Epidemia de nomofobia: Brasil está entre os 4 países com mais viciados em celular

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Você sabe o que é nomofobia? Se nunca ouviu falar nessa palavra estranha, eu explico.

Nomofobia é o medo ou a ansiedade intensa de ficar sem acesso ao telefone celular, caracterizando-se pela preocupação em estar desconectado do dispositivo móvel ou de suas funcionalidades, como chamadas, mensagens e acesso à internet.

É bem verdade que nos dias atuais o smartphone se tornou um aparelho indispensável em nossas vidas, fazendo parte não somente da nossa rotina de trabalho, mas principalmente nos momentos de lazer.

No entanto, há indivíduos que enfrentam dificuldades para se desvencilhar desse dispositivo, mesmo que por breves períodos. 

São os chamados “viciados em celular”. Neste contexto, o Brasil ocupa a quarta posição mundial em número de pessoas com dependência excessiva de celular.

Uma análise realizada pela Universidade McGill, localizada em Montreal, Canadá, em colaboração com o site CupomValido.com.br, revelou que o Brasil está atrás apenas da Malásia, Arábia Saudita e China em termos de adicção a smartphones.

A pesquisa da Universidade McGill aponta que a nomofobia, termo usado para descrever a ansiedade gerada pela ausência do celular, é mais comum em nações que valorizam fortemente as relações sociais. 

O Brasil se enquadra neste perfil, evidenciado pelo fato de que metade dos acessos à internet no país é direcionada a redes sociais.

Só para você ter uma ideia, em agosto a NordVPN divulgou os resultados de uma pesquisa sobre esse assunto. 

Ela descobriu que os brasileiros gastam, em média, 10 horas e 35 minutos em redes sociais. Além disso, o Brasil é o 3º país que mais usa redes sociais no mundo, com mais de 150 milhões de usuários. Não é à toa que temos tantos “viciados em celulares”.

Nomofobia, a expressão usada por profissionais para definir a fixação excessiva por smartphones, caracteriza-se pela incapacidade do indivíduo de se afastar do dispositivo sob qualquer circunstância.

Os sintomas mais comuns dessa condição incluem ansiedade, estresse e desânimo quando o usuário é impedido de utilizar o celular, seja por distância ou falta de carga na bateria.

Além disso, neurocientistas já sabem que o uso excessivo do celular, em especial de jogos e redes sociais, provoca impactos no cérebro semelhantes ao de drogas extremamente viciantes, como a cocaína.

O uso frequente dos smartphones também está associado com a piora na qualidade do sono, dificuldade de se concentrar e até mesmo a incapacidade de focar em coisas mais demoradas, como filmes e livros.

Para tratar esse problema, é comum a adoção de terapias cognitivo-comportamentais e a definição de limites no tempo de uso do smartphone, incentivando a prática de outras atividades que não envolvam o aparelho. 

Uma rotina de atividade física e lazer ao ar livre ou em grupo são altamente recomendados pelos médicos.

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