A volta do Pentium MMX

A volta do Pentium MMX

Em fevereiro deste ano, a Intel demonstrou um chip com 80 núcleos, desenvolvido com o objetivo de oferecer 1 teraflop de poder de processamento.

Cada um dos 80 núcleos é um chip relativamente simples, otimizado para processar instruções de ponto flutuante. Cada chip possui um “roteador” que o interliga aos vizinhos. Esta estrutura permite que as instruções sejam distribuídas entre os núcleos de forma bastante similar ao que acontece dentro de um cluster com várias máquinas. A principal diferença é que tudo é feito dentro de um único chip.

teraflop

O chip de 80 núcleos é apenas um sistema de demonstração, que nunca virá a se tornar um produto. Embora o poder de processamento seja respeitável, a aplicação dele seria muito limitada, já que ele é capaz de processar apenas instruções de ponto flutuante. Futuros chips combinariam diversos tipos de unidades especializadas, formando um chip capaz de executar todo tipo de instruções.

Chegamos então ao Larrabee, que se destina a criar processadores compostos de até 32 núcleos especializados, que pode vir a se tornar a próxima geração de processadores Intel, depois do Penryn, Nehalem e Sandy Bridge. Segundo uma notícia do tech.co.uk , os núcleos utilizados como blocos de montagem para o Barrabee não serão baseados em versões reduzidas do Core, como se pensava, mas serão processadores mais simples, baseados na arquitetura do antigo Pentium MMX.

Embora a notícia possa parecer estranha a princípio, não seria a primeira vez que a Intel opta por modernizar um projeto de processador antigo ao invés de desenvolver um novo processador do zero. O Core 2 Duo, por exemplo, é baseado na arquitetura do Pentium III, que por sua vez tem raízes no antigo Pentium Pro, contemporâneo do MMX. Obviamente, o Core 2 Duo não é simplesmente um Pentium III com mais cache e operando a frequências mais altas, mas sim uma versão sensivelmente melhorada do processador.

Como o Pentium MMX é um processador muito simples, com apenas 4.3 milhões de transistores, desenvolver uma versão aprimorada dele, com reforços na arquitetura, mais cache e assim por diante, pode fazer mais sentido em um processador composto por um grande número de núcleos do que tentar desenvolver versões simplificadas de um processador complexo, como o Core 2 Duo.

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