Canonical monta cluster ARM de 42 núcleos, para desenvolvimento do Ubuntu

Canonical monta cluster ARM de 42 núcleos, para desenvolvimento do Ubuntu

Assim como a Microsoft anda fazendo com o Windows 8, a Canonical está avançando em assegurar a compatibilidade com a arquitetura ARM em futuras versões do Ubuntu. Para isso, a companhia precisa ter um bom ambiente e, obviamente, um bom hardware para permitir aos desenvolvedores manterem os mais de 20 mil pacotes que compõem a distribuição.

David Mandalla, da Canonical, é o responsável por montar o cluster ARM para a distro, e como todo bom entusiasta, está postando tudo em seu blog. A máquina requerida tem que ser capaz de suportar compilações de pacotes a partir de múltiplos usuários, em um ambiente limpo. Tendo em vista que o sistema precisava ser barato, Mandalla decidiu construir um cluster de PandaBoards.

As PandaBoards são placas de baixo custo, voltadas a desenvolvimento, que usa processador Texas Instruments OMAP4430. Em suma, além da CPU ARM Cortex-A9 dual-core, há ainda 1 GB de RAM, saídas HDMI e DVI-D, e portas Ethernet 10/100 e USB 2.0, Wi-Fi 802.11n, e alguns recursos que não interessarão muito ao David. O custo de cada placa é de 174 dólares.

Mandalla encomendou um rack personalizado que suporta 21 dessas placas PandaBoards. Desse total, 20 serão usadas para compilação de pacotes, enquanto a 21ª será a placa-mestre, para controle e monitoramento de acesso de cada usuário. Cada placa está conectada a um HD SATA II de 300 GB, dando um total de aproximadamente 6 TB de armazenamento no servidor.

O sistema funciona através da alocação de tempo no servidor, quando for recebida uma solicitação de um usuário. A placa PandaBoard mestre verifica por uma placa livre, reinicia esta tal placa livre, e oferece ao usuário um ambiente de compilação limpo, onde poderá trabalhar. Uma vez que a compilação tenha sido concluída, a placa é marcada como livre, e o processo é repetido.

As fotos permitem ver que o projeto do rack permite uma ampla circulação de ar, oferecendo ao mesmo passo uma boa dose de processamento sob demanda. Assumindo que os gastos com as PandaBoards foram de 3654 dólares, e que cada HD custe em média 60 dólares, o servidor teve um custo, no mínimo, de 4854 dólares. Você poderá acompanhar o andamento do projeto diretamente no blog de Mandalla, neste link. Inclusive, sua última preocupação foi referente à alimentação do servidor.

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