Vários APs: Entendendo a topologia

É possível expandir a área de cobertura de um roteador wireless usando vários pontos de acesso subordinados a ele, configurados de forma a criarem uma única rede.

Para isso, comece com o cabeamento, puxando os cabos de rede até a posição onde cada um dos demais pontos de acesso será instalado. Caso necessário, instale alguns switchs para aumentar o número de portas, ou permitir que um único cabo de rede já instalado passe a atender o ponto de acesso juntamente com outro cliente que já o estava utilizando.

O passo seguinte é anotar as configurações do roteador ou ponto de acesso principal, incluindo o endereço IP, SSID, chaves de encriptação e o sistema utilizado e o canal em que ele está operando.

Os demais pontos de acesso devem ser configurados para operarem dentro da mesma faixa de endereços de rede, utilizando o mesmo sistema de encriptação e as mesmas chaves de acesso do roteador principal e, principalmente, o mesmo SSID, para que os clientes entendam que todos fazem parte da mesma rede e passem a simplesmente se conectarem no que oferecer melhor sinal, sem que o cliente precise digitar novamente a chave de acesso cada vez que se conecta a um ponto de acesso diferente. Ao utilizar um roteador wireless e três pontos de acesso adicionais, como no screenshot anterior, um exemplo de configuração seria:

Roteador Wireless: 192.168.1.1, SSID “gdh”, AES, canal 1
Ponto de acesso 1: 192.168.1.2, SSID “gdh”, AES, canal 4
Ponto de acesso 2: 192.168.1.3, SSID “gdh”, AES, canal 8
Ponto de acesso 3: 192.168.1.4, SSID “gdh”, AES, canal 11

Veja que com exceção do endereço IP e do canal, todas as demais configurações são iguais em todos os dispositivos, incluindo as chaves de acesso. No exemplo usei os canais 1, 4, 8 e 11, que é a configuração mais aconselhável ao usar 4 pontos de acesso na mesma área, mas você pode utilizar canais diferentes de acordo com a situação.

Todos os diferentes pontos de acesso farão parte da mesma rede, o que significa que você deve usar um único servidor DHCP, preferencialmente mantendo o serviço ativo apenas no roteador principal e desativando-o em todos os demais pontos de acesso:

A vantagem de deixar o DHCP ativo no próprio roteador da rede é que você elimina um ponto de falha, eliminando a possibilidade de que o servidor DHCP ativo em outro equipamento deixe de funcionar, deixando parte dos clientes sem conseguir acessar a rede, muito embora o roteador continue funcionando perfeitamente, provendo o acesso. Se o servidor DHCP está no próprio roteador, ele só parará de funcionar caso o próprio roteador pare de funcionar, o que significa que você estará sem acesso à Internet de qualquer forma.

Caso você esteja combinando APs de padrões diferentes, com o objetivo de que os clientes 802.11g se conectem em um e os 802.11n se conectem a outro, a estratégia muda, pois você precisará usar SSIDs diferentes para diferenciar os dois e assim evitar que os clientes 802.11n se conectem no AP 802.11g. Nesse caso, o mais aconselhável é configurar o roteador 802.11n para operar em modo “11n only” e o 802.11g como “11g only” e usar nomes descritivos nos SSIDs, como por exemplo “GDH-g” e “GDH-n”.

Você pode também combinar APs operando na faixa dos 5 GHz com APs operando na faixa dos 2.4 GHz, aumentando ainda mais a banda disponível. Os clientes de 5 GHz desfrutariam então de uma conexão especialmente rápida e mesmo os clientes de 2.4 GHz veriam melhorias, já que o espectro passaria a ser dividido entre menos dispositivos.

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