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Ail5on
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locked FAQ: Fontes Reais x Fontes Genéricas

#1 Por Ail5on 20/02/2005 - 17:27
Por mgc, Ailson, Peart

Contribuições de aylons, Seven, ffugita, Komm

1 - Calculando quantos Watts você irá utilizar

http://extreme.outervision.com/PSUEngine


2 - Como testar fonte com multímetro

A forma mais simples é desconectar a fonte da placa-mãe (conector de 20 pinos) e também todos os periféricos conectados nas saídas MOLEX, deixando a fonte completamente livre, sem alimentar nenhuma carga. No conector que alimenta a placa-mãe, localize um fio verde (é o quarto fio do lado da presilha). Coloque um clipe de papel ou pedaço de fio ligando esse fio a um dos pretos. Pronto, a fonte ligará sem depender do PC.

As voltagens dos conectores MOLEX são definidas assim: 12V (fio amarelo), 5V (fio vermelho) e terras (fios pretos). Na imagem abaixo temos a pinagem dos conectores:

Imagem

No conector ATX principal, as tensões que têm maior importância são: 3,3V (fios laranja) e 5VSB (fio roxo).

Observação: as fontes mais novas não trazem mais a linha de -5V, que a partir do padrão ATX 1.3 caiu em desuso, pois não é mais utilizada nas placas modernas. Exemplo de uma Seventeam ST-420BKV:

Imagem

O conector auxiliar +12V consiste simplesmente em mais duas alimentações de 12V com seus respectivos terras. Nas fontes mais atuais (padrão ATX 2.0 ou superior), esse conector usa uma linha separada da fonte, ou seja, não compartilha da mesma origem dos 12V que alimentam o conector ATX principal e os dos periféricos.

Para medir as tensões, coloque o multímetro na escala de tensão contínua, 20V pelo menos (em hipótese nenhuma meça na escala de corrente!). A ponta de prova preta deverá ser conectada em qualquer fio preto e a ponta vermelha será conectada nos fios correspondentes ao valor das voltagens que se deseja medir, ou seja, 5V no fio vermelho, 12V no amarelo, etc.

Lembramos ainda que, se o multímetro for digital, não haverá problema se as pontas de provas forem invertidas, pois apenas inverterá o sinal da medição. Já em um multímetro analógico (com ponteiro), a inserção das pontas deve ser feita na polaridade correta, caso contrário não será possível efetuar a medição.

Uma coisa importante é que a maioria das fontes necessita de uma carga mínima em suas saídas para conseguir manter uma regulação adequada das tensões. Ou seja, ao ligarmos uma fonte “sozinha” (sem estar conectada a nenhum componente), as tensões podem variar além do especificado. Assim, a melhor forma para medir as tensões é fazendo a medição com a fonte alimentando o PC. Tome muito cuidado para não fazer curtos-circuitos nas saídas da fonte bem como entre placas, e tenha certeza que o multímetro está na escala de tensão adequada.

Neste caso, a medição nos MOLEX são tranqüilas, feitas da mesma forma quando temos a fonte fora do gabinete, só o que difere é que para medir tensões no conector ATX/ATX12V precisamos inserir a ponteira “por cima” do conector.

As variações máximas especificadas no padrão ATX são as seguintes:

Imagem


3 - Fotos de fonte genérica e de uma fonte de marca

Fonte genérica:
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Fonte de marca:
Imagem

Note a maior robustez dos componentes, principalmente o transformador chopper (na parte central em amarelo) e os dissipadores de calor, bem maiores. A qualidade superior dos componentes e o projeto eletrônico mais desenvolvido não significam apenas maior potência, são também garantia de melhor estabilidade e principalmente confiabilidade.

É bom ter em mente marcas de fontes de boa qualidade e de fontes genéricas, para ao comprar uma saber o que estará levando para casa.

Exemplos de marcas de fontes “de marca” (potência real): Seventeam, Thermaltake, Antec, Enermax, TTGI, Vantec, outras.

