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N.as
N.as Geek Registrado
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Até que ponto o CREA é importante para um técnico em informática?

#1 Por N.as 10/03/2014 - 12:28
Bom tarde amigos, eu hoje me deparei com um artigo que me fez analisar sobre os prós e contras em ser certificado pelo CREA.
O CREA ele realmente faz a diferença para o profissional em informática ou se torna irrelevante?
O CREA realiza algo pela classe ou já estaria mais que na hora a criação de um conselho de informática?
Gostaria de conhecer a opinião de vocês amigos.
OP
OP Cyber Highlander Registrado
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#2 Por OP
10/03/2014 - 12:36
Que tipo de profissional em informática tem CREA? Tecnólogos? Engenheiros?

Eu sou do CREA por ser geólogo e vejo que a atuação do CREA é mais forte nas áreas tradicionais de engenharia. Nem geólogos, que são na verdade são um tipo de engenharia, tem suporte do CREA. Não vejo o que o CREA pode fazer pela área de informática, a não ser cobrar anuidade, ART (se é que isso vale) e oferecer alguns benefícios básicos, tipo plano de saúde por adesão (que eu uso).

Os arquitetos perceberam isso a um tempo e criaram o conselho deles, o CAU. CREA é ainda território das áreas tradicionais de engenharia.
N.as
N.as Geek Registrado
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#3 Por N.as
10/03/2014 - 12:50
OP disse:
Que tipo de profissional em informática tem CREA? Tecnólogos? Engenheiros?

Eu sou do CREA por ser geólogo e vejo que a atuação do CREA é mais forte nas áreas tradicionais de engenharia. Nem geólogos, que são na verdade são um tipo de engenharia, tem suporte do CREA. Não vejo o que o CREA pode fazer pela área de informática, a não ser cobrar anuidade, ART (se é que isso vale) e oferecer alguns benefícios básicos, tipo plano de saúde por adesão (que eu uso).

Os arquitetos perceberam isso a um tempo e criaram o conselho deles, o CAU. CREA é ainda território das áreas tradicionais de engenharia.

Concordo com você OP. Inclusive lembro que meu professor de Java no curso técnico de informática, defendeu com veementemente que os alunos não devessem procurar uma certificação no CREA, pois o conselho não faria muito por eles. Mas fiquei na dúvida se conseguiria ter mercado de trabalho sem o CREA.
imhotep
imhotep Cyber Highlander Moderador
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#4 Por imhotep
10/03/2014 - 13:02
Nas.conceito disse:
Bom tarde amigos, eu hoje me deparei com um artigo que me fez analisar sobre os prós e contras em ser certificado pelo CREA.
O CREA ele realmente faz a diferença para o profissional em informática ou se torna irrelevante?
O CREA realiza algo pela classe ou já estaria mais que na hora a criação de um conselho de informática?
Gostaria de conhecer a opinião de vocês amigos.


Ninguém é certificado pelo CREA. O CREA é um conselho de classe, no qual profissionais de engenharia, dentre outras profissões, precisam ser credenciados para exercer formalmente a profissão.

Para a área de engenharia ele serve basicamente para comprovar capacidade técnica através de suas ARTs. E, como o OP disse, te dá alguns benefícios, como plano de saúde mais em conta, empréstimos via Mútua, etc.

Mas pra área de informática, creio ser irrelevante. A não ser q estejamos falando de engenharia de telecom, por exemplo, aonde tem-se, da mesma forma, q se formalizar a capacidade técnica através das ARTs para ser o responsável por projetos, obras, etc.

Não é uma questão de mercado de trabalho. Simplesmente não se pode exercer a profissão/função de engenheiro sem o CREA.
aureoh
aureoh Cyber Highlander Registrado
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#5 Por aureoh
10/03/2014 - 13:08
imhotep disse:
Ninguém é certificado pelo CREA. O CREA é um conselho de classe, no qual profissionais de engenharia, dentre outras profissões, precisam ser credenciados para exercer formalmente a profissão.

