Criando as máquinas virtuais

Para criar uma nova VM, o processo é muito similar ao de versões anteriores do VMware. Clique no “Create Virtual Machine” e comece indicando um nome para ela. O “Datastore” que aparece no campo inferior da janela nada mais é do que a pasta definida na instalação (o “/home/gdh/vms” do exemplo), que indica onde a nova VM será armazenada. Você pode adicionar novas pastas usando o “Add Datastore” da janela principal, e escolher entre elas na hora de criar as VMs, mas, naturalmente, nada disso é necessário em um desktop:

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Vamos então a um resumo das opções:

Guest Operating System: O VMware utiliza um conjunto de otimizações para melhorar o desempenho e o nível de compatibilidade com diversos sistemas operacionais. Como cada sistema possui características específicas, é necessário indicar corretamente o sistema usado. No menu, existem opções para as diferentes versões do Windows, para diversas distribuições Linux e até mesmo para outros sistemas operacionais, como o Solaris e o BSD. Ao usar uma distribuição Linux que não faça parte da lista, use o Other 2.6x Linux”:

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Memory and Processors: Apesar do VMware ser capaz de executar várias máquinas virtuais simultâneamente, você continua limitado aos recursos de hardware da máquina, sobretudo à quantidade de memória RAM disponível, que precisa ser dividida entre o sistema principal e o convidado dentro da máquina virtual. O ideal é reservar apenas a quantidade de memória de que você acha que realmente vai precisar dentro da VM. Se você precisar apenas de uma instalação básica do Windows XP para rodar aplicativos leves, não há necessidade de reservar mais do que 256 ou 384 MB de memória, por exemplo. Se mais tarde você perceber que a VM está usando swap (sintoma de falta de memória), você pode ajustar o valor nas configurações.

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Ao usar um PC com um processador dual-core, ou quad-core, você pode especificar o número de processadores que a máquina virtual poderá usar. Limitá-la a apenas um processador é uma boa forma de evitar que ela comprometa o desempenho do sistema principal.

Hard Disk: Em vez de usar uma partição real no HD, a máquina virtual usa um disco virtual, que nada mais é do que um conjunto de arquivos salvos dentro da pasta. A capacidade, definida ao criar o disco virtual é apenas um limite; inicialmente, o disco virtual é um arquivo vazio, que ocupa poucos kbytes. Dentro da máquina virtual, o sistema guest pensa que está formatando e usando um HD de verdade, mas todas as mudanças são mascaradas e feitas dentro do arquivo. Conforme você instala o sistema e outros programas, o arquivo vai aumentando de tamanho, até o limite definido. Enquanto ele não é atingido, o arquivo do disco virtual ocupa um espaço equivalente à quantidade de espaço realmente ocupado. Se você criou um disco virtual de 20 GB, mas apenas 2 GB estão em uso, você verá um arquivo de apenas 2 GB dentro da pasta da máquina virtual.

A principal dica é ativar a opção “Optimize for performance” nas propriedades do disco virtual. Ela ativa o uso de cache de disco para a VM, que melhora consideravelmente o desempenho. Como pode imaginar, a opção concorrente, a “Optimize for safety”, faz justamente o contrário, limitando o uso de cache com o objetivo de reduzir a possibilidade de perda de dados em caso de desligamentos incorretos. Ela é recomendável para uso em servidores, mas não para situações onde você quer simplesmente usar uma VM para fuçar ou rodar aplicativos.

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Network Adapter: A configuração da rede é outro passo importante, já que sem ela a VM não acessaria a web nem outros PCs da rede local. O VMware oferece 3 tipos de rede virtual. No primeiro, o modo bridge, a máquina virtual tem acesso completo à rede, pode receber um IP próprio e fica com todas as portas de entrada disponíveis, como se fosse um PC independente conectado à rede. Este é justamente o modo mais usado.

No modo NAT (que precisa ter sido ativado durante a instalação para ser usado), a máquina virtual tem acesso à rede através de uma conexão compartilhada. O VMware usa seus poderes simulatórios para criar uma segunda interface de rede virtual e fazer o sistema principal compartilhar a conexão com ela, como se tivesse duas placas de rede. No modo host-only a VM é conectada a um cabo cross-over virtual e tem acesso apenas ao próprio host, ficando desconectada do resto da rede.

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CD/DVD Drive: Assim como no caso de um novo PC, a primeira tarefa a realizar depois de criar a máquina virtual é fazer a instalação do sistema. Para isso, você vai precisar de um CD ou DVD de boot. Você pode tanto usar um CD-ROM físico (Use a Physical drive), dentro do drive, quanto usar diretamente um arquivo ISO (útil para testar outras distribuições Linux sem precisar queimar o CD), o que é definido nessa opção. A principal dica é que no caso do VMware Server é necessário copiar o arquivo ISO que será usado para dentro da pasta das máquinas virtuais (a “/home/gdh/vms” do exemplo). Diferente do VMware Workstation, que permite usar arquivos salvos em qualquer pasta, o VMware Server não acessa nada colocado fora da pasta.

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Floppy Drive: Muitos sistemas operacionais antigos podem ser inicializados apenas através de disquetes. Embora eles não sejam mais muito usados, essa opção permite que o VMware Server continue compatível com eles, permitindo tanto usar um drive de disquetes físico quanto uma imagem. Se você não for usar nem uma coisa nem outra, é necessário usar o “Don’t add a floppy drive”, caso contrário o assistente lhe obriga a indicar um drive.

USB Controller: O VMware Server permite também que a máquina virtual acesse dispositivos USB plugados no micro, o que é bastante útil, permitindo inclusive que você use impressoras, scanners ou outros dispositivos que eventualmente não sejam suportados no Linux dentro da máquina virtual. A limitação é que o sistema permite acesso apenas a dispositivos USB (e não a placas PCI ou outros periféricos internos), o que impede que você use um softmodem que não é suportado no Linux dentro da VM, por exemplo.

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