Exemplos de marcas de fontes “genéricas” (potência irreal): Satellite, Troni, VCom, Upson, XPC, Leadership, Topdek, Maxxtro, LG, Dr.Hank, Omega, Coletek, outras.


4 - Como saber a potência real de sua fonte?

As fontes são vendidas de acordo com a sua potência máxima de saída (medida em Watt – símbolo “W”). Como todas as elas possuem as mesmas tensões de saída (também chamadas de “linhas”), o que difere de uma fonte de maior para uma de menor potência é a capacidade de corrente suportada em suas saídas. Além disso, a fonte precisa suprir exigências de corrente que variam muito rapidamente com um mínimo de variação na tensão. A potência especificada é a potência máxima que fonte consegue fornecer; quem determinará o quanto será exigido de potência será o PC.

No corpo da fonte existe uma tabela que indica quantos Amperes (medida de corrente elétrica – símbolo “A”) a fonte suporta em cada linha. Para calcularmos a potência da fonte devemos basicamente usar a velha fórmula P = V . I (potência é igual à tensão vezes corrente).

Por exemplo:
Imagem

Como você pode ver, cada saída de tensão possui declarada a corrente máxima suportada. Para fazermos o cálculo da potência da fonte basta pegarmos cada tensão e multiplicar pela corrente máxima e somarmos os resultados. Nas saídas negativas, use o módulo do valor (desconsidere o sinal).

Um detalhe é que muitas fontes especificam nas saídas de 5V e 3,3V uma potência combinada. O que acontece é que na maioria da fontes genéricas a saída de 3,3V é obtida colocando-se um regulador pendurado na saída de 5V, ou seja, tudo que for drenado da saída de 3,3V estará sendo na verdade consumido da saída de 5V mais as perdas do regulador. Portanto, devemos considerar no cálculo apenas a potência da saída de 5V, desconsiderando a potência da saída de 3,3V. Outra forma de obter a saída de 3,3V é usar retificadores separados, porém compartilhando a mesma derivação do transformador usada pela saída de 5V; nesse caso não há como saber exatamente qual potência de cada saída (5V e 3,3V). Para termos uma base, pode-se considerar apenas a potência máxima da saída de 5V, porém trata-se de uma estimativa, haja vista que a potência nominal depende de vários fatores, como o projeto do primário e secundário da fonte e principalmente do transformador.

No caso das fontes genéricas os valores estampados na etiqueta dificilmente correspondem às características reais da fonte. Os valores são sempre superdimensionados, de forma a inchar a potência da fonte, não servindo como parâmetro para absolutamente nada.


5 – PFC (correção de fator de potência)

Potência é definida sendo a quantidade de energia que um circuito consome em um determinado intervalo de tempo. Existem “três tipos” de potência: a potência ativa, aquela que efetivamente realiza trabalho, medida em Watt (W); a potência reativa, que o circuito armazena nos indutores e capacitores, medida em Volt-Ampere reativo (VAr); e a potência aparente, que é o vetor soma das anteriores, medida em Volt-Ampere (VA), sendo a potência total requerida da rede. Podemos ilustrar usando o famoso triângulo das potências:

Imagem

O fator de potência é o quociente entre potência ativa e potência aparente (FP = W/VA), ou o cosseno do ângulo formado entre essas duas potências, sendo portanto um número que varia de 0 (0%) a 1 (100%).

Um projeto de fonte chaveada possui um fator de potência típico de 0,7. O que os circuitos de PFC (Power Factor Correction, ou Correção de Fator de Potência) fazem é diminuir ao máximo a potência reativa da fonte, aumentando assim seu fator de potência. Uma fonte com PFC ativo pode chegar a um FP muito próximo de 1, ou seja, 100%.

Um comentário muito comum é que fontes com PFC reduzem o gasto na conta de luz. Em vários lugares da Europa e alguns lugares dos EUA sim, as pessoas são cobradas, além da potência ativa que consomem, pela potência reativa também. Contudo, aqui para nós brasileiros tal informação não procede, pois no Brasil os usuários domésticos pagam apenas a potência ativa consumida. Se você tem um fator de potência de 0,9 na sua instalação elétrica (excelente) e gasta 100 kWh e seu vizinho tem um fator de potência de 0,3 (muito ruim) e gasta os mesmos 100 kWh, vocês dois pagam a mesma coisa a empresa fornecedora de energia. Só que o seu vizinho com o FP de 0,3 exige da rede na realidade muito mais do que os 100 kWh que o medidor de luz marca, já que o que a empresa fornece é a potência aparente, que é maior em circuitos com FP mais baixo.