Para a área de engenharia ele serve basicamente para comprovar capacidade técnica através de suas ARTs. E, como o OP disse, te dá alguns benefícios, como plano de saúde mais em conta, empréstimos via Mútua, etc.

Mas pra área de informática, creio ser irrelevante. A não ser q estejamos falando de engenharia de telecom, por exemplo, aonde tem-se, da mesma forma, q se formalizar a capacidade técnica através das ARTs para ser o responsável por projetos, obras, etc.

Não é uma questão de mercado de trabalho. Simplesmente não se pode exercer a profissão/função de engenheiro sem o CREA.


Ou a nao ser que voce trabalhe na parte de eletronica.
imhotep
imhotep Cyber Highlander Moderador
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#6 Por imhotep
10/03/2014 - 13:11
aureoh disse:
Ou a nao ser que voce trabalhe na parte de eletronica.


Isso, telecom, eletrônica, elétrica (todas engenharias) exigem CREA para exercício formal da profissão.

Só que para ser contratado como engenheiro deve-se, em tese, obedecer o piso salarial da categoria, o q nem sempre acontece.

Aí as empresas (públicas e privadas) não contratam engenheiros como engenheiros, mas sim como analistas de projeto, desenhistas, coordenadores de projetos e outros nomes para fugir do vínculo formal com a profissão.

Evidentemente, sucateando os salários.
N.as
N.as Geek Registrado
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#7 Por N.as
10/03/2014 - 13:43
imhotep disse:
Ninguém é certificado pelo CREA. O CREA é um conselho de classe, no qual profissionais de engenharia, dentre outras profissões, precisam ser credenciados para exercer formalmente a profissão.

Para a área de engenharia ele serve basicamente para comprovar capacidade técnica através de suas ARTs. E, como o OP disse, te dá alguns benefícios, como plano de saúde mais em conta, empréstimos via Mútua, etc.

Mas pra área de informática, creio ser irrelevante. A não ser q estejamos falando de engenharia de telecom, por exemplo, aonde tem-se, da mesma forma, q se formalizar a capacidade técnica através das ARTs para ser o responsável por projetos, obras, etc.

Não é uma questão de mercado de trabalho. Simplesmente não se pode exercer a profissão/função de engenheiro sem o CREA.

Obrigado pela correção na questão da certificação e pela explicação Imhotep.
TmfeijoMMonroe
TmfeijoMMonr... Cyber Highlander Registrado
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#8 Por TmfeijoMMonr...
20/06/2014 - 21:01
Boa noite !

O CREA apenas pode legislar/fiscalizar sob quem é formado em engenharia da computação ; obviamente à nivel na informática.

Mas por exemplo << um téc. tendo este registro; lhe poderia até gerar mais credibilidade ; porém não sendo obrigatório ter o mesmo .


No começo de tudo . Em qualquer profissão dentro de info; o conselho regulador/fiscalizador que obteve autorização em Brasilia; juntamente com certos sindicatos da categoria; para acolher os profissionais foi o CRA - Conselho Regional de Administração .

Abraços
Flyware
Flyware Zerinho Registrado
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#10 Por Flyware
21/06/2014 - 03:40
Nas.conceito disse:
Bom tarde amigos, eu hoje me deparei com um artigo que me fez analisar sobre os prós e contras em ser certificado pelo CREA.
O CREA ele realmente faz a diferença para o profissional em informática ou se torna irrelevante?
O CREA realiza algo pela classe ou já estaria mais que na hora a criação de um conselho de informática?
Gostaria de conhecer a opinião de vocês amigos.

