Atributos de arquivos e otimização da memória

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“Olá Morimoto tudo bem?
Já faz um bom tempo que não escrevo e hoje tenho uma pergunta interessante. Pode ate parecer idiotice mas fico curioso. Quando um arquivo tem atributos (clicando pelo botão direito e dando propriedades) aparecem, arquivo, oculto, e somente leitura Quando
esta selecionado somente leitura, sabemos que o arquivo não pode ser alterado, mas quando não esta marcado nenhuma opção que atributo este arquivo tem? Ou seja não deveria estar marcado obrigatoriamente a opção “arquivo”?
Outra coisa, gostaria de saber se o programa “Rambooster” que desocupa RAM livre realmente ajuda na otimização do uso do micro (ou programas similares como MEMTURBO)
Obrigado.
Eng. Roberto Tioshi Koti”

Oi Roberto, obrigado pela pergunta. Vou aproveitar para dar uma explicação resumida sobre os atributos de arquivos:

Além do nome, cada arquivo recebe também uma extensão de até três caracteres, como “EXE”, “DOC”, etc. Através da extensão, o sistema operacional sabe que um determinado arquivo deve ser executado ou aberto usando o Word, por exemplo. A extensão não tem
nenhuma influencia sobre o arquivo, apenas determina como ele será visto pelo sistema operacional. Se você abrir o Notepad, escrever um texto qualquer e salvá-lo como “carta.exe”, por exemplo, conseguirá abrir e editar este arquivo sem problemas, mas se
você chamar o arquivo clicando duas vezes sobre ele dentro do Windows Explorer, o sistema operacional verá a extensão “EXE” e tentará executar o arquivo, ao invés de tentar abri-lo usando o Notepad, como faria caso o arquivo tivesse a extensão “TXT”. Isso
claro, vale apenas para o Windows, outros sistemas, o Linux por exemplo, lidam com extensões de arquivos de forma diferente.

Depois da extensão, existe mais um byte reservado para o atributo do arquivo, que pode ser “somente leitura”, “oculto”, “sistema”, “volume label”, “diretório” ou “arquivo”. O atributo permite instruir o sistema operacional e demais aplicativos sobre como
lidar com o arquivo.

O atributo “somente leitura” indica que o arquivo não deve ser modificado ou deletado. Se você tentar deletar ou modificar um arquivo somente leitura pelo DOS, receberá a mensagem “Access Denied”. Tentando apagar o arquivo através do Windows Explorer você
receberá um aviso explicando que o arquivo é somente para leitura, perguntando se você tem certeza que deseja deletá-lo. O atributo “sistema” possui uma função parecida, indicando que o arquivo é utilizado pelo sistema operacional.

Para indicar que um arquivo não deve ser visto em circunstâncias normais, usamos o atributo “oculto”. Para ver os arquivos ocultos você deverá usar o comando “DIR /AH” no DOS, ou marcar a opção “Mostrar todos os arquivos” no menu Exibir/Opções do Windows
Explorer.

De todos os atributos, o mais importante é o atributo de “diretório” (este não aparece nas propriedades dos arquivos), pois ele permite a existência de subpastas. As pastas, mesmo quando vazias, são vistas pelo sistema operacional como arquivos. Dentro
deste arquivo ficam armazenadas informações sobre o nome da pasta, atributos como somente leitura, oculto, etc., a posição da pasta na árvore de diretórios (C:WindowsSystem, por exemplo) e informações sobre quais arquivos ou subpastas estão guardados
dentro da pasta, assim como a localização destes arquivos no disco.

Como o diretório raiz ocupa um espaço equivalente a apenas 16 KB no disco rígido (32 setores), podemos ter apenas 512 entradas de arquivos ou diretórios. Cada subpasta funciona mais ou menos como um novo diretório raiz, permitindo que tenhamos mais
arquivos no disco. Como uma pasta (por na verdade ser um arquivo como outro qualquer) pode ocupar o espaço que quiser, não temos a limitação de 512 arquivos, como no diretório raiz.

Qualquer arquivo com o atributo “diretório”, passa a ser visto pelo sistema operacional como uma pasta, mas uma tentativa de transformar um arquivo qualquer em pasta não daria certo, pois apesar de em essência, as pastas também serem arquivos, elas
possuem um formato específico.

Talvez você já tenha ouvido falar sobre esta limitação do Windows e também do MS-DOS quanto ao número máximo de arquivos que podem existir no diretório raiz. São no máximo 512 arquivos com nomes no formato 8.3 (oito caracteres e a extensão. como no DOS)
ou um número menor ainda, caso você utilize arquivos com nomes longos. Isso também vale para o número máximo de pastas, já que como falei, as pastas são um tipo especial de arquivo. Um detalhe é que este número máximo vale só para o diretório Raiz (C:),
dentro de uma pasta, você pode ter quantos arquivos quiser, pois apenas o diretório raiz tem limitação de espaço, a pasta pode ocupar quanto espaço for necessário, como qualquer outro arquivo.

Uma curiosidade sobre as subpastas, é que elas só passaram a ser suportadas a partir da versão 2.0 do DOS. Os usuários do DOS 1.0 tiveram que conviver durante algum tempo com um sistema que permitia armazenar arquivos apenas no diretório raiz, com a
conseqüente limitação de 512 arquivos no HD (que por sinal eram coisa rara naqueles tempos difíceis :-).

Finalizando, o atributo “arquivo” indica um arquivo que raramente é modificado, ou é uma cópia de backup de algum arquivo importante. Muitos programas de backup verificam este atributo quando fazem um backup incremental (quando são salvos apenas os
arquivos que foram alterados desde o último backup). Neste caso, o programa de backup retira o atributo após salvar o arquivo. Ao ser alterado por algum outro programa, o arquivo novamente recebe o atributo, permitindo ao programa de backup saber quais
arquivos foram modificados.

Para alterar os atributos de um arquivo através do Windows Explorer, basta clicar sobre ele com o botão direito do mouse e abrir a janela de propriedades. Para alterar os atributos através do DOS basta usar o comando “ATTRIB”. A sintaxe do comando ATTRIB
é:

+ : Para ativar um atributo
– : Para desativar um atributo
R : somente leitura
A : arquivo
S : sistema
H : oculto

Como em: “ATTRIB +R Reuniao.Doc” para transformar o arquivo em somente leitura ou “ATTRIB -H Io.Sys” para desocultar o arquivo. No Windows basta marcar os desmarcar os atributos através da janela de propriedades do arquivo.

Sobre os programas para otimizar a memória, temos um programinha freeware semelhante ao Rambooster na sessão de downloads do site, o Memory-Cleaner. Estes programas “limpam” a memória RAM movendo arquivos e bibliotecas que não estão sendo usadas pelos
programas abertos para a memória virtual. Com isto, estes dados continuam carregados para o caso de serem necessário mais tarde, porém não ocupam mais a memória RAM física, que fica livre para outros programas que estejam sendo usados no momento.

Isso é útil para quem tem pouca memória RAM, 16 MB ou 32 MB, onde muita coisa roda em memória virtual, mas apenas nestes casos. Para quem já tem memória RAM suficiente, estes programas não ajudarão em nada, pelo contrário. Afinal, tudo bem que estes
arquivos não são usados com frequência, mas se houver memória RAM de sobra, o que é cada fez mais comum hoje em dia, com os pentes de memória sendo vendidos a preço de banana, será uma perda de tempo mover arquivos para a memória virtual, você poderá
tempo para rodar o programa e depois terá de esperar novamente caso algum programa precise dos arquivos e precise ir busca-lo no HD.

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