibir a saída de texto, funcionando como um terminal remoto:

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No Linux, todos os aplicativos podem ser chamados via linha de comando. Quase sempre, o comando é o próprio nome do aplicativo, como em “firefox”, “konqueror”, “nautilus” e assim por diante. Experimente abrir alguns programas; você verá que eles são exibidos na sua máquina local, muito embora estejam sendo executados na outra máquina. O uso de aplicativos gráficos funciona muito bem (permitindo que você use o SSH como um sistema de terminal server) via rede local e pode até mesmo ser usado via internet, embora nesse caso a velocidade de atualização seja muito baixa:

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Você logo perceberá que ao abrir qualquer aplicativo, ele bloqueia o terminal, impedindo que você abra outros antes de finalizá-lo. Para evitar isso, edicione um “&” no final do comando, como em:

$ firefox &

Isso faz com que ele rode em segundo plano. O terminal ainda exibirá algumas mensagens de erro e avisos relacionados ao aplicativo, mas é melhor do que ficar inteiramente bloqueado.

Para fechar a conexão com o servidor, pressione “Ctrl+D” no terminal, ou use o comando “exit”. (ela é também automaticamente encerrada se você fechar o terminal). Se você quiser apenas encerrar o aplicativo atual, pressione “Ctrl+C”.

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