Guerra dos smartphones esquenta a necessidade de um hardware altamente direcionado

Guerra dos smartphones esquenta a necessidade de um hardware altamente direcionado

A guerra dos smartphones é algo cada vez mais factível, já que as companhias e consumidores criaram ao decorrer do tempo um ciclo vicioso, em que cada novo lançamento é desejado de forma gigantesca por muitas pessoas, ainda mais quando falamos de empresas que carregam consigo uma espécie de sentimento de devoção por parte de seus clientes, como a Apple e o iPhone.

Essa guerra também acaba trazendo para o mercado diversas empresas que num primeiro instante não teriam nada a ver com smartphones, como a Kodak por exemplo, que em uma espécie de plano de “reestruturação” lançou no ano passado o smartphone IM5.  Claro que na verdade esse plano de reestruturação é na verdade uma tentativa de pegar carona na onda desses aparelhos, e tirar uma lasquinha desse sucesso.

 

Porém com inúmeros lançamentos boa parte dos consumidores acabam entrando no paradoxo da escolha, perdidos em um mundaréu de opções. Nesse caso a regra básica da melhor experiência para o usuário acaba sendo um ótimo timão para guiar uma próxima compra, já que com experiências anteriores de marca, sistema operacional e hardware, acabam influenciando a aquisição de um novo modelo.

Esse nível de experiência para o usuário em boa parte é conduzido pelo sistema operacional que quanto mais possibilidades tiver, acaba por complementar o hardware, formando a união perfeita para o uso do aparelho nos mais variados casos.

Como a concorrência entre as companhias é cada vez mais desleal e acirrada, é preciso criar um novo nível de experiência de uso para “prender” o consumidor e posteriormente conquistar os demais.

Esse novo nível é definido por uma palavrinha que não é nava nova: ecossistema. Porém, além de um ecossistema que envolve a boa integração entre o hardware, serviços e sistema, a nova cartada é o ecossistema entre o próprio hardware, numa jogada que está levando boa parte das empresas a produzirem boa parte dos componentes de seus dispositivos e deixando de lado certas parcerias que em muitos casos não são soluções exatas para o aparelho.

Essa transição continuaria numa espécie de parceria, porém ao invés de implementar uma solução pronta de processador como os que a Qualcomm produz por exemplo, as empresas irão cada vez mais contar com o nível de expertise dessas companhias para que sejam desenhados opções específicas para os seus aparelhos.

Vamos pegar como exemplo o Google que desde 2012 circulam rumores que de que gigante das buscas está interessada em produzir os seus próprios chips para a linha Nexus, por enquanto ainda é um rumor, mas as mudanças críticas de mercado e perspectivas estão caminhando pra isso, e fora que força pra isso não falta ao Google.

Com soluções em hardware altamente direcionadas, faz com o que o nível de usabilidade do dispositivo aumente consideravelmente e consequentemente a experiencia do usuário.

o Google é apenas um grande exemplo, mas outras opções não faltam, a Huawei por exemplo que fez um belo trabalho com o SoC Kirin, está cogitando trocar o chip gráfico Mali, por uma solução específica que possa aumentar o desempenho do chipset, tornando-o ainda mais forte para rivalizar com as demais opções. Além da GPU os rumores ainda indicam que a empresa chinesa também estaria produzindo o seu próprio sistema o KirinOS.

 

Outro nome de peso é a Apple que está louca para não depender mais da Power VR, e produzir suas próprias GPUs. No fim do ano passado os primeiros rumores de que a gigante da maça estaria produzindo sua própria GPU começaram a pipocar.

Com uma solução gráfica específica a companhia poderia tirar ainda mais proveito do iPhone que já conta com uma bela integração entre hardware e sistema, agora imagine com uma solução gráfica direcionada?

Até a “novata” Xiaomi está com esse tipo de planos, e de forma ainda mais ousada. Alguns rumores apontam que a companhia não quer contar mais com opções prontas da Qualcomm e MediaTek, e já estaria se movimentando para produzir os seus próprios processadores. Inicialmente esse tipo de jogada sem dúvida demanda um belo investimento, porém caso se estabeleça os custos de produção acabariam por ser menores, o que é muito bom para uma empresa como a Xiaomi que tem como uma de suas premissas o preço baixo em relação aos concorrentes.

 

 

Obviamente esse tipo de transição é altamente completa, a Samsung por exemplo que já produz os seus processadores Exynos a algum tempo ainda está quebrando a cabeça para concretizar a produção da sua própria GPU, entretanto a cada novo rumor que sempre costumam vir de pessoas ligadas a companhia mostram que esse objetivo está cada vez mais próximo de ser cumprido.

Esse desejo da Samsung em produzir suas próprias GPUs está inteiramente ligados aos rumores que surgiram no ano passado que a companhia sul-coreana estava pensando em comprar a AMD. Caso essa transação realmente acontecesse a Samsung teria ainda mais possibilidade na produção de seus componentes.

Essa briga tem tudo para beneficiar os consumidores, já que com um hardware direcionado e produzido especialmente aumenta consideravelmente o resultado final do aparelho. Vamos aguardar!

Qual a sua opinião em relação as companhias buscarem a produção do seu próprio hardware? Deixe seu comentário abaixo.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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