Se fosse em uma grande fábrica, por exemplo, aí sim uma fonte com PFC traria algum benefício financeiro, pois os medidores de luz das fábricas medem a potência reativa da rede, assim a companhia fornecedora de eletricidade tem como determinar o fator de potência da instalação. Para fatores de potência abaixo de 0,92, é aplicada uma multa que cresce a medida que o FP diminui. Entretanto, em residências isso não existe no Brasil, você só paga a potência ativa, independentemente do fator de potência da sua instalação elétrica.

Boa parte dessa confusão é causada pela idéia equivocada que o fator de potência está ligado à eficiência da fonte. Eficiência é diferente de fator de potencia. Enquanto podemos montar fontes com FP de 0,99, dificilmente é possível montar fontes com eficiência tão alta. Mesmo fontes chaveadas, que são muito mais eficientes que antigas fontes lineares, ainda não chegaram a esse patamar de eficiência. Para ter-se uma idéia, muitas fontes de excelente qualidade para PCs especificam eficiência máxima de 80%.

Uma utilidade do circuito PFC é quando precisamos dimensionar um no-break. A potência reativa, mesmo não realizando trabalho, é exigida da rede igualmente. Assim, apesar de não pagarmos esse consumo, uma fonte com FP baixo irá “puxar” mais da rede.

Em um PC onde os componentes consumam 400W, uma fonte sem PFC (FP típico de 0,7) consumiria 571VA. Já o mesmo PC com uma fonte com PFC (FP típico de 0,95) consumiria 421VA. Em ambos os casos, o consumo é aproximado, pois não estamos considerando as perdas nos circuitos da fonte.

Tendo em vista que os no-breaks de maior potência são muito mais caros, se no exemplo acima tivéssemos um no-break de 600VA alimentando este PC, com uma fonte sem PFC este estaria dimensionado no talo, mas passaria a ter uma boa margem de segurança se a trocássemos por uma fonte com PFC.

Algumas fórmulas:

VA² = W² + VAr²
e VA = W / FP

Onde: VA=Potência Total, W=Potência Ativa, VAr=Potência Reativa, FP= Fator de Potência

Usando-se o exemplo dado:
Potência ativa 400W - FP de 0,70 (70%) = Consumo aprox. 571 VA, com aprox. 408 VAr
Potência ativa 400W - FP de 0,95 (95%) = Consumo aprox. 421 VA, com aprox. 131 VAr

Como se vê, a potência reativa (VAr) diminui bruscamente em uma fonte com PFC.

Mais informações:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_de_pot%C3%AAncia
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-Uchiha-
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#3 Por -Uchiha-
19/06/2007 - 19:33
Créditos:

Anexo do post

Autor: WAZ Hardware Store e colaborador Fernando Ramos da Silva
Artigo original em: http://www.waz.com.br/especial/fontes.php

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Moderadore/ADM, queria dizer que se quiserem e/ou acharem conveniente anexar esse topico naquele topico especial Fontes Genericas X Fontes Reais ou se quiserem mudar para dicas e reviews fiquem a vontade isso_ai.png

As melhores marcas de fontes são, SEM DÚVIDA: Enermax, Antec, Corsair, Silverstone, OCZ, Seventeam e Thermaltake.

Hoje a fonte de energia está tomando lugar de destaque na lista de compra dos usuários, principalmente pela necessidade de uma energia estável, de boa qualidade (sem transientes e outros sinais que podem comprometer o funcionamento do computador) e disponível a qualquer momento para o seu computador, além da busca por silêncio e economia.