Na verdade não existe classe. O que existe é um indivíduo e uma empresa que buscam um relacionamento profissional, uma troca voluntária. O CREA assim como qualquer conselho de profissões retira do indivíduo a liberdade de negociar individualmente o valor do próprio salário além de ter o poder de vetar pessoas de realizar suas atividades, o que pode criar um grupo de monopolistas. Além do mais, qualquer revistinha de conselho de profissão sempre contém práticas anti-mercado como controle de preços que conforme o livro abaixo sempre provou desestabilizar economias:
http://www.amazon.com/Forty-Centuries-Wage-Price-Controls-ebook/dp/B004VHIIUC/ref=sr_1_2?s=books&ie=UTF8&qid=1403332112&sr=1-2&keywords=prices+control
Planos de saúde não são necessários, uma vez que saúde é como qualquer outro serviço. Nunca vimos algum plano de alimentação, por que com saúde seria diferente? Mas se achar algo importante e for de seu interesse é mais um motivo para não apoiar planos coletivos. Na medida em que as legislações vão colocando os planos de saúde para serem feitas somente em entidades de classe, o indivíduo vai se tornando cada vez mais dependente de conselhos e perdendo o seu poder individual. Uma consequência disso é uma ineficiencia do sistema de saúde como poder ser vista nesse ranking que demonstra que países que tem a saúde burocratizada tem uma eficiencia menor:
http://www.bloomberg.com/visual-data/best-and-worst/most-efficient-health-care-countries

Ou seja, essa luta de classes apenas retira seus direitos individuais e portanto não é e nunca será a hora de criar um conselho nem de informática nem de qualquer outra profissão pois ao fazer isso os profissionais teriam mais dificuldade de criar seus próprios contratos além de estar amarrados a planos obrigatórios ao invés de um plano de sua escolha.
imhotep
imhotep Cyber Highlander Moderador
30.6K Mensagens 4.3K Curtidas
#11 Por imhotep
21/06/2014 - 12:09
Flyware disse:
Na verdade não existe classe. O que existe é um indivíduo e uma empresa que buscam um relacionamento profissional, uma troca voluntária. O CREA assim como qualquer conselho de profissões retira do indivíduo a liberdade de negociar individualmente o valor do próprio salário além de ter o poder de vetar pessoas de realizar suas atividades, o que pode criar um grupo de monopolistas. Além do mais, qualquer revistinha de conselho de profissão sempre contém práticas anti-mercado como controle de preços que conforme o livro abaixo sempre provou desestabilizar economias:
http://www.amazon.com/Forty-Centuries-Wage-Price-Controls-ebook/dp/B004VHIIUC/ref=sr_1_2?s=books&ie=UTF8&qid=1403332112&sr=1-2&keywords=prices+control
Planos de saúde não são necessários, uma vez que saúde é como qualquer outro serviço. Nunca vimos algum plano de alimentação, por que com saúde seria diferente? Mas se achar algo importante e for de seu interesse é mais um motivo para não apoiar planos coletivos. Na medida em que as legislações vão colocando os planos de saúde para serem feitas somente em entidades de classe, o indivíduo vai se tornando cada vez mais dependente de conselhos e perdendo o seu poder individual. Uma consequência disso é uma ineficiencia do sistema de saúde como poder ser vista nesse ranking que demonstra que países que tem a saúde burocratizada tem uma eficiencia menor:
http://www.bloomberg.com/visual-data/best-and-worst/most-efficient-health-care-countries

Ou seja, essa luta de classes apenas retira seus direitos individuais e portanto não é e nunca será a hora de criar um conselho nem de informática nem de qualquer outra profissão pois ao fazer isso os profissionais teriam mais dificuldade de criar seus próprios contratos além de estar amarrados a planos obrigatórios ao invés de um plano de sua escolha.


Errado. Você não é obrigado a fazer o plano de saúde pelo Conselho. É apenas uma opção.
Outra: em muitas profissões regulamentadas (e não a zona das profissões da maioria no segmento de TI), a filiação ao conselho é obrigatória para se exercer legalmente a profissão.

Pontos positivos: definição de um salário mínimo profissional, fiscalização (ok, fiscalização e zero costuma ser a mesma coisa nesses conselhos), além de defesa coletiva dos direitos da profissão.

Há pontos negativos? Lógico. Como tudo no Brasil, se usa isso pra fazer politicagem, algum tipo de reserva de mercado.
Mas acho que os benefícios ainda são maiores que os malefícios.

Com conselho as coisas já não andam corretamente. Sem conselho então, é o q acontece na área de TI - até um ignorante como eu, q não tem nenhuma formação de TI, trabalha nela e ganha mais q muita gente formada na área.

