Cidade no Japão permite que alunos sejam substituídos por robôs nas escolas

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O Conselho Educacional da cidade de Kumamoto, situada no sudoeste do Japão, está embarcando em uma iniciativa pioneira e um tanto inusitada para tentar enfrentar um problema crescente na região:

um padrão habitual de ausências dos alunos nas escolas, seja por falta de motivação, timidez, ou outros motivos.

Essa iniciativa visa permitir que esses alunos utilizem um robô avatar em sala de aula, que seria controlado por eles enquanto eles estão de casa e ajudasse com que eles participassem melhor de atividades escolares e da vida acadêmica mesmo a distância.

Esses robôs avatares são equipados com microfones, alto-falantes e câmeras que possibilitam a comunicação bidirecional. O Conselho Municipal de Educação de Kumamoto revelou que essa é uma abordagem singular e rara até mesmo para o país.

Um dos principais objetivos dessa iniciativa é usar esses robôs para que os alunos possam ir se acostumando aos poucos com a rotina escolar e, dessa forma, reduzir a ansiedade daqueles que costumam faltar as aulas e até mesmo para os que estão planejando voltar as salas de aulas depois de um período afastados. 

Para viabilizar essa iniciativa, foram alocados fundos relacionados no valor de 1,55 milhão de ienes (cerca de US$ 10.550) no projeto de lei orçamentária suplementar para o ano fiscal de 2023, que foi apresentado durante uma reunião ordinária da assembleia municipal em 4 de setembro.

A estratégia conta com a introdução de dois robôs autopropelidos, com aproximadamente 1 metro de altura, como parte integral da iniciativa.

Os tablets conectados a esses robôs podem ser controlados remotamente a partir dos laptops nas residências dos alunos, permitindo que eles participem das aulas, interajam com colegas e professores e acompanhem as discussões em tempo real.

O aumento do número de estudantes ausentes foi o que motivou a decisão do conselho de implementar essa medida inovadora.

Segundo dados do conselho, no ano letivo de 2022, 2.760 alunos do ensino fundamental e médio da cidade faltaram às aulas, representando o quarto ano consecutivo de aumento desde que foram registradas 1.283 faltas no ano letivo de 2018.

Diante desse cenário, o conselho buscou soluções no campo da tecnologia da informação e comunicação (TIC).

Para uma boa parte desses alunos, os robôs podem ser apenas o primeiro passo para a reintrodução ao ambiente escolar, o que significa que quando eles já se sentirem mais confiantes poderão dar o próximo passo que é aposentar o robô e passar a ir pessoalmente para a escola.

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