Mas antes de mostrarmos algumas das fontes de alta qualidade que oferecemos, respondemos algumas dúvidas comuns e explicamos alguns termos para que você possa fazer uma escolha certa na compra de sua próxima fonte.



Mas o que a fonte do meu computador faz?

A fonte de alimentação do computador é projetada para transformar as tensões comuns da rede elétrica em níveis compatíveis com os requerimentos dos componentes. A fonte de alimentação converte a tensão alternada (AC) em tensões contínuas (DC ou VDC), para alimentar os componentes do seu computador.



Qual o padrão da minha fonte?

Depende da sua placa mãe e também do gabinete que você usa. Atualmente o padrão para desktops é o ATX12V (visto que a maioria dos gabinetes e placas mãe suporta somente este padrão), mas existe também os padrões ATX, SFX12V e TFX12V (para gabinetes compactos) e EPS (normalmente para servidores ou estações gráficas), para citar os mais comuns. Para não ter problemas na hora da compra, se você não conseguir identificar o padrão da sua fonte, aconselhamos a você trazer a fonte ou seu computador para que nossos vendedores possam lhe informar corretamente o padrão. Outro detalhe é que dentro de um padrão, como o ATX12V, temos várias revisões. A mais atual é a ATX12V v2.2. Para mais detalhes, acesse este link.



O que é Eficiência?

É um dos principais itens que aconselhamos a você, consumidor, verificar na sua nova fonte.

A fonte converte energia (AC > DC), mas infelizmente esta conversão não é perfeita, pois vários componentes presentes na fonte, tais como capacitores e diodos apresentam perdas durante sua operação. Até mesmo nos cabos há perda de potência. Se fosse perfeita, a eficiência da fonte seria de 100%. Um exemplo: A cada 100W que a fonte puxasse da tomada, 100W seriam entregues ao sistema.

Como a conversão não é perfeita, o que acontece com a parcela que não é transformada em energia para o seu sistema? Ela é praticamente toda transformada em calor. Ou seja, se uma fonte tem eficiência de 50%, então para cada 100W que ela "puxa" da tomada, 50W são realmente entregues para o sistema e os demais 50W são transformados em calor.

Para gerar os mesmos 100W para o sistema, a fonte com 50% de eficiência teria que puxar 200W da tomada.

Portanto, quanto maior a eficiência da fonte, menor será o gasto com energia elétrica porque menos energia AC será consumida pela fonte. Além disso, com menos calor sendo dissipador no interior de seu gabinete, o sistema como um todo tende a operar de modo mais estável.

Dependendo da eficiência da fonte e o uso do sistema, a economia é grande. Como exemplo, vamos ver o quanto uma fonte com alta eficiência economizaria em relação a uma fonte de média eficiência durante um determinado período.

Modelo

Eficiência Consumo da tomada se o sistema necessita de 300W Fonte 1 80% 375WFonte 2 65% 461,5W

Se o seu computador funciona 4 horas por dia:

A fonte 1 vai consumir (@ 300W): 4 (horas) x 375 = 1,5KW
A fonte 2 vai consumir (@ 300W): 4 (horas) x 461,5 = 1,846KW
Durante um ano, a fonte 1 consumirá 12 (meses) x 30 (dias) x 1,5KW = 540KW
Durante um ano, a fonte 2 consumirá 12 x 30 x 1,714KW = 664,5KW
Neste tempo, a fonte 1 economizou 664,5 ? 540 = 124,5KW

Usando o preço da Cemig (distribuidora de energia em MG) para consumidor residencial (preço base do primeiro trimestre de 2007), temos que 124,5KW x R$0,65 =R$80,92 (por ano)
Em três anos, a economia é de R$242,76
Se o seu computador funciona 15 horas por dia:

A fonte 1 vai consumir (@ 300W): 15 (horas) x 375 = 5,625KW
A fonte 2 vai consumir (@ 300W): 15 (horas) x 461,5 = 6,922KW
Durante um ano, a fonte 1 consumirá 12 (meses) x 30 (dias) x 5,625KW = 2.025KW
Durante um ano, a fonte 2 consumirá 12 (meses) x 30 (dias) x 6,922KW = 2.492KW
Neste tempo, a fonte 1 economizou 2.492 ? 2.025 = 467KW

