Kaspersky: suposto vídeo da prisão de Lula é o novo vírus que está sendo repassado via Facebook

Kaspersky: suposto vídeo da prisão de Lula é o novo vírus que está sendo repassado via Facebook

A gigantesta repercussão sobre condenação do ex-presidente Lula em segunda instância por unanimidade pelo três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) está sendo utilizado por cibercriminosos no Brasil para repassar um vírus via Facebook, de acordo com a empresa de segurança Kasperksy Lab.

Os cibercriminosos têm usado posts patrocinados utilizando o nome do portal de notícias IG. A mensagem maliciosa oferece um suposto vídeo da prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Embora tenha sido sentenciado em 12 anos e 1 mês, a prisão ainda não aconteceu.

Ao clicar no link, o usuário é direcionado para o download de um arquivo chamado “acompanhe.exe” que, ao ser executado, instalará um típico trojan bancário no computador da vítima. “Os cibercriminosos brasileiros costumam usar temas que estão na mídia, onde há muita repercussão, explorando a curiosidade das pessoas que querem se informar para assim disseminar códigos maliciosos”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab (clique aqui e confira nossa entrevista com ele), que analisou o golpe. “Seguramente o tema da prisão do ex-presidente será usado em muitos outros golpes vindouros”, completa.

O suposto vídeo da prisão do presidente Lula – na verdade um arquivo executável que começou a se espalhar desde desde sexta-feira (26) – estava hospedado em um site governamental, da prefeitura de uma cidade do Rio Grande do Sul. Após serem alertados, o arquivo foi removido do ar.

Ainda de acordo com o analista, a disseminação de campanhas maliciosas pelo Facebook se dá pela facilidade de publicar anúncios patrocinados de forma automatizada, já que não é de costume verificar se o anúncio é malicioso ou não antes da divulgação – isso facilita a ação de um criminoso, que pode comprar a campanha patrocinada, pagá-la com cartão de crédito roubado e começar a infectar os usuários da rede social. O Facebook só costuma remover o conteúdo malicioso após a denúncia por parte dos usuários – porém, durante este período, muitas pessoas são atacadas e infectadas.

Para se proteger, a Kaspersky Lab recomenda que os usuários de redes sociais contenham a curiosidade em relação à temas populares, evitando clicar em links de notícias sensacionalistas.


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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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