Hoje

Hoje (final de 2011) o que temos é um cenário em que os dispositivos portáteis estão tomando conta do mercado, apesar de os desktops com seus sistemas locais ainda serem a maioria este paradigma está a mudar e em breve estaremos convivendo com dispositivos que trabalham trafegando dados com a nuvem e serão simples elos entre o usuário e o sistema que está na nuvem. Quando apresentarem problemas simplesmente serão descartados e um novo adquirido. Os tablets e smartphones definitivamente não foram feitos para serem consertados, o grau de integração deles é alto demais. Para ter os recursos que um único smartphone possui com equipamentos da década de 80 precisaríamos de uma sala inteira cheia de fios e antenas. Mesmo os notebooks e netbooks, com exceção de memória e disco rígido, o reparo físico na maioria das vezes não compensa, o resultado pode não ser satisfatório e o custo é alto. Quase todos os jovens usuários de computadores conhecem o básico para a manutenção de seus próprios equipamentos. Não é mais necessário entender de IRQs, DMAs, tempos de acesso ou barramentos para se reparar um computador. As configurações são automáticas. Hoje ser especialista em hardware é mais um complemento juntamente com o conhecimento de redes e infraestrutura, formando um único profissional o analista de infraestrutura.

Conclusão

O conhecimento sobre a arquitetura e funcionamento do hardware dos computadores realmente não é mais tão relevante quanto era nos anos 80 e 90. Hoje não é necessário saber os endereços de entrada e saída ou a tensão de alimentação dos componentes do computador, tudo ocorre de forma automática, só resta instalar os drivers. Saber como uma imagem é formada na tela ou como o processador armazena dados na memória são interessantes de saber, mas não essenciais. Os tempos mudaram e para melhor, hoje mais vale o profissional ser integrado com as novas tecnologias e usar o mais apropriado para cada questão do que ter um amplo conhecimento técnico sobre um equipamento e não se adaptar as necessidades dos clientes que precisam do seu trabalho, designando essa tarefa a outro profissional.

Mas isso não ocorre por falta de competência ou interesse dos novos na área e sim por uma evolução natural do paradigma da computação moderna. A China produz toneladas de produtos a um preço muito baixo, o custo do reparo não raras vezes é igual ou maior que a compra de um novo equipamento, a alta integração faz com que em um único chip se tenha um sistema completo, quando este apresenta problemas o melhor a fazer é a substituição do equipamento. Não que aprender a fundo o funcionamento, a estrutura e a arquitetura física de sistemas computacionais não seja proveitoso, mas não é essencial, o mais que se espera de um profissional em infraestrutura desta área é que resolva o problema, seja este de hardware, software, rede ou configuração. Os profissionais que englobam essa gama de conhecimentos e ao mesmo tempo sabem fazer uma correta análise de um problema e encontrar a melhor solução são os que terão uma melhor colocação no mercado e maior prestígio dos empregadores e clientes.  

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