Usando o preço da Cemig (distribuidora de energia em MG) para consumidor residencial (preço base do primeiro trimestre de 2007), temos que 467KW x R$0,65 =R$303,55 (por ano)
Em três anos, a economia é de R$910,65!!!Com isso podemos ver que escolher uma fonte com alta eficiência (>80%) é altamente benéfico para você consumidor (e para o meio ambiente também). Apesar do investimento ser maior, será pago ao longo do ano (ou melhor, não será "pago" devido à economia na conta de energia). Outra vantagem é que normalmente as fontes de alta eficiência também oferecem menor ruído e aquecem menos o ambiente.

E não se esqueça que nem estamos colocando neste comparativo as fontes genéricas (ou de baixa qualidade) que encontramos no mercado brasileiro. Além do fabricante não informar a eficiência, nem testes feitos por instituições ou pela mídia especializada são encontrados.

Você deve estar se perguntando: Quais fontes têm eficiência de 80%? Bom, olhando diversos testes feitos pela mídia especializada, podemos indicar alguns modelos como: Corsair HX520W / HX620W, Silverstone Zeus 750W / 850W e Element ST-50EF-Plus , Enermax Liberty e Galaxy, OCZ GameXStream 700W e Thermaltake ToughPower 750W.

Aliás, a preocupação com a eficiência da fonte está tão grande que originou a criação de um programa denominado 80 Plus. As fontes certificadas recebem um selo que facilita a identificação pelo consumidor. Para maiores detalhes, acesse o site 80 Plus.



Uma fonte de energia mais potente significa que pagarei mais na minha conta de energia?

Este é o maior mito de todos. É importante entender que a fonte de energia somente vai fornecer a potência que o sistema requer, e nada mais. Se o seu sistema tem uma fonte de 400W e em determinado momento este sistema somente requer 250W, a fonte somente vai fornecer 250W.

Se você trocar a sua fonte de 400W para uma de 600W (o upgrade faz sentido, pois existem várias vantagens em se usar a fonte em um percentual abaixo de sua capacidade máxima), o que indicará se você vai gastar ou não mais energia é a EFICIÊNCIA da fonte. E se nesse exemplo ambas as fontes tivessem a mesma eficiência declarada pelo fabricante, com a de 600W você muito provavelmente gastaria menos energia e o sistema operaria com temperaturas inferiores porque a eficiência de uma fonte não é linear. Ou seja, quanto maior a potência consumida de uma fonte, menor será sua eficiência. Para entender isso, basta fazer um cálculo simples. Supondo que o computador esteja consumindo 300W, enquanto a fonte de 400W estaria fornecendo 75% de sua potência total, a fonte de 600W forneceria apenas 50%. Fica claro, portanto, que a maior "folga" do modelo de 600W lhe permitirá operar com uma maior eficiência. Aliás, desde a revisão 2.0 que a especificação do padrão ATX12V recomenda aos fabricantes o desenvolvimento de projetos que garantam uma eficiência mínima de 77% em potência máxima e 80% com 50% de utilização.


O que é a temperatura de operação de uma fonte?

Pode-se dizer que um dos maiores fatores limitantes de uma fonte é a temperatura de operação.

Quando os componentes da fontes esquentam, sua eficiência começa a diminuir abaixo do nível desejado ou especificado e as tensões também podem diminuir abaixo dos níveis mínimos do padrão ATX (variação permitida de ±5% nas tensões positivas e de ±10% nas tensões negativas).

Essencialmente, poder tirar mais "suco" da fonte é similar à linha de pensamento quando fazemos overclock no processador. Você não consegue overclockar um processador se não conseguir manter baixa a sua temperatura, e você não vai conseguir energia estável e de boa qualidade se a sua fonte esquenta facilmente e não suporta altas temperaturas. A vantagem dos processadores é que há sistemas de proteção que podem reduzir a sua velocidade, mas e a fonte? Se ela não suprir a energia que o sistema demanda, ou este trava ou irá desligar. E se estivermos falando de fontes genéricas, cujos sistemas de proteção são deficientes, alguns de seus componentes podem ser danificados irreversivelmente e até queimar a placa mãe ou algum periférico do computador.