A beleza da TI é a mesma q também tira emprego de quem tem uma "formação formal" na profissão.
N.as
N.as Geek Registrado
1.1K Mensagens 185 Curtidas
#12 Por N.as
21/06/2014 - 12:25
imhotep disse:


Com conselho as coisas já não andam corretamente. Sem conselho então, é o q acontece na área de TI - até um ignorante como eu, q não tem nenhuma formação de TI, trabalha nela e ganha mais q muita gente formada na área.

A beleza da TI é a mesma q também tira emprego de quem tem uma "formação formal" na profissão.


@Imhotep excelente argumento. Queria fazer uma pergunta, na verdade ouço sobre isso a muito tempo e nunca vi algo concreto, queria a sua opinião. Porque não há um conselho específico para Informática? Falta de interesses? Até pouco tempo tive a informação (desculpe não me recordo a fonte) que poderia retornar junto com o conselho de Matemática, isso realmente tem fundamento?
imhotep
imhotep Cyber Highlander Moderador
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#13 Por imhotep
21/06/2014 - 12:40
Nas.conceito disse:
@Imhotep excelente argumento. Queria fazer uma pergunta, na verdade ouço sobre isso a muito tempo e nunca vi algo concreto, queria a sua opinião. Porque não há um conselho específico para Informática? Falta de interesses? Até pouco tempo tive a informação (desculpe não me recordo a fonte) que poderia retornar junto com o conselho de Matemática, isso realmente tem fundamento?


Nas, como eu disse, eu sou um ignorante na área de TI, no sentido de q não tenho nenhuma formação na área - sou apenas um entusiasta que aprendeu bastante coisa de forma autodidata.

Acho q os profissionais da área, como o foca, por exemplo, podem falar melhor, pois têm conhecimento de causa.

Eu apenas usei a minha formação na engenharia pra poder trabalhar informalmente com informática, montando computadores, redes e coisas menores, até onde a minha ignorância permitiria. Nunca foi meu objetivo, apesar de eu gostar da área. Mesmo tendo feito algumas cadeiras de BCC (optativas) eu nunca aprendi a programar, nunca aprendi de forma matemática como as coisas funcionam. Apenas usei meus conhecimentos de engenharia (telecom, cabeamento estruturado, etc.) pra fazer algumas coisas fora da minha área de formação.

Pessoalmente, eu acho q quem trabalha como engenheiro de hardware, ou formações ligadas às engenharias, deveria sim ser filiado ao CREA, ao CRA (não que o CREA ou CRA te tragam alguma vantagem, mas ao menos te garantem alguns pequenos direitos - no papel).

Também entendo que TI na maioria das corporações não é fim; é meio. Ou seja, exemplo, o banco precisa ter uma infra de TI, pois é através dessa infra q ele funciona hoje em dia. Mas TI não é a atividade-fim do banco. Idem se o exemplo fosse com uma mineração, uma empresa no segmento de agrobusiness, etc.

O fato de ser meio e não fim não é problema nenhum - é uma engrenagem importante no sistema como um todo.
Evidentemente q não estou falando de empresas específicas, como Totvs, IBM, MS, por exemplo, cuja finalidade é TI.

A Apple e a IBM não vendem computadores ou gadgets. Vendem soluções de comunicação, armazenamento, etc para qualquer tipo de pessoa ou empresa.

Assim, eu acho q o profissional de TI tem que abrir a mente pra isso.

O cara q conserta computadores, celulares, etc, vai sempre existir. Mas ele é como o mecânico de carros - conhece muito sobre algo bastante pontual. E assim como os mecânicos, nunca vai haver um conselho de classe para isso.
Mas eu entendo que ao menos algum tipo de organização deveria ter, pois muitos ficam à margem do mercado por causa disso.

Enfim....falei demais...
Flyware
Flyware Zerinho Registrado
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#15 Por Flyware
21/06/2014 - 14:34
imhotep disse:
Errado. Você não é obrigado a fazer o plano de saúde pelo Conselho. É apenas uma opção.
Outra: em muitas profissões regulamentadas (e não a zona das profissões da maioria no segmento de TI), a filiação ao conselho é obrigatória para se exercer legalmente a profissão.

