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O Uber Eats sai de cena com a posição de segundo app de delivery de comida mais utilizado pelos brasileiros em 2021 (13% de market share). Atrás apenas do iFood – responsável por 83% do setor no país, de acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Measurable AI. Aliás, o Food tem relação direta com o desfecho do Uber Eats no Brasil.
De acordo com apuração do site Valor, a Uber entrou com uma manisfestação ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em que fica explícito que a decisão de encerrar as operações do Uber Eats tem relação com o domínio de mercado do iFood, que faz parte do grupo latino-americano Movile.
“Infelizmente, as barreiras artificiais impostas pelo iFood com sua conduta exclusionária, que são o foco do presente Inquérito Administrativo por esta SG, contribuíram para a decisão da Uber de encerrar as operações do aplicativo de intermediação de delivery de refeições Uber Eats”, disseram os advogados da Uber na manifestação encaminhada na sexta-feira.
Os representantes legais da Uber também afirmam que a prática de exclusividade pelo iFood constitui uma barreira artificial à entrada e expansão no mercado de serviços de delivery de refeições.
O Rappi, terceira opção de plataformas full service do setor de entrega de refeições mais utilizado no Brasil (4% de market share), também solicitou que o CADE olhe mais atentamente esta situação de monopólio atribuído ao iFood.
O elemento central da discussão são os contratos de exclusividade que o iFood detém com um grande número de restaurantes. Os contratos impedem que estes estabelecimentos realizem entregas por meio de outras plataformas, como Uber Eats e Rappi.
Ao CADE, o iFood disse que o reposicionamento do Uber Eats leva em consideração a estratégia global da Uber, enquanto as múltiplas entradas de novos players e expansão de números de pedidos observadas nos últimos anos demonstram que não houve qualquer arrefecimento da concorrência”