O efeito da temperatura no desempenho da fonte de alimentação é chamado de Curva de Degradação (Derating Curve). Quanto mais quente a fonte fica, menor será sua capacidade de fornecer energia.

Normalmente a Curva de Degradação é medida em Watts por grau. Por exemplo: "2W por 2ºC" seria a taxa de degradação. O que isto significa? Que uma fonte com potência sustentada definida em 500W @ 20ºC, conseguirá suprir menos 2W de energia a cada 2ºC que tiver de aumento na temperatura. Então, @ 50ºC, a potência sustentada máxima seria de 470W (2ºC x 30).
Um detalhe é que a Curva de Degradação aplica-se somente à temperatura de operação recomendada para uma fonte. Assim que se vá além da temperatura de operação recomendada, digamos 70ºC, a Curva de Degradação aumenta exponencialmente (claro, depende também do projeto dela).

Infelizmente a Curva de Degradação de uma fonte de alimentação não é normalmente informada pelo fabricante. Um bom exemplo são as curvas que a fabricante PC Power and Cooling publica em relação às suas fontes da família Turbo-Cool 510 (como na figura abaixo).

Na figura é possível ver que não se deve comparar, por exemplo, fontes que têm operação confirmada @ 50ºC com fontes @ 25ºC. Veja que com o aumento da temperatura de operação, a potência fornecida cai bastante.

Imagine por exemplo, uma fonte de energia com temperatura de operação máxima de 25ºC. Não é tão difícil atingir este valor, afinal, em várias cidades no Brasil a temperatura ambiente média é maior do que 25ºC. Se a temperatura ambiente é 25ºC, imagine a temperatura dentro da fonte: É maior, correto? Com isso a sua fonte sempre irá trabalhar fora da especificação, fazendo com que menos potência do que a anunciada na etiqueta seja atingida. Já com uma fonte com limite de operação a 50ºC, você terá muito mais segurança de operar dentro da faixa permitida e ter a potência anunciada pelo fabricante.

Uma fonte com duas ou mais linhas de 12V é melhor?
Conforme os processadores foram evoluindo com a integração de centenas de milhões de transistores e operando em maiores frequências, mais corrente elétrica passou a ser necessária. Devido a isso houve uma mudança em sua tensão de alimentação: a fim de minimizar as perdas de potência durante a distribuição, a tensão de +5V foi substituída pela de +12V.

Outro aspecto importante é a existência de uma regulamentação de segurança, feita por vários órgãos internacionais (UL 1950/CSA950 e EN 60950/IEC 950), que limita em 240VA a potência de um circuito empregado em equipamentos elétricos de uso doméstico.

Pela equação de potência P = V x I, deduzimos que neste caso a máxima corrente permitida é de 20A. Foi por isso que há alguns anos atrás, ao prever que o consumo total na linha de +12V excederia esse valor, a Intel alterou a especificação ATX12V e passou a recomendar aos fabricantes de fontes a utilização de múltiplas saídas de +12V

Daí temos hoje fontes que normalmente tem duas linhas de +12V (12V1 e 12V2), enquanto algumas chegam a ter 5 linhas de +12V. E normalmente cada uma dessas linhas não oferece mais de 18A (os 2A a menos ficam como margem de segurança).

Imagem

Em relação à distribuição das saídas de +12V, normalmente a +12V2 fica reservada para o processador, a +12V1 para os conectores Molex e o ATX24 da placa mãe, enquanto as demais para as placas de vídeo PCI-Express. É importante destacar, contudo, que nem todos os fabricantes seguem essa organização na íntegra.

Um problema é que as linhas de +12V normalmente oferecem uma potência combinada bem menor do que a soma da potência máxima de cada linha (utilizada individualmente). Ou seja, se uma fonte tem duas linhas de +12V com cada uma podendo oferecer até 15A, se utilizadas ao mesmo tempo as duas linhas não irão fornecer 30A, mas sim um valor inferior. Um dos motivos é que um mesmo circuito gera a energia para as múltiplas linhas.