Pontos positivos: definição de um salário mínimo profissional, fiscalização (ok, fiscalização e zero costuma ser a mesma coisa nesses conselhos), além de defesa coletiva dos direitos da profissão.

Há pontos negativos? Lógico. Como tudo no Brasil, se usa isso pra fazer politicagem, algum tipo de reserva de mercado.
Mas acho que os benefícios ainda são maiores que os malefícios.

Com conselho as coisas já não andam corretamente. Sem conselho então, é o q acontece na área de TI - até um ignorante como eu, q não tem nenhuma formação de TI, trabalha nela e ganha mais q muita gente formada na área.

A beleza da TI é a mesma q também tira emprego de quem tem uma "formação formal" na profissão.


Está cada vez mais difícil entrar em planos individuais, a Unimed na minha cidade por exemplo só faz com pessoa jurídica. Mas, como já disse planos de saúde não são necessários, vale mais a pena separar uma parte de sua renda que você pagaria a um plano e deixar guardada, uma espécie de seguro pessoal.
Você disse que salário mínimo é um ponto positivo, na verdade não é, só cria desemprego e um degrau para os iniciantes. Quem é iniciante e está com dificuldade de conseguir um emprego, uma das causas mais fortes é o salário mínimo. Onde eu trabalho o salário está abaixo do mínimo e vi isso como uma grande oportunidade da minha vida, apoiar salário mínimo é basicamente atrapalhar pessoas iniciantes e tirar a dinâmica do mercado fazendo com que pessoas sem experiência tenham que trabalhar de forma ilegal, ou seja, sejam consideradas crimonosas por estar trabalhando, isso é imoral como se vê claramente. Você acharia correto que uma lei estabelecesse que você deveria pagar um valor mínimo pela carne? Claro que não, você iria achar isso imoral, então por que quer fazer o mesmo com empresários que estão na mesma condição de negociadores que você?
A sua resposta poderia ser de que eles são mais ricos, então isso abriria espaço para um criminoso obrigar você na rua a entregar seus bens pelo simples argumento de que você é mais rico que ele. É uma norma ilógica. Liberdade é liberdade, tanto para o rico quanto para o pobre, se uma pessoa é tratada de forma inferior porque é rica qual é o estímulo que o pobre tem para crescer e investir?
Você disse que qualquer ignorante pega uma vaga de TI, mas se o ignorante atende melhor ao empresário, por que obrigar ele a contratar o gênio? Seria como obrigar uma pessoa a contratar uma empregada que fez curso de empregada. A relação de contratação é (ou deveria ser) apenas entre contratantes, ou seja, duas pessoas. Um terceiro não tem (ou não deveria ter) o direito de se intrometer em uma relação de dois. Seria como se você fosse comprar um tênis de 40 reais que não é de uma marca conhecida e alguém quisesse obrigar você a comprar uma de marca conhecida, talvez o tênis de 40 reais te atenda bem, não existe motivo para obrigar um contratante. O que costuma servir como base para essa agressão é o argumento da Defesa do Consumidor, mas como você vai defender um consumidor atacando sua liberdade de escolha? Alguns podem dizer que existem produtos de risco que devem seguir regras rígidas, mas então por que a Toyota fez um firmware de freio que foi um fracasso mesmo contratando engenheiros formados em universidade? Ao defender um grupo de pessoas na verdade não está se defendendo o consumidor, está se defendendo o grupo, isso não é correto. A pergunta não é a respeito de "Quais deve ser aceito trabalhar?" e sim a respeito de "Quem atendeu o que o consumidor esperava?". Na medida em que saímos da primeira pergunta e vamos a segunda, saímos de um mercado monopolista de conselhos e vamos em direção a um mercado que seja voltado para os reais interesses de consumidores e contratantes, um ambiente que é naturalmente justo em que as pessoas tem o direito de escolha e são verdadeiramente respeitadas, independente de serem ricas ou pobres.
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