Microsoft permite rodar Linux no Windows Azure

Microsoft permite rodar Linux no Windows Azure

A relação da Microsoft com Linux sempre foi bem suspeita. Apesar de tentar suportá-lo de forma tímida em alguns projetos não tão bem divulgados, de forma geral Linux é algo que a Microsoft sempre quis ver longe. A antiga campanha “Get the facts” foi um bom exemplo de como ela tratava o pinguim, embora estivesse no seu direito de fazer a publicidade.

Hoje a situação parece diferente. Normalmente Linux domina nos servidores. Para não perder parte da participação do Windows Server ela suporta o pinguim no Hyper-V, que tem ganhado vários aprimoramentos nesse sentido nos últimos anos (é melhor um cliente dela rodar Linux virtualizado dentro de Windows do que não rodar Windows algum :P). Agora ela passa a oferecer máquinas virtuais com Linux no Windows Azure, seu serviço de cloud computing. Até porque a concorrência já oferece isso, como a Amazon.

 

Pinguim

Os clientes poderão contratar máquinas virtuais com algumas distros certificadas para o serviço, como Suse Linux Enterprise Server SP2, OpenSuse 12.01, CentOS 6.2 e Ubuntu 12.04. O sistema de cobrança se dá por hora, comum nesse tipo de serviço.

A tentativa é ampliar um pouco mais a participação do Azure, aproveitando clientes corporativos que já gostam das soluções Windows mas também precisam de Linux para seus sistemas.

Por enquanto as imagens são fornecidas em modo preview, sem os preços finais divulgados. As máquinas virtuais são persistentes (podem ser desligadas/reiniciadas). O serviço também permite importar imagens de disco VHD.

O Azure suporta Python e Java, além de outras tecnologias web para desenvolvimento, como PHP e Node.js. Aos interessados, veja mais neste artigo da Info World e no anúncio da Microsoft.

É uma pena para a comunidade open source e entusiastas ver que o suporte da Microsoft ao Linux se dá apenas no ramo corporativo, deixando o desktop largado. O pinguim nunca teve um cliente oficial do MSN Messenger (Windows Live…), ainda não tem cliente do SkyDrive nem Silverlight – todos eles disponíveis para OS X, por exemplo. O Moonlight, implementação livre do Silverlight mantido por outro grupo, praticamente já teve seu fim decretado. Outra preocupação dos usuários de Linux tem sido o Skype, que anda bem devagar. Muitos temem que a versão para Linux seja descontinuada, o que pelo menos não parece que irá ocorrer tão cedo, apesar da má vontade com a qual é desenvolvida.

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