Mercado brasileiro de smartphones sofre queda de 25% no primeiro trimestre de 2016

Mercado brasileiro de smartphones sofre queda de 25% no primeiro trimestre de 2016

O prenúncio de maus tempos no mercado brasileiro de smartphones começou a ser desenhado já em 2015, já que de acordo com a IDC, após cinco anos de crescimento fechou em queda de 13,4% (em 2014 foram vendidos no Brasil 54,5 milhões de smartphones, já em 2015 esse número caiu para 47 milhões). E esse problema de vendas truncadas continua agora em 2016. Segundo um relatório do Gartner as vendas de smartphones no Brasil sofreram queda de 25%.

Se pararmos para analisar e citar os motivos para essa queda (que alias é global, o mercado de smartphones está entrando em um processo de saturação) basicamente o fator crise rapidamente vem a cabeça. O Brasil e boa parte do mundo passa por um mau momento, e claro que a aquisição ou troca por um smartphone mais potente acaba passando longe do imaginário de muitas pessoas. No entanto além dos problemas econômicos que é uma espécie de palavra-chave para essa retração há outro ponto que também deve ser levado em consideração: falta de inocação.

O processo de atualização dos smartphones atualmente se resume a revisões em suas especificações, isto é, um processador mais novo, mais RAM (já estamos na casa dos 6 GB), câmera com mais megapixels, etc. Esse tipo de artimanha sempre funcionou muito bem, mas a cada nova previsão de mercado a sensação que fica é que menos pessoas estão caindo nessa, e realmente estão levando em conta o conjunto na hora de avaliar um possível upgrade.

No campo dos smartphones uma mudança que pode ser considerada como inovação é a introdução dos telefones modulares, onde o usuário pode comprar módulos extras e customizar o hardware do dispositivo, como acontece com o LG G5, por exemplo. Mas ai entramos em outro probleminha, como a situação do Brasil não é das melhores, certos smartphones adentram o país com o “hardware capado”, o próprio G5 é um caso, que virou G5 SE (Snapdragon 820 e 4GB de RAM no G5 e Snapdragon 652 e 3 GB de RAM no G5SE), a tentativa de vender mais com um hardware menos robusto do que a versão original para dar aquela barateada no preço acaba saindo pela culatra.  

Esse mesmo problema acontecerá como o Moto Z que chegará ao Brasil com o clock do processador mais baixo, 1.8 GHz, em relação aos 2.20 GHz da versão gringa. E assim como o G5 o Moto Z aposta na modulariedade. 

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E os efeitos são realmente brutais, a LG durante esse primeiro trimestre de vendas no Brasil foi a companhia mais afetada, as vendas cairam incriveis 58,4%, seguida pela Apple com queda de 40%. O curioso é que dente os varios tipos de faixa de mercado o premium (acima dos R$ 3.000,00) é o que apresentou maior crescimento, passando de 1,7% para 5,3% nesse primeiro trimestre, e é justamente esse a faixa que a Apple se encaixa. O crescimento como um todo dese segmento não ajudou a empresa da maça. Outro ponto curioso é que a gigante de Cupertino vem perdento o status de Classe A no mercado brasileiro. A falta de interesse é latente! 

Porém, a Apple tem uma carta na manga que é o iPhone SE, versão mais em conta que está sendo vendida no Brasil desde março por R$ 2.700. Talvez na próxima análise a Apple apresenta uma certa melhora.

A chinesa Lenovo sentiu queda de 21% nas vendas, enquanto a Samsung que é campeã de encher o mercado com novos aparelhos sentiu menos no bolso, queda de 15%. Dentre todas as empresas analisadas a Blu foi a que conseguiu ter um aumento nas vendas, ampliando 10%

 

Você acredita que o mercado de smartphone no Brasil irá se recuperar no próximo trimestre? Participe abaixo da nossa enquete.

 

@WRPlaza

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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