Mas se um fabricante de fontes quiser, pode criar uma fonte que consiga suprir até 80A (ou mais) numa única linha de +12V. O máximo que irá acontecer é que ele não poderá dizer que a sua fonte é do padrão ATX12V v2.2 (pois não tem linhas de +12V com no máximo 20A). Um exemplo é a fonte Olympia da Silverstonetek.


A fonte de energia sempre fica ligada?
Uma fonte de energia ATX está sempre "ligada", mesmo quando parece estar desligada. Opa, vamos explicar melhor.

Quando a fonte está ligada na tomada e o botão liga/desliga da fonte está na posição liga, a fonte já está ligada e funcionando, mesmo que o seu computador não esteja. Se a sua fonte não tiver botão liga/desliga, então no momento que você ligá-la na tomada ela já estará funcionando.

A linha +5VSB (+5V StandBy) está sempre ligada, fornecendo corrente para a sua placa mãe. Por isso, se a sua placa mãe tiver um led indicador, ele estará acesso. É por esse motivo também que o CMOS (facilitando: O Bios) mantém as configurações mesmo se não tiver bateria na placa mãe, ou se você quiser utilizar a tecnologia WOL (Wake On Lan), você conseguirá.


O conector ATX20/24 da minha fonte veio sem um fio.
O que normalmente acontece é o seguinte:

Devido à atualização tecnológica, a linha de -5V que era fornecida pela fonte antigamente já não é mais necessária nos novos sistemas. Por isso a linha de -5V foi removida das especificações ATX mais atuais. No conector ATX de 20 ou 24 pinos, um fio apenas era responsável por levar a energia da linha de -5V para a placa mãe.

Imagem

Se a fonte não fornece mais a linha de -5V, por que então o fabricante vai continuar utilizando um fio para esta linha? Por isso a maioria das fontes ATX que não fornece -5V vem sem um fio no conector ATX20/24 (como na foto acima).


O que é PFC?
Diferente do que muitos da área de informática dizem ser, o PFC não é a Eficiência da Fonte (como discutimos anteriormente nesta página). A sigla PFC vem de Power Factor Corretion (Correção do Fator de Potência) e é um tópico bem mais complexo. Para entender melhor o que é PFC e quais são suas vantagens, indicamos os seguintes artigos:

Wikipédia: Fator de Potência
Fórum PCs: Correção do Fator de Potência: Uma Visão Clara




Seventeam 350W

Esta é considerada uma das melhores fontes de entrada, principalmente se você está cansado de ter problemas com sua fonte genérica. Além de ter potência real de 350W e duas linhas de +12V, esta fonte tem uma eficiência média de 65%, bem superior do que a de fontes genéricas.

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Uma ventoinha de 12cm com controle automático de rotação refrigera esta fonte. Os cabos de energia têm bom comprimento e são disponibilizados conectores ATX20/24 e ATX12V de 4 pinos. Outra vantagem é a quantidade de conectores de 4 pinos, bem superior ao de fontes genéricas: São 6 no total. Para completar ainda podemos ver dois conectores de energia SATA.



Elevando o nível máximo de potência temos a Seventeam de 550W de potência real. Temos duas linhas de +12V e uma eficiência maior do que a versão de 350W, podendo atingir até 78% (máx.). Esta fonte também vem com PFC ativo e a tensão de entrada é selecionada automaticamente (110 ~ 240V).


Imagem

A refrigerando desta fonte fica a cargo de uma ventoinha de 12cm com controle automático de rotação. Os cabos de energia têm bom comprimento e são oferecidos os conectores ATX20/24 e ATX12V de 4/8 pinos. A quantidade de conectores de 4 pinos é elevada: São 8 no total. Para completar o pacote podemos ver dois conectores de energia SATA e um conector de energia PCI Express de 6 pinos, pronto para alimentar as placas de vídeo top de linha.

