Microsoft espera ver smartphones de $100 em 2012

Durante a Worldwide Partner Conference 2011 a Microsoft não falou só do Windows 8, é claro, destacou alguns aspectos do Windows Phone. O investimento no Windows Phone é duradouro e a plataforma deve se popularizar, mesmo tendo chegado tarde em meio a um mundo dominado por iOS e Android – com um pouco de Blackberry, Symbian e etc, mas estes sem posições de liderança, incluindo o obsoleto Windows Mobile. Para isso, nada melhor do que atacar de um lado que nem todos os fabricantes gostam muito de falar: preço.

Andrew Lees, presidente da divisão de Windows Phone, falou que “…se você olhar nos preços dos smartphones, há um ano atrás todos os smartphones custavam mais de $400 ao sair do fabricante. Hoje, o preço baixou para $200, e no próximo ano, um smartphone que pode rodar algo como o Windows Phone 7 custará de $100 a $150”. Smartphones competitivos a 100 dólares seriam mesmo bem atrativos. Falando em termos de Brasil, o que hoje custa mais de R$ 1000 poderia virar uns R$ 300, R$ 400, algo significante.

A porcentagem de uso do Windows Phone no mundo ainda é bem pequena, o que se deve em parte a poucos lançamentos e restrições a alguns mercados. A situação deverá mudar com os lançamentos da Nokia, explorando inclusive preços baixos para alguns modelos de entrada. Não é o caso do iPhone, mas o Android tem alguns aparelhos de baixo custo (como modelos da Samsung e ZTE no Brasil), com mais um na jogada os consumidores poderão ter opções ainda mais interessantes. A Nokia tem grande capacidade de produção e pode atingir facilmente mercados mais “pobres”, o que seria interessante para a popularização do Windows Phone e acabaria sendo refletido em preços mais baixos também nos países “ricos”. Se isso se concretizar o mercado em geral deverá passar por mais mudanças, forçando uma redução de preço também para os concorrentes.

Aproveitando o assunto, a empresa comentou sobre o Windows Phone em tablets. Simplesmente não faz parte dos planos: “Vemos os tablets como um tipo de PC. Queremos que as pessoas possam fazer os tipos de coisas que elas esperam de um PC num tablet, coisas como se conectar a redes, utilizar ferramentas de rede, usar dispositivos USB”. O executivo ainda citou tarefas como impressão, todas as coisas possíveis com o Office, todas as coisas esperadas de um PC numa experiência híbrida, no tablet.

O Windows 8 rodando em processadores ARM deve ter custado muito caro para ser desenvolvido, naturalmente não iriam desperdiçar a oportunidade colocando um sistema limitado, criado para smartphones, num tipo de dispositivo com tela maior e que os usuários esperam que seja como um PC. Aparentemente os tablets com Windows 8 farão mais sucesso entre usuários de Windows, assim como o iPad faz entre os fãs da Apple. A experiência de uso será a mesma de um desktop quando necessário, porém com interface e apps próprias para tablets na maior parte do tempo, sem aquele clássico problema dos botões e ícones pequenos que temos ao rodar o Windows XP ou 7 em tablets antigos ou notebooks conversíveis.

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