Assim como a versão de 350W, este modelo de 550W tem temperatura de operação que varia de 0 a 50ºC e suporta trabalhar em redes de 115V ou 230V.


Para sistemas de altíssimo desempenho podemos indicar a Corsair HX620. Uma das vantagens desta fonte é a potência oferecida na linha de +12V: No total são até 50A (ou 600W), o que permite suportar as mais avançadas configurações com processadores de múltiplos núcleos e múltiplas placas de vídeo.

Imagem

Esta fonte também tem PFC ativo, seleção de tensão automática (90 ~ 264V), três linhas de +12V, conectores banhados em ouro e certificações NVIDIA SLI Ready e ATI CrossFire. A organização interna do gabinete assim como uma melhor na ventilação são conseguidas graças ao cabeamento modular utilizado: Você somente utiliza os cabos que precisar. Os que não precisar, você pode desconectar da fonte e guardar.

A refrigeração é realizada por uma ventoinha de 12cm com controle automático de rotação e baixo ruído, protegida por uma grelha preta. A Corsair HX620W está de acordo com o padrão ATX12V v2.2 e suporta também servidores e estações gráficas (EPS12V v2.91).

A alta eficiência (80 ~ 85%) auxilia na baixa dissipação de calor além de reduzir o gasto com energia elétrica. Temos também várias proteções como: Sub e sobretensão, sub e sobre corrente e até contra curto circuito. Há conectores ATX20/24, ATX12V de 4 pinos e de 8 pinos, 8 conectores SATA e 2 conectores PCI Express de 6 pinos.



A família Galaxy da Enermax é uma das mais potentes do mercado. O modelo de 1.000W oferece também cinco linhas de +12V (75A combinados), alta eficiência (80 ~ 85%) e ainda tem cabeamento modular. Suporta o mais novo padrão ATX12V (v2.2) e também o para servidores e estações gráficas (EPS12V).

Imagem



Devido à alta potência e às duas ventoinhas utilizadas para a refrigeração (Uma de 8cm e uma de 13,5cm, ambas com grelha dourada e controle automático de rotação), esta fonte tem um comprimento de 22cm e pode não servir em qualquer gabinete.

A tensão é selecionada automaticamente (100 ~ 240V), há PFC ativo e várias proteções (OVP, OLP, OCP, SCP e UVP). O número de conectores impressiona: um ATX24, um ATX12V de 8 pinos, um ATX12V de 4/8 pinos, três SATA, dois PCI Express de 6 pinos e três conectores de 4 pinos. Pouco? Bom, ainda faltam os conectores com cabeamento modular.

São 15 (isso mesmo, quinze) conectores SATA, dois PCI Express de 6 pinos, um ATX12V de 4 pinos e treze conectores de 4 pinos. A Galaxy 1.000W é uma poderosa fonte de energia, não só pela potência, mas por suportar sistemas dois processadores, quatro placas de vídeo e dezenas de discos rígidos.

uma coisa que achei importante acrescentar é uma formula bem simples de calcular potencia, resistencia, amperagem e voltagem. seguem figuras:

Anexo do post Anexo do post

Onde:
E = Tensão, Voltagem
I = Corrente, Amperagem
R = Resistência
P = Potência, Watts

assim, é simples.

E = R x I
I = E/R
R = E/I
P = E/I
E = P/I
I = P/E

reparem no posicionamento no triangulo. quando quiser saber algo basta colocar um dedo sobre a letra correspondente e fazer a conta. se ao ocultar a letra, sobrar uma letra sobre a outra, basta dividir os valores. se ao ocultar a letra ficar uma do lado da outra multiplique os valores.

Anexos


CASE: Corsair Carbide 200R MOBO: Gigabyte A320M-HD2 CPU: Ryzen 5 2600 + TT H410R RAM: HyperX 2x 8GB DDR4 GPU: EVGA RTX 2070 SUPER SSD: Kingston 240/480 GB
HDD: 2x 2TB Raid0 PSU: EVGA 650W DISPLAY: LG 25UM58-P INPUT: Corsair K55/Harpoon GPAD: XBOX One S Headset: Corsair HS50

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